Márcia Lopes ressaltou a importância de iniciativas governamentais para combater o problema, como o Disque 180 e a Casa da Mulher Brasileira
Em comemoração ao Agosto Lilás, mês da conscientização sobre o enfrentamento da violência contra a mulher, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) recebeu a ministra das Mulheres, Márcia Lopes. Em sua palestra que integra a campanha “Feminicídio Zero: nenhuma violência contra a mulher será tolerada”, a ministra promoveu uma reflexão sobre o compromisso com o enfrentamento das agressões.
O presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, ao agradecer a presença da ministra, reforçou a importância de se combater a violência de gênero. “Em nossa sociedade, é importante que todos tenham interesse em compreender e respeitar a mulher. Na Confederação, elas representam 54% dos colaboradores e são tratadas com todo o respeito”, afirmou Tadros.

O Agosto Lilás tem origem na criação da Lei Maria da Penha, promulgada no dia 7 de agosto de 2006. Além de reforçar a importância dessa lei, Márcia Lopes também ressaltou o pioneirismo da Constituição de 1988 na promoção da igualdade. “Foi uma conquista importante elaborar uma constituição que representasse todos os setores do nosso país”, declarou.
Para além da importância legislativa, Lopes apontou que melhorias dos serviços de apoio a mulher também são importantes para o enfrentamento da violência. “Aprimoramos o Disque 180 para que não recebesse apenas denúncias, mas também pudesse dar encaminhamentos, desdobramento dessas denúncias e apoio às investigações.”
Outra iniciativa destacada pela ministra para combater o feminicídio são as Casas da Mulher Brasileira (CBM), espaços físicos espalhados em diversas cidades do País que reúnem serviços especializados para atender mulheres. Entre eles, estão apoio psicossocial; Defensoria Pública; cuidado das crianças; alojamento de passagem e central de transportes.
O apoio da CNC a essa causa foi incentivado pela ministra. Segundo Lopes, “reafirmar o compromisso contra todo tipo de violência, tanto em empresas como no governo, pode alimentar uma política de proteção nacional a todas as mulheres do País”.