PIB
Manchete na Folha de S.Paulo de sábado repercutiu divulgação, pelo IBGE, do PIB brasileiro, que teve alta de 4,6% em 2021, retornando ao patamar pré-pandemia de Covid-19. A indústria e o consumo se mantêm abaixo da linha divisória de 2019.
A reportagem pontuou que a reação ainda é desigual e nem todos os componentes do indicador completaram essa recuperação. Entre os segmentos que ficaram abaixo do patamar pré-pandemia, está a indústria de transformação, com contração de 3%.
Por outro lado, entre os grandes setores pesquisados pelo lado da oferta, a alta do PIB foi acompanhada pelos avanços de 4,7% em serviços e de 4,5% na indústria, após as perdas de 4,3% e 3,4% em 2020, respectivamente.
Folha de S.Paulo acrescentou que, para 2022, a expectativa é de um resultado para o PIB ainda fraco, com a maioria das projeções variando de -0,5% a +0,5%. O dado mais positivo no final do ano passado, no entanto, levou a uma revisão para cima nos números.
Segundo a Folha, esse cenário pode se agravar a depender da duração e dos impactos econômicos da guerra na Ucrânia.
A reportagem informou que levantamento com 29 países que já divulgaram o PIB de 2021, segundo dados disponibilizados pela OCDE, mostra que o Brasil esteve abaixo da média de 5,4% dessas economias, ficando em 18º lugar.
Refis
Valor econômico registra que o Congresso Nacional pode analisar no dia 16 o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei complementar que cria um programa de refinanciamento de dívidas tributárias para micro e pequenas empresas chamado Programa de Reescalonamento do Pagamento de Débitos no mbito do Simples Nacional (Relp), também chamado de “Refis”. As dívidas chegam a R$ 20 bilhões.
A data da votação ainda está em negociação. Será essa se as propostas que tratam da desoneração de combustíveis forem votadas nesta semana.
Pronampe
O Estado de S. Paulo (05/03) informou que o governo conta com a aprovação de um projeto ainda em tramitação para viabilizar uma nova rodada do Pronampe.
De acordo com o jornal, os recursos já aportados pelo Tesouro Nacional no Fundo Garantidor de Operações (FGO) já foram utilizados como garantia para empréstimos feitos até o ano passado.
Por conta disso, o governo quer que as novas garantias sejam dadas com os recursos pagos de empréstimos anteriores – o que exige alteração na legislação atual. Mesmo assim, o Executivo pretende lançar o socorro aos pequenos negócios na próxima semana.
Rússia x Ucrânia
Manchete na Folha de S.Paulo destaca que declarações simpáticas a Vladimir Putin por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL) e pressões do agronegócio foram determinantes para que o Itamaraty incluísse acenos à Rússia em manifestações nas Nações Unidas sobre a guerra. O governo endossou resoluções na ONU que condenam a invasão, mas reforçou argumentos defendidos pela gestão de Putin.
Frete
Folha de S.Paulo (05/03) relatou que o transporte de cargas já começa a sentir os efeitos da guerra na Ucrânia, com o aumento dos combustíveis de navegação, o que deve pressionar o preço do frete.
Segundo a S&P Global Piatts, após o início do conflito, esses produtos atingiram recordes históricos na América Latina. De acordo com o setor, no Porto de Santos, já se aproximam dos US$ 1.000 (R$ 5.000) por tonelada.
A reportagem acrescentou que essa é a principal preocupação das companhias de navegação do setor, que já convive com fretes elevados desde que a paralisação da atividade industrial, no início da pandemia.
Investimentos
Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo (05/03) relataram que o Ministério da Economia afirmou que a guerra na Ucrânia fará recursos globais migrarem para determinadas regiões onde há mais proteção. A pasta defende que esse é o momento de o Brasil se mostrar um porto seguro para investimentos internacionais.
Adolfo Sachsida, chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia, afirmou que o Brasil deve apresentar aos detentores de capital neste momento fatores de atração como o avanço na agenda de reformas, privatizações e concessões. “O que está no controle do governo brasileiro é, dado o cenário internacional, mostrar que o Brasil é um porto seguro para investimentos”, afirmou.
O Estado de S. Paulo (06/03) avançou sobre iniciativa do gover-no para atrair investimentos. O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou a intenção do governo de zerar o Imposto de Renda das aplicações de estrangeiros em títulos emitidos por empresas no mercado brasileiro.
A reportagem acrescentou que o novo pacote de estímulo à economia foca no aumento do crédito, na desoneração de impostos e na liberação do FGTS, apesar do apelo de representantes da indústria da construção, que pediram que a medida não fosse adotada.
O veículo mencionou que nova rodada do Pronampe, em projeto do senador Jorginho Mello (PL-SC), prevê a liberação de R$ 100 bilhões para o crédito às pequenas e médias empresas.
Já em relação aos preços dos combustíveis, auxiliares do presidente Jair Bolsonaro cobram da equipe econômica uma ação mais forte se o efeito da guerra na Ucrânia se agravar.
Renegociação de dívidas
Valor Econômico informa que o número de brasileiros endividados está próximo do recorde. Segundo a Serasa, o número de inadimplentes no país voltou a crescer e atingiu 64,82 milhões, próximo ao pico da pandemia (65,91 milhões, em abril de 2020). O valor total das dívidas alcança neste momento R$ 260,7 bilhões, quase R$ 2 bilhões a mais do que naquela época. Devido a esse cenário, a Serasa fará um Feirão Limpa Nome Emergencial.
O Mutirão Nacional de Negociação de Dívidas e Orientação Financeira, realizado em novembro do ano passado, também ganhará uma nova versão. A iniciativa é promovida pela Febraban, com o BC, Senacon e Procons do país. Segundo a federação, durante a pandemia os bancos renegociaram voluntariamente mais de 19 milhões de contratos, repactuando R$ 1,1 trilhão de saldos devedores e suspendendo R$ 150 bilhões em prestações.
Combustíveis
A manchete de O Estado de S. Paulo informa que, para evitar que a alta do petróleo no mercado internacional chegue à bomba, o governo brasileiro estuda anunciar ainda nesta semana um novo programa de subsídio aos combustíveis.
Segundo fontes que participam das discussões, a ideia é reeditar o modelo adotado em 2018, quando o governo Temer subsidiou o consumo de diesel. |