Monitor – 31 de janeiro de 2024

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Informativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo31/01/23 | nº 1083 | ANO VI |  www.cnc.org.br
Manchete em O Hoje (GO) observa que o comércio apresentou recuperação em janeiro e deixou os varejistas otimistas para 2024, aponta o Índice de Confiança do Empresário do Comércio, medido mensalmente pela CNC. Chamada de capa no Correio do Sul (MG) traz que o carnaval de 2024 deve movimentar R$ 9 bilhões, representando 10% acima do que foi registrado no ano passado. A publicação frisa que a estimativa foi divulgada nesta segunda-feira (29) pela CNC. Em paralelo, Correio da Manhã (RJ) registra que o turismo em Pernambuco deve gerar R$ 1,3 bilhão no carnaval, segundo a CNC, com aumento de 1, 8% em relação a 2023.A Gazeta (MT) expõe que a tendência é que o mercado de trabalho no estado e no país se mantenha aquecida devido ao Carnaval. Estimativa da CNC aponta que cerca de 66,7 mil postos de serviço provisórios devem ser criados na data em 2024 – número mais alto dos últimos 5 anos. O tema ainda é repercutido no Jornal Pequeno (MA)Estado de MinasA Tribuna (SP) e Gazeta do ParanáPor sua vez, Gazeta de Piracicaba (SP) reverbera que uma nova portaria a ser editada até o início de fevereiro trará uma lista de cerca de 200 setores considerados essenciais que não precisarão fechar acordos com os sindicatos para trabalho aos feriados.O veículo pontua delcaração de Ivo Dall’Acqua, da CNC. “A lei não contempla bares e restaurantes, que são do grupo de turismo e hospitalidade. A portaria vai deixar claro as categorias que poderão funcionar sete dias por semana, como hotéis e outras atividades”.
BalançosManchete no Valor Econômico destaca que a temporada de divulgação de resultados do quarto trimestre de 2023, que começou oficialmente ontem, deve trazer bons números para as exportadoras de commodities e tendência de melhoria nas operações das empresas do mercado doméstico. Conforme o veículo, o petróleo caiu cerca de 5% na comparação com o terceiro trimestre, mas o minério de ferro se manteve em patamares elevados e a celulose recuperou preços nos três meses finais do ano. A reportagem cita projeção da XP Investimentos de que o lucro por ação das empresas do Ibovespa deve cair 18,6% na comparação anual, enquanto as receitas vão recuar 2,7% e o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) deve ter retração de 0,5%. Reservas internacionaisManchete na Folha de S.Paulo reporta que as reservas internacionais do Brasil subiram no primeiro ano do governo Lula e fecharam 2023 em US$ 355 bilhões – avanço de 9,34% ante um ano antes e o nível mais alto desde março de 2022. A reportagem pontua que movimento é observado após uma queda de 13% ao longo da gestão do antecessor, Jair Bolsonaro. A alta foi puxada pelo fluxo cambial positivo e pela receita obtida com juros dos títulos nos quais estão aplicadas as reservas do Brasil. De acordo com Folha, houve ainda influência dos movimentos nas curvas de juros que impactaram positivamente os preços dos ativos e da menor atuação do Banco Central no mercado de câmbio. BloqueiosO Estado de S. Paulo comunica que a equipe econômica do governo montou “plano de guerra” para reduzir, ao máximo, a necessidade de bloqueio orçamentário no primeiro relatório bimestral de receitas e despesas do ano, previsto para março. A ideia é tentar manter viva a meta de déficit zero em 2024. O entendimento é de que um contingenciamento expressivo inviabilizaria politicamente a manutenção do objetivo fiscal perseguido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Conforme Estadão, estratégia passa por acelerar, no curtíssimo prazo, a entrada de arrecadação nova e tentar garantir o maior corte possível de gastos por meio do combate a fraudes, principalmente na Previdência. O diário paulista cita haver, ainda, negociações com o Congresso para postergar decisões com impacto nas contas públicas como, por exemplo, a desoneração da folha de pagamentos e a recomposição de políticas públicas desidratadas pelos parlamentares Regulamentação da ReformaValor Econômico trata sobre