Serviços batem recorde histórico em julho e CNC projeta alta de 3,45% em 2025

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Impulsionado pelo emprego e pela renda, setor avança, mas entidade alerta para sinais de desaceleração do transporte e do turismo

Conforme previsto pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) apontou o crescimento de 0,3% em julho. Diante do novo resultado divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (12), o acumulado dos últimos 12 meses agora é de 2,9%. Com o ajuste sazonal, a PMS renova, neste mês, o ponto mais alto da série histórica.

O saldo de julho, somado ao crescimento do PIB do segundo trimestre, reforça o bom momento do setor, sustentado pelo desemprego em mínima histórica e pela maior renda das famílias brasileiras. Diante do atual cenário, a Confederação projeta avanço de 0,2% para agosto e crescimento acumulado de 3,45% em 2025.

“Embora o setor de serviços esteja em alta, nossa preocupação é com os sinais de desaceleração em alguns segmentos sensíveis aos juros, como transportes e turismo. Esses movimentos indicam que, para manter a trajetória de crescimento, será necessário garantir um ambiente econômico mais estável e previsível”, afirma o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

Entre os cinco segmentos acompanhados, três registraram alta no mês. O destaque ficou com informação e comunicação, que registrou o avanço de 1%, confirmando a tendência positiva já apontada no PIB do segundo trimestre. O pior desempenho foi o de transportes, serviços auxiliares e correio, que recuou 0,6%, pressionado pela queda de 4% no transporte aéreo, após cinco meses de alta.

Apesar da retração de 0,7% nas atividades turísticas, o segmento opera 3,3% acima do patamar de julho de 2024 e acumula expansão de 6,2% em 12 meses. O desempenho acompanha o recorde do primeiro semestre, uma vez que o Brasil recebeu mais de 5,3 milhões de turistas estrangeiros, impulsionados sobretudo pelos visitantes da Argentina e do Chile.

“Os números mostram que o turismo continua sendo um dos vetores mais dinâmicos dos serviços. A entrada de mais de 5 milhões de estrangeiros no primeiro semestre fortalece não apenas o setor, mas toda a cadeia de comércio e serviços ligada ao consumo desses visitantes”, ressalta o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes.

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