O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que o volume de empréstimos efetuados pelo sistema financeiro começou, este mês, a recuperar o seu desempenho. Nas duas primeiras semanas de novembro, segundo ele, a concessão diária de crédito cresceu 5,7% em comparação com outubro. Este crescimento foi puxado pelos empréstimos a pessoas físicas, que subiram 14,8%.
Meirelles acrescentou que melhorou também a situação de liquidez dos bancos de pequeno e médio porte – alvo de operações do Banco Central desde setembro para evitar a falta de recursos para empréstimos.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que o volume de empréstimos efetuados pelo sistema financeiro começou, este mês, a recuperar o seu desempenho. Nas duas primeiras semanas de novembro, segundo ele, a concessão diária de crédito cresceu 5,7% em comparação com outubro. Este crescimento foi puxado pelos empréstimos a pessoas físicas, que subiram 14,8%.
Meirelles acrescentou que melhorou também a situação de liquidez dos bancos de pequeno e médio porte – alvo de operações do Banco Central desde setembro para evitar a falta de recursos para empréstimos. “Estamos claramente numa trajetória de recuperação gradual”, disse Meirelles.
Dívida líquida é menor
A dívida líquida do setor público deve fechar, em novembro, em 35,7% do Produto Interno Bruto (PIB), a menor desde julho de 1998. Segundo Meirelles, este dado reforça a impressão de que o Brasil está preparado para enfrentar a turbulência financeira provocada pela crise global. Em 2003, a relação dívida/PIB chegou a 56%.
“Isso é da maior importância. No passado, a divida pública era o fator de maior vulnerabilidade da economia brasileira”, afirmou o presidente do BC.
Redução de juros
Questionado sobre a elevada taxa básica de juros da economia brasileira, o presidente do BC disse que a redução das taxas de juros nos países afetados pela crise financeira mundial, como os Estados Unidos e os integrantes da União Européia, está associada à queda da inflação. E que no Brasil a situação é diferente, pois a inflação não vem apresentando uma tendência de declínio – o que reduz o espaço para diminuição dos juros. “É importante que cada país tome a decisão adequada ao seu caso”, disse Meirelles.
O presidente do BC participa na tarde de hoje (26/11) de audiência promovida por três comissões da Câmara: Finanças e Tributação; Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; e Fiscalização Financeira e Controle; e duas do Senado: Assuntos Econômicos; e Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle.
Para os parlamentares, a desaceleração da economia brasileira recomendaria uma redução da taxa Selic, hoje em 13,75% ao ano. O presidente do BC lembrou que, nos das 9 e 10 de dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve se reunir para definir o novo patamar da taxa de juros.
Meirelles disse ainda que o declínio dos juros para os tomadores de empréstimos, principalmente as empresas, dependerá, em parte, da atuação dos bancos públicos, como o BNDES e o Banco do Brasil. Segundo o presidente do Banco Central, essas instituições têm poder de formação de preços das tarifas e do spread bancário.
CNC, 26 de novembro de 2008.