Jornal do Commercio Editoria: Economia Página: A-3
Com o crescimento do consumo no mercado interno, o otimismo dos empresários voltou a aumentar: a expectativa para faturamento e lucro no terceiro trimestre deste ano é a melhor desde 2005, quando a Serasa começou a realizar uma pesquisa de perspectiva empresarial.
O indicador que mede o otimismo em relação ao faturamento no segundo trimestre deste ano foi de 75 (em uma escala de 0 a 100), depois de as expectativas chegarem ao seu ponto mais baixo no final de 2006, com um índice de 55.
Para o primeiro trimest
Jornal do Commercio Editoria: Economia Página: A-3
Com o crescimento do consumo no mercado interno, o otimismo dos empresários voltou a aumentar: a expectativa para faturamento e lucro no terceiro trimestre deste ano é a melhor desde 2005, quando a Serasa começou a realizar uma pesquisa de perspectiva empresarial.
O indicador que mede o otimismo em relação ao faturamento no segundo trimestre deste ano foi de 75 (em uma escala de 0 a 100), depois de as expectativas chegarem ao seu ponto mais baixo no final de 2006, com um índice de 55.
Para o primeiro trimestre de 2007, as perspectivas já haviam melhorado, com um índice de 70. “O varejo tem a seu favor o crédito, que estimula o consumo. E a indústria, apesar de prejudicada pelo câmbio desfavorável às exportações, se beneficia da alta do consumo interno”, avalia Carlos Henrique de Almeida, assessor econômico da Serasa, empresa especializada em análise de crédito.
A pesquisa, realizada com 1.014 executivos entre os dias 15 e 23 de março deste ano, detectou que é o comércio o setor mais otimista em relação ao terceiro trimestre deste ano: 64% das empresas acreditam que o faturamento será maior do que igual período de 2006.
A Serasa pergunta aos entrevistados se sua expectativa é de estabilidade, alta ou baixa do seu faturamento, lucro e investimentos para o período analisado em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
A partir de uma ponderação dos três, chega a um indicador geral. No caso das expectativas para os lucros neste trimestre, o indicador avançou para 67, também o maior da série.
O setor mais otimista é o de serviços, com 49% dos entrevistados esperando cenário melhor para lucros. “As empresas de serviços de alguns segmentos não estavam conseguindo corrigir preços. Com a alta da massa salarial a expectativa é que possam reajustá-los.” No caso do indicador de perspectiva de investimentos, o índice foi de 76. O setor pesquisado mais otimista foi o das instituições financeiras: 70% dos entrevistados afirmaram esperar aumentar investimentos em 16,2% neste segundo trimestre. A indústria aparece em último lugar, com 53%.
CNI
Os empresários da indústria brasileira continuaram otimistas com o setor em abril, conforme também apontou ontem a sondagem trimestral de opinião da Confederação Nacional da Indústria (CNI). No mês atual, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) atingiu 59,4 pontos, o que significou variação negativa de 0,7 pontos sobre o resultado de janeiro (60,1 pontos) e alta de 3 pontos ante abril de 2006, quando alcançou 56,4 pontos. De acordo com a metodologia da CNI, valores acima de 50 pontos demonstram otimismo.
Segundo a CNI, o Icei se manteve “praticamente inalterado” ante janeiro porque seus dois componentes variaram em direções opostas. A variável de condições atuais, relacionada aos últimos seis meses aumentou, de 51,2 pontos para 52,3 pontos entre janeiro e abril. Já a expectativa para os próximos seis meses recuou de 64,5 pontos para 62,9 pontos no mesmo período.
Na pergunta específica sobre a confiança na economia brasileira, o indicador referente aos últimos seis meses cresceu de 48,9 pontos em janeiro para 50,7 em abril.