organização dos municípios para fazer valer suas reivindicações no processo de regulamentação da Reforma Tributária. A movimentação ocorre na esteira da publicação neste ano da portaria nº 34 pelo Ministério da Fazenda, que criou grupos técnicos – com participação de representantes de estados e municípios – para subsidiar a redação de anteprojetos. Segundo Valor, houve a criação de 19 grupos técnicos e um de análise jurídica, como parte do Programa de Assessoramento Técnico à Implementação da Reforma da Tributação sobre o Consumo (PAT-RTC), instituído pela portaria. Além disso, está prevista a formação de comissão de sistematização e de uma equipe de quantificação, de caráter consultivo. Previsão da SelicO Estado de S. Paulo mostra que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que se reúne hoje, deve manter a cautela e seguir o plano já anunciado – novo corte de 0,5 ponto percentual,o que levaria a Selic para 11,25% ao ano. Conforme Estadão, o Copom conta com alguma ajuda do câmbio ao longo de 2024 para, enfim, reancorar as expectativas do mercado para o IPCA nos próximos anos. InflaçãoAinda em O Estado de S. Paulo, a projeção para a inflação oficial do país em 2024, medida pelo IPCA voltou a cair pela terceira semana consecutiva, segundo a nova edição do Boletim Focus, do Banco Central (BC). Com isso, o mercado passou a projetar uma inflação de 3,81% no fechamento de 2024, ante 3,86% estimados no relatório publicado na semana passada. Já a meta de inflação para este ano é de 3%, ou seja, a projeção permanece dentro do intervalo permitido (entre 1,5% e 4,5%). Para 2025, as previsões se mantiveram no patamar de 3,5%. EmpregosFolha de S.Paulo informa que o Brasil fechou 430.159 vagas formais de trabalho em dezembro, mais do que o esperado por analistas, e encerrou 2023 com saldo positivo de quase 1,5 milhão de empregos. Os dados do Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados ontem, e apontam que resultado negativo do mês passado representou forte piora ante o saldo positivo de 125.027 de novembro – dado revisado ante 130.097 informados anteriormente. O Estado de S. Paulo, O Globo, Valor Econômico Correio Braziliense também repercutem. Dívida públicaFolha de S.Paulo registra que a dívida pública federal subiu 9,6% em 2023 em relação ao ano anterior e foi a R$ 6,52 trilhões, mas ficou dentro da meta estabelecida para o ano, segundo informou ontem o Tesouro Nacional. A reportagem adiciona que em dezembro, o indicador subiu 3,09% ante novembro. Para 2024, a meta do Tesouro é que a dívida pública federal feche no intervalo de R$ 7 trilhões a R$ 7,4 trilhões. O Globo Correio Braziliense também abordam o tema. CrescimentoFolha de S.Paulo divulga que o Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou a previsão de crescimento da economia do Brasil para 1,7% neste ano – aumento de 0,2 ponto percentual em relação ao número anunciado em outubro do ano passado. O FMI citou a demanda doméstica e crescimento acima do esperado de parceiros comerciais como razões para o aumento na expectativa do PIB brasileiro, além de manter estimativa de que a economia cresceu 3,1% em 2023 e de que terá uma expansão de 1,9% em 2025. O Estado de S. Paulo, O Globo, Correio Braziliense abordam o assunto.Acordo Mercosul-UENo Valor Econômico, a Comissão Europeia rejeitou ontem entendimento francês de que Bruxelas suspendera as negociações com o Mercosul, e informou que ainda pretende fechar um acordo de livre-comércio com o bloco da América do Sul. A reportagem lembra que o presidente da França, Emmanuel Macron, está sob pressão para aplacar os agricultores que estão revoltados com o aumento de custos e com a importação de alimentos baratos. ReaçãoO Globo repercute resposta do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ao presidente da França, Emmanuel Macron, que pediu anteontem à Comissão Européia que interrompa as negociações do acordo da União Européia com o Mercosul. De acordo com Fávaro, Macron está mais preocupado em manter o protecionismo de seu país, ao defender a suspensão das conversações. “Ele está pensando no couro dele, no protecionismo dele, como sempre”, disse.
