Principais jornais informam que a inflação de agosto foi de 0,87%, superando as expectativas mais pessimistas do mercado. A disparada nos preços da gasolina e dos alimentos fez o IPCA atingir a maior alta para o mês em 21 anos. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA chegou a 9,68% e já ultrapassou a marca dos dois dígitos em oito das 16 cidades pesquisadas pelo IBGE. Alguns analistas projetam a taxa Selic em 9% até dezembro.
No Correio Braziliense, o economista-chefe da CNC, Carlos Thadeu de Freitas Gomes, afirma que o IPCA deverá encerrar o ano em 9,5% e, no ano que vem, deve ficar entre 4,5% e 4,7%. “Vai ser acima da meta, e com PIB fraco, em torno de 1% ou zero. O BC precisará ser responsável. Se subir demais a Selic, não adianta nada”, avalia.
Segundo ele, o BC precisará manter os juros reais em 3%, que é o patamar neutro, para não prejudicar muito a atividade e, ao mesmo tempo, controlar a inflação.
Reportagem do Valor Econômico sobre a pressão inflacionária lembra que, segundo a CNC, 72,9% das famílias tinham alguma dívida em agosto.
Sobre o assunto, em entrevista ao Estadão, o economista Heron do Carmo avalia que o Brasil está em cenário de estagflação. |