Monitor – 8 de fevereiro de 2024

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Informativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo08/02/24 | nº 1089 | ANO VI |  www.cnc.org.br
A coluna Comércio em Pauta, produzida pela CNC e publicada em O Globo ressalta que a Confederação reuniu, em Brasília, parlamentares e representantes do trade turístico para uma mobilização pela manutenção do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). Ameaçado pela Medida Provisória editada pelo governo para pôr fim à desoneração da folha de pagamento de 17 setores empresariais, o Perse é considerado fundamental para as empresas de eventos e o setor de turismo.“O fim antecipado do Perse representa uma ameaça real para empresas que estão gerando empregos e renda”, afirmou o presidente da CNC, José Roberto Tadros.Conteúdo ainda atenta para a programação do Sesc para o Carnaval e a identificação de novos perfis profissionais com o Fórum Setorial de Gestão de Negócios, do Senac.Valor Econômico registra que o Carnaval de 2024 deve movimentar R$ 9 bilhões no país, 10% a mais que o registrado no ano passado, conforme estimativa da CNC. município. Correio da Manhã (RJ) também menciona os dados da Confederação para a folia. No Diario de Pernambuco, pauta observa que pouco mais de 82% das famílias pernambucanas vão passar o Carnaval deste ano endividadas, de acordo com pesquisa da Fecomércio/CNC. Do total, 30,6% enfrentam contas em atraso e 14, 7% não conseguem pagar suas dívidas, conforme mostrou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) de janeiro de 2024.
Dívida públicaManchete na Folha de S.Paulo destaca que a dívida bruta do Brasil, após dois anos de queda, voltou a subir e chegou a 74,3% do PIB em 2023, primeiro ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com Folha, despesas com os juros da dívida chegaram a R$ 718 bilhões, ou 6,61% do PIB – o maior valor desde 2015 –, na esteira ainda do impacto da trajetória de alta da taxa Selic, interrompida em agosto. O diário paulista acrescenta que tendência segue de alta para o endividamento público do país em 2024. Especialistas fazem o alerta de que o resultado mostra que o problema fiscal brasileiro ainda está longe de ser resolvido. O Estado de S. Paulo O Globo repercutem RegulamentaçãoFolha de S.Paulo expõe que o Ministério da Fazenda formalizou pedido de sugestões a entidades representativas do setor produtivo para a elaboração da proposta de regulamentação da Reforma Tributária. A reportagem pontua que chamado ocorre após representantes de empresas e congressistas terem criticado a ausência dos contribuintes nos 19 grupos de trabalho técnicos criados para elaborara regulamentação. Segundo Folha, em resposta à ausência do setor privado nos grupos do governo, deputados de cinco frentes parlamentares anunciaram a criação de colegiados paralelos de discussão da reforma para também propor um texto de regulamentação.Déficit zeroO Estado de S. Paulo traz que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse ontem que o governo tem de continuar a perseguir a meta de resultado primário zero, ainda que seja difícil alcançá-la. “É muito importante porque tem conexão direta com a taxa de juros e com o processo de queda da taxa de juros”, justificou, ao participar de evento. Ele afirmou também que o Brasil, na comparação com os outros emergentes, tem o menor diferencial entre a taxa real de juros e a neutra. Para Campos Neto, a taxa de juros real no Brasil é realmente bastante alta, mas a taxa neutra também, por questões estruturais. PIBValor Econômico inclui que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou ontem que o PIB pode crescer mais de 2% neste ano. A estimativa oficial da autoridade monetária é de alta de 1,7%. Em evento, ele citou os fatores necessários para que o crescimento surpreenda positivamente no Brasil, como uma desinflação global “benigna” e a expansão da economia americana também surpreendendo positivamente.BNDESFolha de S.Paulo repercute declaração do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em evento com agentes do mercado ontem, que sugeriu a superação de traumas e citou o banco na primeira gestão Fernando Henrique Cardoso (PSDB) como exemplo a ser resgatado. “Freud fala que o trauma é aquele momento que fica no seu inconsciente e, cada vez que você vê uma situação semelhante, você se confunde no processo. Então, nós precisamos elaborar o trauma”, afirmou. De acordo com Mercadante, o BNDES atual focará na transição energética e investirá na indústria naval para, na visão dele, garantir a competitividade das exportações brasileiras, em especial do agronegócio. O diário paulista inclui que falas vêm após parte do mercado e da Frente Parlamentar do Empreendedorismo criticar o projeto do governo, que põe o poder público como indutor central do desenvolvimento da indústria. Valor Econômico avança em frente semelhante.Imposto de RendaO Globo noticia que o governo federal publicou na terça-feira (6) medida provisória (MP) isentando do Imposto de Renda (IR) quem ganha até dois salários mínimos, ou seja, R$ 2.824 por mês. Com isso, o governo estima uma redução de receitas de R$ 3,03 bilhões em 2024; de R$ 3,53 bilhões em 2025 e de R$ 3,77 bilhões em 2026. Para compensar a queda de arrecadação e manter a meta de zerar o déficit em 2024, o Ministério da Fazenda conta com mudanças feitas na semana passada nos títulos incentivados. Folha de S.Paulo também informa.
