CNC tem participação de destaque no 37º CNSE

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Para discutir a reorganização sindical, os desafios e as soluções do comércio, com foco em gestão, economia e negociações coletivas, começou nesta quarta-feira (17), em Brasília, o 37º Congresso Nacional de Sindicatos Empresariais do Comérciom de Bens, Serviços e Turismo (CNSE). O evento, que segue até sexta-feira (19), deve receber cerca de mil dirigentes sindicais, empresários, executivos, gestores do setor, assessores de comunicação e advogados para debater melhorias como inovação, tecnologia e segurança nos setores produtivos. O tema dessa edição é “Conectando empreendedores e sindicatos empresariais para um setor produtivo ainda mais forte”.

Na abertura do encontro, o presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Tadros, destacou que o congresso fortalece as entidades sindicais e o Sistema Comércio, dando destaque às empresas representadas. “O caminho para o desenvolvimento do comércio brasileiro deve ser pautado nos pilares do livre mercado, segurança jurídica e democracia”, afirmou Tadros. Ele também citou a produção e entrega da Agenda Institucional do Sistema Comércio aos candidatos à Presidência da República, no mês de julho, como ação efetiva na proposição de avanços para os segmentos.

Durante seu discurso, que foi bastante aplaudido, Tadros ressaltou ainda a importante característica do evento, que é a troca de experiências e reflexão sobre os rumos do sistema sindical empresarial brasileiro. “O setor terciário, de forma ampla, representa mais de 73% das riquezas produzidas no País. Estamos ainda na porta de saída da maior crise sanitária dos últimos 100 anos, com os impactos que todos conhecemos e lamentamos. Por isso, precisamos ser mais digitais para nos adaptar a um mundo em acelerada transformação tecnológica”, afirmou.

O presidente da CNC concluiu reforçando a resiliência das entidades sindicais e do Sistema. “Quanto mais fortes ficarmos, mais destaque terão as empresas que representamos. Um comércio forte dá dinâmica à economia, gerando empregos, renda, arrecadação. É disso que precisamos e é por isso que temos de trabalhar.”

Anfitriões

Para o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, o encontro tem tudo para gerar bons frutos, em curto, médio e longo prazo, impulsionando a economia do País. “Juntos somos cerca de 5 milhões de empresas no Brasil, aqui representadas pelo Sistema Comércio. São 2,5 milhões de empregos gerados, mais de mil sindicatos e os nossos pares das 34 federações. Esses números justificam a realização desse congresso e a nossa união pela busca de melhorias para o nosso setor”, disse.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal, Sebastião Abritta, organizador do 37º CNSE, abriu a cerimônia, emocionado pela grande presença de sindicatos de todo o Brasil, e defendeu medidas para aumento da competitividade das empresas, com foco na desoneração da folha de pagamento. “Precisamos flexibilizar intensamente as leis trabalhistas e discutir com seriedade a redução de impostos que incidem no comércio.”

O ministro da Justiça, Anderson Torres; o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha; a representante do ministro da Economia, Paulo Guedes, Glenda Lustosa, e a patrona do congresso, Idalice Manchini, também compareceram à solenidade de abertura do evento.

Reuniões Temáticas

Com o intuito de promover debates e reflexões sobre assuntos jurídicos e empresariais de interesse das entidades, o congresso também conta com a apresentação de casos de sucesso. As atividades do 37º CNSE começaram pela manhã desta quarta-feira (17), com os trabalhos especializados realizados pelos sindicatos nas áreas de comunicação, jurídica e executiva.

No encontro, haverá ainda a discussão de temas de interesse da economia como perspectivas para o pequeno e médio comércio, liderança empresarial, tributação dos serviços prestados pelos sindicatos, relação da CNC e entidades de base, e-commerce lojas de rua e shoppings pós-pandemia, inovação do varejo, soluções financeiras para sindicatos, eficiência energética e tudo o que as entidades sindicais empresariais precisam fazer para se enquadrar na Lei Geral de Proteção de Dados. Reforma sindical e reforma trabalhista também estão na pauta.

Reformas

No painel “Perspectivas para o pequeno e médio comércio”, o vice-presidente financeiro da CNC, Leandro Domingos, destacou que as reformas tributária e administrativa são medidas essenciais para a economia brasileira manter o seu ritmo de recuperação. Mas a reforma tributária, disse ele, precisa assegurar a competitividade das micro e pequenas empresas.

“Os programas de apoio aos pequenos negócios, principalmente o Pronampe, foram fundamentais para apoiar os empreendedores durante a pandemia. Graças às medidas emergenciais e à força do empreendedor, o Brasil está reagindo. Mas precisamos seguir avançando, promovendo uma simplificação da carga tributária e o enxugamento da máquina pública”, afirmou Leandro. “Nós precisamos estar atentos, pois a reforma tributária que almejamos deve atender aos interesses do País, das empresas e da União. Ou seja, queremos uma reforma justa, harmônica e equânime”.

O presidente do Sebrae Nacional, Carlos Melles, agradeceu o presidente da CNC, José Roberto Tadros, pelo apoio e pela defesa dos micro, pequenos e médios empreendedores. “José Roberto Tadros é um maestro do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae. Uma pessoa de grande sabedoria, que vem contribuindo para o crescimento do empreendedorismo”, afirmou Melles.

Sobre o cenário econômico, o presidente do Sebrae afirmou que o regime tributário do Simples Nacional, previsto na Lei Complementar nº 123/2006, é um dos mais modernos do mundo. No entanto, é necessário aprimorar a substituição tributária. Ele também destacou diversos avanços, entre eles, a lei do Microempreendedor Individual (MEI), que proporciona legalidade e independência a 14 milhões de trabalhadores autônomos. “Em breve, os profissionais enquadrados no MEI poderão emitir nota fiscal por meio de aplicativo”, afirmou.

Estande

Um estande da CNC foi montado para receber o público que irá visitar o 37º CNSE. Projetado no formato de uma árvore digital, a ideia é mostrar que os produtos e serviços oferecidos pela Confederação, Federações e sindicatos associados geram frutos ao empresariado. Ao final do evento, será sorteada uma viagem com acompanhante para o Hotel Sesc do Pantanal.

Rio Grande do Norte 2023
O evento também marcou o lançamento de Natal como cidade-sede da próxima edição do CNSE, a ser promovido conjuntamente pela Fecomércio no Rio Grande do Norte e Sindilojas-RN. O 38º CNSE será realizado nos dias 7 e 9 de junho de 2023, no Centro de Convenções da capital potiguar. “Estamos trabalhando para proporcionar uma experiência única a todos os que nos visitarão”, afirmou o presidente da Federação, Marcelo Queiroz.

 

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