Selic
Principais jornais afirmam que a ata do Copom mostrou que o colegiado não está pronto para parar o ciclo de aumento da Selic, após a taxa básica de juros chegar a dois dígitos (10,75% ao ano). O documento deixou claro que a intenção do colegiado em reduzir o ritmo de ajuste monetário a partir de março (de 1,5 ponto porcentual para 1 ponto, como prevê o mercado) não significa, de forma alguma, encerrar o ciclo de aumento de juros no próximo encontro.
A diretoria do BC citou explicitamente “ajustes adicionais”, sem revelar, entretanto, a magnitude desses movimentos à frente.
Pandemia
Imprensa relata que mais 1.174 pessoas morreram ontem, até 20h, em decorrência da covid-19 no Brasil. Foi o maior número de mortes desde 10 de agosto. O país já soma 633.894 vidas perdidas para a doença. A média foi de 823 mortes por dia na semana móvel encerrada ontem, a maior desde 17 de agosto (833). A média cresceu 123% ante a semana móvel anterior, informa o consórcio de veículos de imprensa.
Com o resultado, o país completou três semanas seguidas com tendência de alta nas mortes e crescimento de mais de 100% na média.
OIT
Reportagem no Valor Econômico conta que o governo Jair Bolsonaro se opõe à inclusão de “condições de trabalho seguras e saudáveis como um dos princípios fundamentais da Organização Internacional do Trabalho (OIT)”. O tema estará na conferência internacional do trabalho, em maio, para aprovação por governos, trabalhadores e empregadores.
A postura do governo deixa o Brasil praticamente isolado na cena internacional nessa discussão, já que somente a Colômbia ainda é vocalmente contra a iniciativa, segundo fontes. Alguns países têm “um pouco de preocupação”, mas acham que politicamente o custo de ficar contra é muito elevado.
O Ministério do Trabalho brasileiro agiu para tentar impedir o avanço da proposta, alegando que poderia haver enxurrada de ações trabalhistas. O argumento é de que qualquer coisa que não fosse atendida poderia ser vista como violando esse futuro principio da OIT e provocar ações na justiça.
Combustíveis
Manchetes da Folha de S.Paulo e O Globo abordam a PEC do Senado para zerar impostos sobre combustíveis e dar auxílio a caminhoneiros, que tem um impacto superior a R$ 100 bilhões. O Banco Central já alertou que as propostas para subsidiar os preços dos combustíveis podem alimentar a inflação e forçar a continuidade da elevação dos juros.
Chamada de “PEC Kamikaze” pela equipe econômica, a iniciativa ganhou endosso do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Segundo O Globo, até o momento, 31 senadores assinaram a proposta. O texto foi apresentado pelo senador Carlos Fávaro (PSD-MT) semana passada e já conta com as assinaturas necessárias para tramitar na Casa.
Valor Econômico acrescenta que discussões no Congresso sobre desoneração de combustíveis podem atrasar o corte linear das alíquotas do IPI em elaboração pela equipe econômica do governo.
Conforme Valor, perdas decorrentes da aprovação das PECs voltadas para reduzir a tributação de derivados do petróleo variam de R$ 54 bilhões a mais de R$ 100 bilhões. Já um corte no IPI em 25% custaria cerca de R$ 20 bilhões.
ICMS
Folha de S.Paulo relata que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defende a aprovação do projeto que congela a cobrança de ICMS sobre combustíveis antes de o Congresso avançar na discussão da PEC que mexe nos tributos federais.
A reportagem adiciona que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que a PEC dos Combustíveis apresentada na Casa pode não ser necessária. |