Em evento da CNC, Luiza Helena Trajano diz que diversidade é vital para as empresas

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Presidente do Conselho do Magalu e do Grupo Mulheres do Brasil, empresária participou de workshop virtual da Confederação sobre o tema

Quando o assunto é diversidade, Luiza Helena Trajano, referência no setor empresarial brasileiro, tem propriedade para falar. Presidente do Conselho do Magalu e do Grupo Mulheres para o Brasil, Luiza Helena defende a causa há mais de dez anos e participou, nesta terça-feira (18/5), do Workshop Diversidade é Legal: Relações do trabalho e impactos da responsabilidade social sob a visão da Legislação, realizado virtualmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Para a empresária, a diversidade tem que começar de dentro para fora. “Não é querer, é fazer. Precisa ser uma coisa que vem de dentro, verdadeira, na qual você acredita e que erra tentando acertar e acerta porque vai aprendendo durante o processo”, afirmou Luiza Helena, que também é vice-presidente da Comissão de Negociação Coletiva do Comércio (CNCC), criada pela CNC. “Hoje você não consegue ter inovação, interação e empatia com o consumidor se você não estiver sentado na mesa com gente diferente e que representa o nosso povo.”

Mudança de chave

Luiza Helena destaca que a diversidade virou uma premissa essencial para a continuidade do negócio. “Há dez anos era um propósito, mas atualmente tem que fazer. O consumidor pede e exige isso de você. É igual pensar no digital, ter redes sociais, a empresa precisa fazer isso se não vai ficar fora do mercado”, reforça a empresária.

De acordo com ela, o presidente de uma empresa que ainda não pensa em diversidade precisa mudar a chave o quanto antes, ou não vai conseguir se manter. “O CEO que não se preparar não vai permanecer na sua posição por muito tempo, no máximo em três ou quatro anos sai”, ressalta Trajano. “A direção geral da empresa precisa querer fazer, se não for assim você até pode melhorar um pouco, mas não será o suficiente.”

Campanhas e incentivos para que as minorias assumam cada vez mais protagonismo em uma empresa são essenciais para fortalecer a diversidade dentro de uma companhia.  À frente do Magalu, Luiza Helena já vivenciou desde a criação de um programa de trainee voltado somente para negros até a adoção de medidas relativamente simples para aumentar a promoção de mulheres a cargos de gestão. “Dobramos o cheque-mãe para que elas conseguissem arcar com os custos de cuidados com os filhos e diminuímos a distância dos lugares para onde elas precisam ir durante o trabalho para não ficarem muito longe de casa. Só com iniciativas pequenas como essas conseguimos fazer com que cerca de 60% das mulheres chegassem ao nível de gerência”, conta.

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