Comércio exteriorValor Econômico atenta que o ano iniciou com superávit comercial de US$ 6,5 bilhões em janeiro, valor recorde para o mês e bem acima dos US$ 2,3 bilhões de igual mês de 2023. Foi o melhor desempenho da série histórica iniciada em 1989. O saldo, porém, não muda as perspectivas de desaceleração do intercâmbio comercial brasileiro, ainda que as projeções de especialistas ouvidos pelo Valor sejam de superávit robusto em 2024, entre US$ 75 bilhões e US$ 90 bilhões.Segundo dados da balança comercial divulgados ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic), o superávit de janeiro resultou de US$ 27 bilhões em exportações e de US$ 20,5 bilhões em importações. A quantidade embarcada cresceu 22,1% em relação a igual mês de 2023. Os preços médios caíram 3,1%. O resultado foi uma receita de exportação com alta de 18,5%, considerando a variação da média diária.Mercosul-UEEm editorial, Valor Econômico ressalta que intensa batalha travada nas últimas semanas ameaça o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. O veículo cita repúdio dos agricultores, em parceria inédita com ambientalistas, ao que consideram uma ameaça de concorrentes do Mercosul, que não seguem as mesmas regras ambientais da União Europeia e têm uma produção mais barata. Além disso, a protelação do acordo encostou nas eleições para o Parlamento Europeu e seus pontos mais polêmicos influenciarão na votação.MaquininhasNo Estado de S. Paulo, a Coluna do Broadcast avança que a Cielo começa a se despedir do mercado, com o lançamento de uma oferta bilionária de seus controladores, Bradesco e BB, para fechar o capital. De acordo com a coluna, a iniciativa coroa uma mudança estrutural no mercado de maquininhas de cartões, que movimenta R$ 1 trilhão ao ano e se tornou tão competitivo que, para analistas, as empresas sob o guarda-chuva total dos bancos podem funcionar melhor. Com capital aberto, restarão as empresas independentes, que podem ver os desafios aumentarem com as três maiores agentes do mercado integradas a conglomerados com grande “poder de fogo”. Se antes eram poucos competidores, hoje são mais de 30, incluindo as fintechs. Como reflexo, as margens caíram. A da Cielo ficou em 36% no quarto trimestre. “A tendência é que o negócio de credenciamento vire um produto dentro do banco”, comenta o sócio fundador da Colink Business Consulting, Edson Santos, que já foi diretor da Redecard.VarejoValor Econômico aborda que as vendas no varejo decepcionaram em dezembro e no ano de 2023. A expansão em 2023 foi puxada pelo segmento de supermercados, sustentado pela renda, enquanto outros que dependem mais do crédito encontraram obstáculos para avançar.Em 2024, dizem economistas, a perspectiva é de um cenário mais positivo, ainda que com crescimento comedido.De acordo com dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgados ontem pelo IBGE, o volume de vendas no varejo restrito caiu 1,3% em dezembro, em relação a novembro e fechou o ano passado com alta de 1,7% na comparação com 2022.EmpregoAinda no Valor, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), subiu 0,9 ponto em janeiro, para 78,2 pontos, maior nível desde outubro de 2022 (79,8 pontos). Em médias móveis trimestrais, avançou 1,0 ponto, para 76,8 ponto.Segundo o conteúdo, a alta do IAEmp em janeiro foi influenciada por três dos sete componentes do indicador, com destaques para o indicador de Tendência dos Negócios da Indústria que contribuiu com 0,9 ponto, e do indicador de Tendência dos Negócios de Serviços que avançou 0,8 ponto.PadariaCorreio Braziliense divulga que foram entregues ontem 13 certificados pelas mãos da segunda-dama do Brasil, Lu Alckmin, aos formandos do curso de qualificação Padaria Artesanal. O programa de conhecimentos em panificação foi pensado pela segunda-dama, que conseguiu viabilizar o projeto por meio de parceria com o Sistema S.Crédito consignadoPainel S.A. (Folha) relata que a fintech Segue fez uma pesquisa para reforçar sua atuação no crédito consignado e tomou um susto. Quase 60% dos aposentados entrevistados buscavam uma forma de limpar o nome. A nota salienta que foram ouvidos 1.200 com mais de 50 anos, um universo irrisório perto dos 39 milhões de beneficiários do INSS. No entanto, é um reflexo da situação desses brasileiros cada vez mais envidados, especialmente por terem tomado crédito acima de sua capacidade de pagamento.
