COP30: Sistema CNC-Sesc-Senac reforça protagonismo do setor privado na agenda climática global

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Conferência aprovou Pacote Político de Belém e consolidou a presença estratégica do setor produtivo em debates sobre transição justa, financiamento e inovação sustentável

A 30ª Conferência das Partes sobre Mudança do Clima (COP30), realizada de 10 a 22 de novembro, em Belém (PA), marcou um momento histórico para o Brasil e para a agenda climática global. Além de definir diretrizes para mitigação, adaptação e financiamento climático, a conferência consolidou a importância da participação do setor privado nos processos decisórios internacionais.

O Sistema CNC-Sesc-Senac esteve presente na Blue Zone, representado por Renata Quemel, do Senac-PA, delegada oficial do Brasil pelo setor privado, reforçando o compromisso com uma transição sustentável que preserve a competitividade e gere oportunidades para inovação e desenvolvimento.

“A presença do Sistema Comércio na COP30 reforça nosso papel como agente de transformação. É fundamental que o setor produtivo participe desses debates para antecipar tendências, contribuir com soluções e garantir que a transição para uma economia de baixo carbono seja justa e viável para todos”, destacou Quemel.

Resultados

Após duas semanas de negociações complexas, foi aprovado o Pacote Político de Belém, composto por 29 decisões que reafirmam o Acordo de Paris e definem novos mecanismos para acelerar a ação climática. Entre os principais pontos estão medidas para ampliar o financiamento climático, implementar políticas de mitigação e adaptação e fortalecer a transparência nos fluxos financeiros. O pacote também lançou iniciativas como o Acelerador Global de Implementação e a Missão Belém para 1,5°C, que visam apoiar países na execução de suas contribuições nacionalmente determinadas (NDCs) e planos de adaptação.

Outro avanço foi o compromisso de triplicar os recursos para adaptação, passando de US$ 40 bilhões para US$ 120 bilhões até 2035, embora sem detalhar os fluxos financeiros. Também foi aprovado um conjunto inicial de indicadores para medir o progresso da Meta Global de Adaptação, com prazo de dois anos para refinamento político. Apesar dos avanços, especialistas apontaram que as decisões carecem de maior clareza e ambição para garantir a meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C. Elementos importantes, como o “mapa do caminho” para transição dos combustíveis fósseis e fim do desmatamento, ficaram fora do texto final, mas a Presidência brasileira se comprometeu a apresentar essas propostas até a COP31.

Outro destaque foi o lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, com US$ 5,5 bilhões e participação de 53 países, além de ajustes técnicos no Artigo 6 do Acordo de Paris, que trata dos mercados de carbono.

Compromisso

A participação do Sistema CNC-Sesc-Senac na COP30 reafirma o compromisso do setor com práticas sustentáveis e com a construção de políticas que conciliem desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Para o comércio de bens, serviços e turismo, estar presente nesses fóruns é essencial para antecipar tendências regulatórias, ampliar acesso a financiamento verde e fortalecer parcerias internacionais, posicionando o Brasil como protagonista na economia de baixo carbono.

A agenda climática segue com novos desafios: a COP31 será realizada em Antalya, Turquia, de 9 a 20 de novembro de 2026, com Presidência compartilhada entre Turquia e Austrália. Até lá, o setor privado brasileiro continuará mobilizado para transformar compromissos em ações concretas.

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