Monitor – 6 de junho de 2022

Em entrevista à Rádio Band News FM (04/06), o economista Fábio Bentes, da CNC, comentou a alta de 1% do PIB brasileiro no primeiro trimestre. Ele avaliou que é possível comemorar esse crescimento, mas “com moderação”.

Reportagem do Valor Investe (04/06) sobre previsão de vendas trouxe estimativa da CNC, afirmando que o Dia dos Namorados deve movimentar o comércio em cerca de R$1,65 bilhão, representando uma alta de 2,5% no volume de vendas em relação ao ano passado.

Ainda na Band News FM (05/06), o âncora Eduardo Oinegue analisa dados de endividamento das famílias brasileiras e cita dados da CNC. Ele avaliou que as famílias perderam rendimento médio e acaba se endividando porque não conseguem cortar todas as despesas fixas.

Salário mínimo
Em manchete, O Globo traz que a parcela de trabalhadores que recebem até um salário mínimo passou de 30,09% no fim do governo de Michel Temer para 38,22% no primeiro trimestre deste ano, de acordo com levantamento da Tendências Consultoria. Em números absolutos, são 8,3 milhões de trabalhadores a mais no governo de Jair Bolsonaro que ganham até o piso.

Selic
De acordo com o Valor Econômico, ganha espaço a avaliação de que o Banco Central (BC) terá de estender o ciclo de alta da Selic, com a inflação pressionada e um desempenho melhor do que o esperado da atividade e do mercado de trabalho. Nesse cenário, o aumento dos juros na reunião deste mês do Copom não seria o último do atual processo de elevação da taxa, que deve subir mais 0,5 ponto, para 13,25% ao ano, na semana que vem.

Reforma tributária
Em editorial, O Estado de S. Paulo (05/06) analisou que uma reforma tributária está cada vez mais difícil. O jornal apontou que a improvisação de um teto do ICMS sobre itens essenciais pela Câmara “mostra falta de disposição para discutir uma reforma tributária ampla”.

Combustíveis 1
Folha de S.Paulo (04/06) informou que, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço da gasolina caiu pela terceira semana nos postos. No entanto, o preço médio do produto permanece acima de R$ 7 por litro em 23 estados e no Distrito Federal. A gasolina acumula queda de 14% nas últimas três semanas.

Combustíveis 2
O Globo (04/06) detalhou que o governo Bolsonaro já fez 11 tentativas de reduzir o preço dos combustíveis. O assunto hoje é  “uma das maiores dores de cabeça” do presidente. Os articuladores da campanha de Bolsonaro creditam ao valor dos produtos a impopularidade do presidente.

O Estado de S. Paulo (04/06) acrescentou que o Centrão tem pressionado o governo para baixar o preço dos combustíveis. De acordo com a abordagem, o grupo vê como certa a derrota de Jair Bolsonaro, caso o governo não consiga reduzir o preço do produto.

ICMS
Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo (04/06) registraram que o governo estuda usar R$ 20 bilhões da União para os estados zerarem o ICMS de diesel e gás. A medida seria implementada por meio de uma PEC. A proposta é uma das opções que estão sendo estudadas na tentativa de abaixar os preços.

Turismo
Painel S.A. (Folha de S.Paulo, 04/06) contou que o mercado de voos internacionais, que enfrenta recuperação mais lenta dos abalos da pandemia, registrou em abril o maior número de viajantes em destinos internacionais desde março de 2020, de acordo com os novos dados da Anac.

O volume de passageiros transportados chegou a 1,15 milhão. No mesmo mês do ano passado, foram pouco mais de 160 mil pessoas que viajaram em aeronaves com destino ou origem no Brasil.
Também chama a atenção em abril a taxa de ocupação dos aviões, que ficou acima de 83%. Foi a maior do ano.

Passagens
Em O Globo de sábado, manchete trouxe levantamento da Agência Nacional de Aviação Civil mostrando que a tarifa aérea média real subiu 29,5% entre fevereiro e março no Brasil, desde a reabertura plena no pós-pandemia.

Na comparação com março de 2021, o aumento foi de 68,6%. As perspectivas para os consumidores não são boas, já que a querosene de avião, com preço atrelado ao dólar, já subiu 36,42% até o fim de maio.

Comércio eletrônico
A coluna Painel S.A. (Folha de S.Paulo, 04/06) também registrou qu, para tentar combater o acúmulo de lixo gerado pelo descarte incorreto de embalagens que explodiu com o avanço do ecommerce na pandemia, a ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Têxtil) e 20 marcas criaram o “Guia de Boas Práticas para Embalagens Sustentáveis de Ecommerce”.
O objetivo é apresentar ao mercado uma ferramenta que auxilie as empresas no desenvolvimento de pacotes mais sustentáveis para o comércio virtual.

Supermercados x Farmácias
Painel S.A. (Folha de S.Paulo) afirma que a apresentação na Câmara de requerimento de urgência para o projeto de lei que permite a venda de medicamentos isentos de prescrição médica em supermercados esquentou os ânimos no setor farmacêutico e supermercadista.

A Apas (Associação Paulista de Supermercados), que defende a liberação, diz que espera ver a pauta levada ao plenário em breve.

A associação defende que hoje existe um monopólio na venda desse tipo de remédio e que a medida poderia servir para a redução dos preços.

A Abrafarma, associação do varejo farmacêutico, se diz contra a proposta argumentando que os supermercados não têm a assistência de farmacêuticos.

STF
Manchete de O Estado de S. Paulo de sábado destacou que a decisão do ministro do STF, Kassio Nunes Marques, que derrubou a cassação do deputado estadual Fernando Francischini e do federal Valdevan Noventa, gerou uma crise interna no Supremo.

Os ministros da Corte querem revogar a suspensão e o futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, afirmou que o TSE não vai aceitar registros de quem propagar fake news.

Federações
O Estado de S. Paulo evidencia que as federações partidárias vão servir para salvar legendas ameaçadas de extinção pela cláusula de barreira. Para a disputa eleitoral de outubro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) homologou três dessas uniões, que precisam durar no mínimo quatro anos. Uma delas é formada pelo PT, PCDOB e PV e a segunda uniu PSOL e Rede, partidos que apoiam a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Planalto.

O dólar comercial fechou sexta-feira em queda de 0,20%, cotado a R$ 4,77. Euro caiu 0,46%, chegando a R$ 5,12. A Bovespa operou com 111.102 pontos, queda de 1,15%. Risco Brasil em 309 pontos. Dow Jones caiu 1,05% e Nasdaq teve queda de 2,47%.