Segunda TurmaFolha de S.Paulo comunica que o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF) deve tentar manter o julgamento de pedidos de suspensão de multas dos acordos da J&F e Novonor (a antiga Odebrecht) na Segunda Turma da Corte. Conforme Folha, a Segunda Turma tem maioria de ministros críticos à Operação Lava Jato e mais chance de manutenção da decisão. O diário paulista menciona que decisões do ministro em favor dos dois conglomerados empresariais têm dividido o Supremo. A reportagem revela que a avaliação de integrantes do STF é a de que os magistrados Edson Fachin e André Mendonça, que têm histórico em favor da Lava Jato, provavelmente votarão para derrubar a ordem judicial de Toffoli. Dias ToffoliO Globo publica entrevista com o procurador Anselmo Lopes, ex-coordenador da força-tarefa da Greenfield, que afirma que o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), acreditou em “premissas não verdadeiras” ao anular a multa de R$ 10,3 bilhões que a J&F aceitou pagar em seu acordo de leniência. A empresa alega ter sido coagida a assinar o acordo. De acordo com Lopes, no entanto, partiu dos próprios executivos a iniciativa de colaborar com as investigações, temendo possíveis consequências futuras, como a impossibilidade de receber recursos públicos. Em relação à decisão de investigar possível apropriação pela ONG Transparência Internacional, Lopes avalia que “não faz sentido”, já que a entidade “era proibida de receber ou pleitear qualquer recurso”.CâmaraO Globo reporta que o governo, apesar de tentar se distanciar da eleição à presidência da Câmara para não tumultuar ainda mais a relação com os parlamentares, tem como objetivo evitar que o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), se torne forte candidato ao posto em 2025. Conforme o jornal, Elmar é aliado de primeira hora do atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que tem feito duras críticas ao governo. Segundo um auxiliar do presidente Lula, Elmar é o que mais traria problemas por ter forma de atuação similar à de Lira. Além disso, um dos trunfos do governo a ser usado para inviabilizar Elmar é o excesso de espaço que o União Brasil teria com a sua eventual eleição, já que o colega de partido Davi Alcolumbre (AP) se consolidou como favorito para a eleição do Senado.Novo PACNo Valor Econômico, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o governo quer atrair “novos players” para impulsionar o Novo PAC. Segundo ele, o Executivo percebeu que os atuais players “estão sobrecarregados” para fazer novos investimentos. “Isso não só de rodovias e portos, mas também na área de saneamento, por exemplo. Vários estados estão modelando o saneamento com concessão integral, parcial ou de PPP para investimento do setor privado”, detalhou. O ministro explicou que o governo deve fazer um “ajuste fino” nas obras que vão integrar o programa e prometeu aos investidores que o Novo PAC é um planejamento de seis anos, que não vai mudar “ao sabor dos eventos políticos”.
A valorização das commodities e dos índices de ações de Nova York foram insuficientes para evitar na quarta-feira (7) uma queda do Ibovespa, que abandonou o nível dos 130 mil pontos recuperados ontem. No fechamento, o índice caiu 0,36%, aos 129.949,15 pontos. O dólar subiu 0,11% frente ao real, a R$ 4,968 na compra e na venda. Ainda no mercado de câmbio, o euro fechou em alta de 0,32%, cotado a R$ 5,351 na compra e R$ 5,352 na venda.

Valor EconômicoRestrição do CMN a títulos isentos eleva demanda por debêntures incentivadasO Estado de S. PauloGoverno quer que reforma trate de ‘supersalários’ do JudiciárioFolha de S.PauloApós dois anos de queda, dívida pública cresce sob Lula 3O Globo2024 teve o janeiro mais quente já registrado na TerraCorreio BrazilienseGDF promete vacinação contra dengue amanhã

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