Novos dirigentes da Fecomércio-ES anunciam choque de gestão no Sistema Comércio regional

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O Sistema do Comércio liderado pela Fecomércio-ES e constituído ainda pelo Serviço Social do Comércio- Sesc-ES e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial-Senac-ES, experimentará um choque de gestão, conforme anunciou o presidente recém-empossado para o quatriênio 2022-2026, Idalberto Moro.

Em seu discurso de transmissão de posse da diretoria eleita para o novo período administrativo, Moro anunciou de imediato a implementação de medidas como a atualização dos estatutos da Federação, a definição do mandato de quatro anos sem reeleição e a instituição de um Conselho Fiscalizador autônomo que tanto auxiliará quanto fiscalizará o sistema.

Integração

O presidente anunciou também a adoção de um modelo de integração entre as entidades proporcionando sinergia e proporcionando ações de complementariedade entre as duas grandes entidades do sistema, Sesc e Senac. Segundo ele, uma ação que uma das entidades desenvolver em determinado local poderá estar associada a ação da entidade parceira, voltada para o mesmo público.

Mesmo as instalações físicas deverão ser integradas, segundo o presidente da Fecomércio-ES antecipando a ideia de localizar a direção do Sesc e do Senac em um mesmo local, o prédio erguido pela entidade patronal ao lado de sua sede, em Santa Lúcia, concentrando as funções administrativas do Sistema.

O novo presidente do Sistema Comércio declarou que pretende ampliar o apoio aos setores de turismo e de serviços, que considerou insuficientemente fortalecidos, contrastando com sua relevância econômica. Ainda na agenda do novo presidente consta uma ação sistemática de fortalecimento ao surgimento de novas lideranças e a formação de novos sindicatos, ampliando a base de representação do setor terciário.

Ele adiantou que as ações do Sesc e do Senac voltadas predominantemente para a sociedade deverão contemplar os sindicatos, no intuito de fortalece-los. Inclusive, destacou, se for o caso cedendo instalações das unidades do Sistema para abrigar esses sindicatos.

Orientação

Em um discurso que manteve em toda a sua extensão um tom de respeito e consideração aos antecessores, reconhecendo-lhes o legado de importantes estruturas construídas em benefício do Espírito Santo, Idalberto

Moro antecipou a revogação de uma orientação que o sistema cultivou durante os anos sob a direção anterior. Não investirá em negócios imobiliários como os antecessores fizeram prevenindo-se de uma eventual extinção da contribuição compulsória em favor do sistema (2,5% da folha de pagamento das empresas comerciais).

O novo presidente quer adotar práticas inovadoras com uso intensivo de tecnologias de processos que substituam métodos de eficácia discutível. E quer fazer do Senac um hub de inovação, ancorando na entidade as ações de planejamento e fomento à incubação de processos e produtos inovadores.

O ex-presidente José Lino Sepulcri e os superintendentes anteriores, Gutman Uchoa de Mendonça e Dionísio Corteletti antecederam com seus pronunciamentos a fala de Idalberto Moro. Sepulcri agradeceu a equipe que lhe ajudou a gerir o sistema por 16 anos e revelou o legado financeiro de R$ 343 milhões que as três entidades deixam no seu conjunto para a nova direção, Mendonça fez um retrospecto de seu trabalho durante 63 anos à frente do SESC, ele que ingressou na entidade em agosto de 1959, listou o rol de realizações ao longo desse período e asseverou que o Sistema tem autonomia de manutenção por mais sete anos, se perder a contribuição compulsória.

Dionísio Corteletti falou de sua realização pessoal como diretor do Senac e se emocionou ao falar da importância do seu trabalho, exercido ao longo de 28 anos, como propósito de vida. Os novos superintendentes das entidades, Richardison Schimittel, do Senac, e Bruno Negris, do SESC também falaram repassando aspectos de suas biografias profissionais e do estímulo que representou o convite para esses desafios gerenciais.

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