IPCA
Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo (10/09) relataram que o IPCA voltou a registrar deflação com o impacto da baixa dos combustíveis, enquanto produtos como os de higiene pessoal, vestuário e parte dos alimentos mostraram alta. Em agosto, o índice oficial de inflação do país recuou 0,36%. Analistas projetavam uma queda mais forte, de 0,40%, de acordo com a agência Bloomberg.
A deflação de agosto é a segunda consecutiva –a baixa havia sido mais intensa em julho, de 0,68%. Com a nova trégua, a inflação voltou a um dígito no acumulado de 12 meses. A alta dos preços atingiu 8,73% até agosto, após 10,07% até o mês anterior. O acumulado estava acima de 10% desde setembro de 2021. Ou seja, nos 11 meses anteriores de divulgação.
Cartão de crédito
Folha de S.Paulo (10/09) informou que o país registrou o maior patamar de dívidas com cartão de crédito em oito anos, refletindo a dificuldade da população em se manter adimplente em um cenário de inflação elevada, renda comprimida e busca por emprego. O rotativo registrou R$ 159,3 bilhões em novos empréstimos nos seis primeiros meses do ano, maior nível para o período desde 2014.
Com taxas de juros elevadas, essa é a linha de crédito mais cara do mercado. Em junho, os juros do rotativo atingiram 370,4% ao ano. No acumulado em 12 meses, o aumento da taxa média foi de 41,3 pontos percentuais –bem acima da escalada da taxa básica (Selic), que saiu da mínima histórica de 2% em 2021 até o atual patamar de 13,75% ao ano.
Auxílio Brasil
O Estado de S. Paulo destaca que serão necessários R$ 157,7 bilhões no ano que vem, ou 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para manter o Auxílio Brasil em R$ 600 e atender 21,6 milhões de famílias. Segundo o veículo, é um salto gigantesco em comparação com os custos do extinto Bolsa Família, que oscilavam entre 0,3% e 0,5% do PIB antes da pandemia. Para cientistas políticos e economistas, não há espaço para que o benefício volte ao patamar de R$ 400, mas têm dúvidas se o modelo é sustentável no longo prazo.
ICMS
Valor Econômico revela crítica de secretários estaduais de Fazenda à portaria editada pelo Ministério da Economia regulamentando o cálculo da queda na arrecadação do ICMS pela desoneração de combustíveis, energia, transportes e comunicações.
Há pelo menos três pontos de divergência entre União e Estados na interpretação da Lei Complementar 194, que reduziu as alíquotas e estabeleceu que as perdas ocorridas em 2022 serão compensadas pela União.
Na portaria, a queda será calculada comparando a arrecadação total do ICMS de 2022 com 2021, em valores nominais. Para os estados, quaisquer quedas de qualquer valor devem ser compensadas – não só aquelas maiores do que 5%.
Combustíveis
Folha de S.Paulo (10/09) trouxe levantamento do OSP (Observatório Social do Petróleo) que mostra que a Petrobras adotou estratégias diferentes de precificação dos combustíveis de acordo com o movimento baixa das cotações internacionais do petróleo em 2022.
“Quando o petróleo subia, a empresa realizava menos reajustes e praticava preços abaixo das cotações internacionais, segurando o repasse às bombas. Com o petróleo caindo, passou a anunciar reduções frequentes e acompanhar o mercado externo mais de perto”, explica o jornal.
Para o economista Eric Gil Dantas, do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais, os dados indicam pressão política. Já a estatal afirma que reajustes não têm data certa para acontecer.
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