Por Gillian Tett, Financial Times
Luiza Trajano, vice-presidente da Comissão de Negociação Coletiva do Comércio (CNCC), presidente do Conselho do Magalu e do Grupo Mulheres do Brasil, não é especialmente bem-conhecida fora do Brasil. Deveria ser. Uma das empresárias e dirigentes sociais mais notáveis do país, Trajano é uma inspiração para empreendedores de todos os quadrantes. Ela começou a trabalhar meio período, aos 17 anos, na loja da família em Franca, uma cidade do Estado de São Paulo especializada na fabricação de calçados, e transformou o negócio em uma das potências latino-americanas de varejo. O grupo Magazine Luiza é avaliada atualmente em mais de US $ 10 bilhões e emprega mais de 40 mil pessoas,
Trajano tem firme convicção no dever da empresa de ser um exemplo em questões sociais, e lutou por igualdade de gênero e racial com paixão notável – em um país com espantosa desigualdade social e onde uma elite empresarial tem sido frequentemente acusada de viver em uma bolha. Ela atribui seu sucesso a uma empatia natural com membros do corpo de pessoal e clientes e ainda viaja constantemente pelo vasto território brasileiro, para visitar lojas, advertências de funcionários e dar conselhos sobre como desenvolver uma carreira.
Sua liderança social levou a murmúrios de que ela daria uma grande presidente, mas Trajano nem quer ouvir falar disso. “Acredito na transformação do país [promovida] por meio de uma sociedade civil organizada e fundamental”, disse ela ao “FT”
