O interesse da Fecomécio-SP de consolidar, nas empresas, os conceitos de ESG – sigla em inglês para Environmental, Social and Governance – levou à criação do Comitê ESG no dia 16 de agosto de 2021. “Este grupo inicia as atividades com o importante propósito de contribuir para a melhoria do ambiente empresarial com base no tripé ‘responsabilidades social, ambiental e de governança’”, afirma Abram Szajman, presidente da Federação paulista, que, há mais de 80 anos, representa as empresas dos setores de serviços, atacado, varejo e turismo do Estado de São Paulo.
“A formação do comitê ESG é um novo passo no compromisso que a entidade, há anos, firmou com o mercado e com o País de construir uma sociedade mais justa, por meio de economia sustentável e próspera”, complementa Szajman, ao explicar que a Fecomércio-SP acompanha e colabora com os temas indispensáveis para o crescimento da economia e da sociedade, por meio de um permanente diálogo construtivo entre as empresas e o poder público.
O comitê, um dos braços do Conselho de Sustentabilidade (este último em atuação desde 2008), vai atuar nos eixos de orientação e representação, com o intuito de esclarecer aos empresários o tema a ser tratado do ponto de vista das empresas representadas pela Fecomércio-SP, além de ampliar o debate sobre o assunto, fomentar a implantação de ações práticas e atuar, sempre que necessário, nas questões legais – como no acompanhamento de novas normas e projetos de lei –, bem como levar propostas sobre os pontos que precisam ser melhorados.
Cristiane Cortez, assessora técnica do Conselho de Sustentabilidade, lembra que a despeito de a discussão sobre ações ligadas a questões climáticas globais, assuntos sociais (como a valorização dos direitos humanos) e governança, ou seja, o debate sobre liderança, controle de riscos e compliance, ter se evidenciado recentemente, muitos desses pontos já eram abordados pelo conselho – a pauta sobre desenvolvimento sustentável foi tema, por seis edições, do Prêmio Fecomércio de Sustentabilidade, premiando ideias inovadoras e promissoras. “Desde o ano passado, sentimos a necessidade de ter um comitê da Casa a respeito desta temática e levar este entendimento para o empresário”, diz.
Luiz Maia, coordenador executivo do Comitê ESG, concorda que a pandemia fez com que as três vertentes do ESG, principalmente a social, ganhassem dimensão. Além disso, garante que o papel educacional da Federação no comitê será focado no âmbito empresarial, independentemente do tamanho, do setor e da constituição da empresa.
“As experiências empresariais serão divididas entre nós para ajudar associados e membros, mediante sindicatos e outros grupos, a interagir e entender a sustentabilidade nos negócios. As grandes empresas têm áreas de sustentabilidade já consolidadas, mas esse não é o caso das pequenas e médias, e temos esta preocupação, porque nosso objetivo está em apoiar os negócios de qualquer porte e setor nas práticas ESG”, alerta.
