
O Congresso Nacional de Sindicatos Empresariais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNSE) reúne, anualmente, empresários e dirigentes sindicais de todo o País para discutir o cenário econômico e os temas de interesse das entidades e do setor terciário. A 37ª edição, realizada em Brasília nos dias 17, 18 e 19 de agosto, foi duplamente marcada pelo reencontro, após o evento do ano passado, em Bento Gonçalves, e depois de 20 anos desde o último encontro realizado na capital federal.
Mais de 1,1 mil pessoas de todas as regiões do Brasil estiveram presentes, entre empresários, dirigentes sindicais, executivos, gestores, assessores de comunicação e assessores jurídicos. Boa parte desse público chegou em caravanas, vindas principalmente de cidades de Minas Gerais, Amapá, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. O Distrito Federal também compareceu em grande volume, com quase metade do público congressista.
Anfitriões

A abertura do 37º CNSE contou com a presença do presidente da CNC, José Roberto Tadros, do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, da secretária de Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços, Glenda Bezerra Lustosa, e do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres. A empresária e vice- presidente da Fecomércio-RS, Idalice Manchini, foi patrona do 37º CNSE, representando os empresários e dirigentes sindicais.
Em seu discurso, José Roberto Tadros parabenizou o Sindivarejista-DF e a Fecomércio-DF pelo empenho e pela dedicação ao realizar o Congresso, destacando que, nos últimos anos, o CNSE vem ajudando a fortalecer o trabalho das entidades sindicais. E renovou o trinômio “segurança jurídica, livre mercado e democracia”, como pilares de um crescimento sustentável da economia.
Tadros ressaltou uma importante característica do Congresso, a troca de experiências e a reflexão sobre os rumos do sistema sindical empresarial brasileiro. “O setor terciário, de forma ampla, representa mais de 73% das riquezas produzidas no País. Estamos ainda na porta de saída da maior crise sanitária dos últimos 100 anos, com os impactos que todos conhecemos e lamentamos. Por isso, precisamos ser mais digitais e nos adaptar a um mundo em acelerada transformação tecnológica”, afirmou José Roberto Tadros.
O presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, afirmou que o encontro gerou bons frutos, em curto, médio e longo prazos, impulsionando a economia do País. “Juntos somos cerca de cinco milhões de empresas no Brasil, aqui representadas pelo Sistema Comércio. São 25 milhões de empregos gerados, mais de mil sindicatos e os nossos pares das 34 federações. Esses números justificam a realização deste congresso e a nossa união pela busca de melhorias para o nosso setor”, disse.

Já o organizador do 37º CNSE, presidente do Sindivarejista-DF, Sebastião Abritta, agradeceu os empresários pelo investimento em participar do encontro e defendeu a união em favor de mais medidas para aumento da competitividade das empresas, com foco na desoneração da folha de pagamento. “Precisamos flexibilizar as leis trabalhistas e discutir com seriedade a redução de impostos que incidem no comércio”, afirmou Abritta.
Palestras e painéis
Em três dias, os congressistas puderam apreender e compartilhar informações, experiências e contatos. Ao todo, foram realizados 17 eventos, entre palestras, painéis e oficinas. O primeiro dia foi dedicado aos assessores jurídicos e de comunicação de sindicatos e federações para conhecer projetos e estratégias bem- sucedidos que podem ser aproveitados em suas entidades.
Cases de sucesso, como os aplicativos de celular Cidade Connect e Sindilojas 5G, desenvolvidos pelo Sindilojas de Ponta Grossa (RS). Em sua apresentação no painel de Comunicação, a presidente
Josielly Guimarães explicou que ambas as plataformas, além de ajudarem a fortalecer o comércio da cidade, promovem o turismo da região. “O Cidade Connect conta com o apoio de parceiros estratégicos, que uniram esforços para ajudar a alavancar o comércio local.
O nosso principal produto é a informação para situar o consumidor. Esse projeto está contribuindo para a economia de Ponta Grossa e creio que pode ajudar outras cidades do Brasil”, disse Josielly.
No segundo e terceiro dias, foram abordados temas como tributação dos serviços prestados pelos sindicatos, soluções financeiras para as entidades, enquadramento na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), reformas tributária, administrativa, trabalhista e sindical, negociações coletivas, entre outros assuntos de relevância para o comércio.