O Brasil enfrenta um problema grave e persistente: o mercado ilícito, que gera um prejuízo colossal à economia nacional. Em 2022, o País
perdeu R$ 453,5 bilhões com atividades ilegais, como pirataria, contrabando, fraude fiscal, furto de energia e água, entre outras, impactando diretamente 16 setores da economia, incluindo comércio e serviços.
O tema foi abordado no encontro Caminhos do Brasil, realizado pelos jornais O Globo e Valor Econômico e pela rádio CBN, no dia 24 de maio, com patrocínio do Sistema Comércio, por meio da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), do Sesc, do Senac e de suas federações.
Para especialistas, as estratégias para frear o avanço do mercado ilícito no País vão desde a redução de tributos para desincentivar o comércio ilegal – que ganha o consumidor pelo preço mais baixo – até a criação de uma política integrada para coibir de forma mais célere a ilegalidade.
No evento, realizado de forma on-line, Cristiane Foja, presidente executiva da Caminhos do Brasil: mercado ilícito afeta economia e empregos Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), afirma que, no setor de bebidas alcoólicas, que tem a falsificação e o contrabando como desafios históricos, o peso da tributação acaba estimulando ainda mais o mercado ilícito.
Edson Vismona, presidente executivo do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco), completou que o consumidor perde optando por esses produtos que não seguem as normas técnicas.
Já no setor de combustíveis, a sonegação soma R$ 14 bilhões por ano, enquanto a adulteração e as fraudes respondem por mais R$ 15 bilhões, segundo Emerson Kapaz, presidente do Instituto Combustível Legal. De acordo com o secretário executivo do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e aos Delitos contra a Propriedade Intelectual (CNCP), Andrey Corrêa, o órgão tem buscado coibir esse mercado por meio de intercâmbio de informações com outros países que fazem fronteira com o Brasil
Confira abaixo a transmissão da live.
