Monitor – 10 de agosto de 2021

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Informativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
10/08/21 | nº 467 | ANO III |  www.cnc.org.br

Em nota com foto, a coluna Capital S/A (Correio Braziliense) conta que a CNC entregou ontem ao relator do PL 2.337, deputado Celso Sabino, o relatório elaborado pelo grupo de trabalho criado pela entidade para analisar os projetos de reforma tributária em discussão no Congresso.

“Nosso propósito é colaborar com reflexões para que a reforma atenda às necessidades de arrecadação e organização do governo federal sem prejudicar as empresas e seus trabalhadores”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros, que lidera o GT.

Para Leandro Domingos, vice-presidente da confederação, as medidas tributárias deveriam focar em simplificação e progressividade do sistema. “Elas não contemplam a tributação em níveis subnacionais, cujos impactos são diretamente sentidos pelas atividades terciárias, e quaisquer medidas de fomento à atividade econômica”, avalia.

Rádio CBN-RJ conta que a CNC calcula que o faturamento do varejo nesse Dia dos Pais tenha ultrapassado a marca de R$ 6 bilhões, com alta de 14% em relação ao ano passado. O número também é superior ao de 2019, ano anterior a pandemia. O economista Fabio Bentes afirma que cerca de 40% do faturamento vem do setor de vestuário e calçados. Para ele, além do frio, isso se explica pela variedade de preços dentro desse tipo de produto.

Auxílio Brasil
Principais jornais informam que o presidente Jair Bolsonaro entregou ontem ao Congresso a MP do novo programa assistencial do governo, o Auxílio Brasil, que substituirá o Bolsa Família. No mesmo dia, também foi encaminhada a PEC que trata do parcelamento dos precatórios, com o objetivo de abrir espaço no Orçamento para o novo programa. A previsão é que o Auxílio Brasil tenha um incremento de R$ 18 bilhões em relação aos R$ 35 bilhões gastos anualmente pelo Bolsa Família.

Clima
As preocupações decorrentes das conclusões do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU estão entre os destaques do noticiário. O relatório aponta que o aquecimento deve aumentar 1,5° na próxima década, dez anos antes do previsto, acompanhado de efeitos extremos como ondas de calor, enchentes e tempestades.

Estiagens prolongadas e forte queda na produção na agrícola estão entre os impactos previstos para o Brasil. No entanto, medidas urgentes podem conter o agravamento.

Segundo o Valor Econômico, o relatório deve aumentar ainda mais a pressão internacional sobre o Brasil. As projeções dos cientistas também revelam potencial de forte impacto econômico. O PIB brasileiro, dependente do agronegócio no Cerrado, pode ser afetado. As secas no bioma serão constantes e a escassez hídrica – com impacto sobre as hidrelétricas –, intensas e frequentes.

Racionamento
O Globo Online repercute pesquisa da CNI mostrando que 62% dos empresários brasileiros da indústria acreditam que haverá racionamento ou restrições de fornecimento de energia este ano.

De acordo com o levantamento, a atual crise hídrica causa preocupação em nove de cada dez líderes empresariais. Entre os entrevistados, 98% acreditam que o setor industrial terá de pagar mais pela energia.

Risco Brasil
Folha de S.Paulo assinala que o risco-país, medido pelo CDS de cinco anos, acumula alta de 29% neste ano, após saltar 43,6% em 2020 com a pandemia.

Segundo o jornal, a PEC para permitir que o governo federal adie o pagamento dos precatórios e a reformulação do Bolsa Família tem aumentado incertezas sobre o cenário fiscal brasileiro.

E-commerce
Valor Econômico
 relata que o crescimento do comércio eletrônico impulsiona o setor de galpões logísticos, principalmente no entorno dos grandes centros, com destaque para o raio de 30 quilômetros da cidade de São Paulo.

Há pelo menos R$ 6 bilhões em investimentos em curso no mercado, numa estima conservadora. A vacância no Estado de São Paulo é a menor em nove anos e vai cair a um dígito, segundo a Colliers.

O diretor do comitê de e-commerce da Associação Brasileira de Agentes Digitais (Abradi), Gustavo Chapchap, avalia que o comércio eletrônico deve continuar a crescer nos próximos anos.

No ano passado, 20,2 milhões de consumidores estrearam nas compras online, segundo relatório da Neotrust, e o total movimentado chegou a R$ 126,3 bilhões. No primeiro trimestre, as aquisições online cresceram 57,4%, para 78,5 milhões. Com alta de 72,2%, as operações movimentaram R$ 35,2 bilhões, conforme a Neotrust.

Cartão de crédito
Valor registra ainda que a inadimplência dos consumidores no cartão de crédito caiu para a menor taxa da série histórica, segundo dados da Abecs, associação que representa o setor de meios eletrônicos de pagamento. Segundo o Banco Central, o saldo das transações sem juros do cartão cresceu 40,5% em junho, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Já, o crédito rotativo caiu 8,3% e registrou sua 11ª queda consecutiva.

Aluguéis
Painel S.A. (Folha) conta que a ABF, associação que reúne mais de 2.500 redes de franquia, anunciou que vai apoiar uma ação no STF contrária ao uso do IGP-M para reajustar contratos de aluguéis comerciais.

Na última semana, mais de 20 sindicatos de entidades empresariais – incluindo os Sindilojas de Belo Horizonte, São Paulo e Rio – também pediram para ingressar na ação. O grupo defende que o IPCA seja usado no lugar do IGP-M.

Também na Folha, outra reportagem conta que as dúvidas quanto ao ritmo da vacinação e a solidez da retomada econômica estão dificultando o aluguel de salas comerciais.

Supermercados
A região Nordeste foi a única que teve queda no valor gasto e na média de itens comprados no supermercado, no primeiro semestre, segundo pesquisa da empresa Horus divulgada no Painel S.A. (Folha).

A média de itens na cesta do Nordeste saiu de 8,2 em janeiro para 6,6 em março. Em junho, aumentou para 7,9 com a volta do auxílio emergencial.

Desfile militar
Capas nos principais jornais destacam que líderes do Congresso, até de partidos governistas, rechaçam o desfile de blindados e outros veículos militares que acontece hoje na Esplanada dos Ministérios hoje, com presença do presidente Jair Bolsonaro. O ato é visto como intimidação, por coincidir com a votação da PEC do voto impresso no plenário da Câmara. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), chamou de “coincidência trágica” a demonstração de força. Diante das críticas e reações, Bolsonaro convidou os chefes dos demais Poderes a receberem a parada.

Notícia-crime
Principais jornais informam que os sete ministros do TSE enviaram ao ministro Alexandre de Moraes (STF) uma nova notícia-crime contra Bolsonaro. O objetivo é investigar o vazamento de informações sigilosas de um inquérito da PF que investiga um ataque hacker sofrido pela Justiça Eleitoral em 2018.

O dólar comercial fechou ontem em alta de 0,21%, cotado a R$ 5,24. Euro subiu 0,02%, chegando a R$ 6,15. A Bovespa operou com 123.019 pontos, alta de 0,17%. Risco Brasil em 303 pontos. Dow Jones caiu 0,30% e Nasdaq teve alta de 0,16%.
Valor Econômico
Precatórios e novo auxílio arriscam credibilidade fiscal

O Estado de S. Paulo
Planeta esquentará 1,5°C até 2040, com forte efeito no Brasil

Folha de S.Paulo
Blindados vão às ruas em dia crucial para voto impresso

O Globo
Crise do clima pode se tornar irreversível na próxima década

Correio Braziliense
Voto impresso na berlinda, tanques e tensão em Brasília

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