Conferência Internacional de Comércio e Serviços do Mercosul (CI25), nesta quinta (6), explora desafios e soluções para o novo mapa das rotas comerciais
As tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, em agosto, provocaram queda de 18,5% nas exportações para o País em setembro, uma perda de aproximadamente US$ 600 milhões. Apesar deste impacto, a estratégia brasileira de diversificação dos mercados já começou a apresentar resultados. Sob este prisma e dos demais fatores geopolíticos do cenário mundial, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) recebe, nesta quinta-feira (6), representantes do governo federal, de países do Mercosul, da América do Norte e da União Europeia para encontrar novas soluções na V Conferência Internacional de Comércio e Serviços do Mercosul (CI25), a partir das 9h desta quinta (6), na sede da CNC no Rio de Janeiro/RJ.
“A fragmentação geopolítica e o protecionismo crescente exigem que não apenas o Brasil, mas todo o Mercosul diversifiquem suas rotas internacionais e fortaleçam suas parcerias estratégicas. Existem rotas alternativas viáveis, e a CNC está comprometida em trazer ao governo e aos legisladores a voz do setor privado brasileiro e também destes parceiros comerciais”, declara o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.
O governo brasileiro estará representado pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Países sul-americanos como Paraguai, Uruguai, Argentina e Bolívia se juntarão à mesa com a União Europeia.
A inovação nas rotas de comércio exterior vai na direção do Oriente, mas não se limita a China, Índia e Singapura. No mesmo mês de setembro, as exportações totais brasileiras cresceram 7,2%, atingindo US$ 30,5 bilhões, com superávit de US$ 3 bilhões e participação relevante de vizinhos sul-americanos, como Argentina, Paraguai e Bolívia, além de parceiros estratégicos da Europa.
Acordos estratégicos em negociação
Entre os temas em pauta no CI25 estão os acordos do Mercosul com a União Europeia e com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), a diversificação de parceiros e estratégias para o novo mapa global do comércio exterior. Com a conclusão das negociações com EFTA, União Europeia e Singapura, a corrente de comércio brasileira pode aumentar em 152%, saltando de US$ 73,1 bilhões para US$ 184,5 bilhões.
A CI25 é organizada pelo Conselho de Câmaras de Comércio do Mercosul (CCCM) durante a Presidência pro tempore brasileira do bloco, reforçando o compromisso do Brasil e da CNC de fortalecer a integração regional.
Programação:
8h30–9h
Café da manhã de boas-vindas + Credenciamento
9h – Abertura:
José Roberto Tadros — Presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac
Geraldo Alckmin — Vice-Presidente da República e Ministro do MDIC
9h30–11h | O Mercosul no Contexto Global: Aprofundamento do Mercado Comum e a Importância da Diversificação de Parceiros Comerciais:
Guillermo Daniel Raimondi — Embaixador da Argentina no Brasil
Dario Franco — Cônsul-Geral do Paraguai no Rio de Janeiro
Vicente Damian Lluna Taberner — Conselheiro de Comércio e Agricultura da Delegação da União Europeia no Brasil
Michael Schweizer — Cônsul-Geral da Suíça no Rio de Janeiro
François Jubinville — Cônsul-Geral do Canadá no Rio de Janeiro
Joe Turk — Cônsul-Geral do Líbano no Rio de Janeiro
11h–12h | Expectativas do Setor Privado para o Cenário Latino-Americano e Global:
José Roberto Tadros — CNC (Brasil)
Natalio Grinman — Câmara Argentina de Comércio e Serviços (Argentina)
Anabela Aldaz — Câmara de Comércio e Serviços do Uruguai (Uruguai)
José Pakomio Torres — Câmara Nacional de Comércio e Serviços do Chile (Chile)
Ricardo dos Santos — Câmara Nacional de Comércio e Serviços do Paraguai (Paraguai)
Eduardo Olivo Gamarra — Câmara Nacional de Comércio da Bolívia (Bolívia)
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