Em painel sobre soluções empresariais, a presidente do Conselho de Administração da Magalu e vice-presidente da Comissão de Negociação Coletiva do Comércio (CNCC), Luiza Helena Trajano, e o presidente da Drogarias Venâncio, Armando Ahmed, apresentaram as medidas adotadas pelas companhias durante o período de crise sanitária, debateram o papel dos sindicatos neste momento de transformação e falaram sobre suas expectativas para o futuro das relações de trabalho.
O encontro contou com a mediação do representante da CNC no Conselho Nacional do Trabalho, Ivo Dall’Acqua Júnior, que iniciou a conversa contextualizando a escolha dos palestrantes, cujas empresas estiveram em lados opostos quanto ao enquadramento no critério de essencialidade.
— Houve um tipo de gestão diferente para cada negócio. No caso do comércio, houve restrição de circulação e necessidade de se reinventar para as vendas on-line. Já no caso das farmácias, a atividade presencial dos empregados continuou e se intensificou — explicou.
Armando Ahmed destacou a revolução na forma de trabalhar durante e após a pandemia.
— Estamos vendo mudanças nas formas de fazer, de ser, e de se relacionar. Queremos partir à frente, para uma forma de trabalho totalmente disruptiva, uma vez que estamos sentindo que a revolução está acontecendo — avaliou Ahmed.
Luiza Trajano destacou o esforço da entidade, juntamente com outras instituições, para colaborar para que as relações sejam mais leves.
Produtividade tem que ser a palavra-chave. As pessoas têm que ter direito de escolher, produzir e negociar. Os sindicatos têm que lutar para gerar empregos e defender o trabalhador. E defender o trabalhador, não é defender burocracia e amarração. As pessoas sabem o que devem fazer; elas sabem escolher o horário em que querem trabalhar ou quando vão querer tirar dez, vinte ou trinta dias de férias.