CBCSI debate tendências do mercado imobiliário

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As tendências do mercado de locação de imóveis e proposições de interesse do segmento foram alguns dos temas tratados na Câmara Brasileira de Comércio e Serviços Imobiliários (CBCSI) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que se reuniu de forma virtual, em 16 de março.

O encontro do órgão consultivo da CNC contou com a participação de representantes dos sindicatos de habitação (Secovis), constituídos por empresas de compra, venda, locação, administração de imóveis e de condomínios residenciais e comerciais.

O coordenador da CBCSI e presidente do Secovi-RJ, Pedro Wähmann, destacou que a última reunião presencial do grupo ocorreu há pouco mais de um ano e parabenizou o andamento das pautas diante do desafio de trabalhar de forma remota. Luiz Carlos Bohn, coordenador das Câmaras Brasileiras do Comércio e Serviços, reforçou que o trabalho da Câmara é fundamental neste momento de instabilidade econômica causada pela pandemia do novo coronavírus.

Tendências do mercado de locação

Convidado a falar sobre as perspectivas para o segmento imobiliário, o coordenador de locação da CBCSI, Leandro Ibagy, afirmou que, apesar da pandemia, o mercado de imóveis fechou 2020 em alta e é preciso explorar novas oportunidades. “Ainda neste ano, esperamos uma mudança acentuada nos modelos de garantia locatícia, pois a fiança vem perdendo espaço para o seguro fiança e outras modalidades. Um aumento exponencial da concorrência por parte de grandes incorporadoras também é esperado, com fundos imobiliários ingressando na locação residencial. Já há um movimento de venda de novos produtos para locação nos grandes centros, com alta da criação de novas empresas e modelos de negócio”, afirmou.

Ainda assim, Ibagy ressaltou que o último ano, naturalmente, foi muito duro para diversos segmentos econômicos, incluindo o imobiliário, que apresentou alto volume de desocupação de imóveis comerciais e residenciais. “Em comparação com 2019, o mês de junho teve alta de 65% no índice de desocupação. É evidente que a maioria das administradoras de imóveis fecharam o ano com um volume de carteira semelhante ao ano anterior, ou seja, foi um ano de baixo crescimento”, disse.

Além disso, o volume de locações também foi afetado com a chegada da covid-19 ao Brasil. Segundo o coordenador, “o segmento iniciou 2020 com números melhores do que o ano anterior, mas a partir de março a queda foi abissal. Apenas no segundo semestre, o mercado passou a se recuperar”.

Ibagy finalizou a apresentação sugerindo que as administradoras trabalhem para aprimorar os meios de captação de clientes e divulgação de imóveis nas mídias digitais. “É importante enxergar a pré-venda como fase fundamental, melhorando o atendimento aos leads gerados dentro das nossas estruturas. É preciso ampliar a divulgação de imóveis com ferramentas modernas, trabalhando anúncios de forma mais elaborada e explorando as vantagens da região e bairro do condomínio para dar mais visibilidade aos imóveis da carteira”, finalizou.

Troca de experiências no segmento

Durante a reunião, o presidente do Secovi-PE, Márcio Gomes, coordenador da área de Condomínios da CBCSI, sugeriu aos presentes a criação de um grupo de trabalho para fomentar a troca de boas práticas no segmento de Administração Condominial, assim como acontece com a RAL na área das imobiliárias.

Segundo Gomes, o crescimento do mercado tem impactado toda a cadeia de negócios do setor, o que favorece um ambiente para a troca de ideias. “A ideia é criar uma rede sem ligação direta com a CBCSI, mas que contribua para o trabalho do grupo. Um lugar de troca com nossos pares para debater experiências baseadas na convergência de valores, com foco no crescimento coletivo e novos produtos e serviços”, sugeriu.

A ideia foi bem recebida pelos membros da CBCSI, que devem levar o projeto adiante durante este ano, com a coordenação de Márcio Gomes.

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