Brasil Mais ProdutivoEm artigo no Correio Braziliense, Décio Lima, presidente do Sebrae, ressalta que a Nova Indústria Brasil tem como um dos pontos de destaque a atenção direcionada às micro, pequenas e médias empresas (MPEs). Ele explica que será apresentada hoje a Plataforma da Produtividade, ferramenta de acesso ao novo Brasil Mais Produtivo, programa voltado ao aumento de produtividade e de competitividade de MPEs e que faz parte do projeto de neoindustrialização do governo. O dirigente menciona que a jornada de atendimento às empresas terá execução do Sebrae e do SENAI, voltada à melhoria de gestão, inovação, mercado, manufatura enxuta, eficiência energética e transformação digital.ImportadosEm entrevista à Folha de S.Paulo, o empresário Sergio Zimerman, fundador das lojas Petz, diz que falta apoio da indústria —especialmente do presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva — ao esforço do varejo para tentar combater a isenção de Imposto de Importação oferecida pelo Brasil nas vendas de até US$ 50 dos sites estrangeiros, o chamado cross-border.O tema, segundo ele, tem potencial destruidor para a indústria e o varejo brasileiros e deveria, portanto, unir os dois setores. Zimerman, que é um dos membros da comissão de assuntos econômicos do conselhão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), levou ao presidente a preocupação das empresas brasileiras com o cross-border.Avanço da confiançaNo Estado de S. Paulo, a Coluna do Broadcast adianta que o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) avançou 1,8% de dezembro para janeiro, para 108 pontos, segundo a FecomercioSP. Sobre janeiro de 2023, houve queda de 5,2%. Já o Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 1,2 ponto de dezembro para janeiro, para 90,5 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), maior nível desde outubro de 2022 (94,9 pontos).Faturamento cai 1,1%A Coluna do Broadcast, no Estado de S. Paulo, aponta que o faturamento real de pequenas e médias empresas do comércio caiu 1,1% em dezembro de 2023 sobre o mesmo mês de 2022, segundo indicador da empresa de sistemas de gestão Omie. “Isso ocorreu devido à contribuição relativamente fraca das vendas relacionadas ao Natal no varejo, após as expectativas também não atendidas durante o período da Black Friday”, disse Felipe Beraldi, economista e gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie.
Troca na AbinO Globo e Correio Braziliense destacam nas manchetes que o presidente Lula demitiu ontem o diretor adjunto e mais quatro chefes de departamento da Abin. Número 2 da agência, Alessandro Moretti caiu sob suspeita de manter relações com o ex-diretor-geral Alexandre Ramagem e de atuar internamente contra a investigação da PF que apura um possível esquema de espionagem ilegal durante o governo Bolsonaro. O atual diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa, está mantido no cargo, mas sofreu desgaste com o Planalto pela tentativa de minimizar a investigação da PF. Demais jornais também repercutem.CorrupçãoPrincipais impressos, O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo entre eles, informam que o Brasil caiu dez posições e ficou em 104º lugar entre 180 países no ranking Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2023, divulgado ontem pela ONG Transparência Internacional. A reportagem adiciona que em escala global, o levantamento aponta um enfraquecimento do sistema judiciário e do Estado de Direito. Enquanto a média mundial se manteve estagnada em 43 pontos pelo 12º ano consecutivo, a pontuação brasileira passou de 38 para 36 pontos no primeiro ano do governo Lula. Essa é a pior queda registrada pelo Brasil desde 2017, quando o país perdeu 17 posições no ranking em relação a 2016 (foi do 79º para o 96º lugar). É, ainda, a pior posição no IPC desde 2019, quando a nação aparecia na 106ª posição.
Ontem, o Ibovespa fechou em queda, com o mercado adotando uma postura cautelosa às vésperas das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. O Índice caiu 0,86%, a 127.401,81 pontos. No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou estável (0%), a R$ 4,945 na compra e na venda. Já o euro fechou o dia com alta de 0,22%, cotado a R$ 5,363 na compra e R$ 5,364 na venda.

Valor EconômicoBalanços do 4º tri devem apresentar melhoraO Estado de S. PauloEUA decidem retomar sanções após Venezuela vetar opositoresFolha de S.PauloReservas voltam a crescer sob Lula com fluxo cambial e jurosO GloboLula vê quebra de confiança e demite cinco da cúpula da AbinCorreio BrazilienseCitado pela PF, número 2 da Abin é demitido

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