Monitor – 28 de abril de 2022

O Globo publica a coluna Comércio em Pauta, nesta quinta-feira, com o mesmo conteúdo trazido ontem pelo Correio Braziliense.

A nota principal destaca o webinar sobre a modernização trabalhista realizado pela FGV, em parceria com a CNC e outras entidades. Também há notas sobre o Sesc Pantanal e lançamento de cursos pelo Senac.

Em conteúdo patrocinado no Correio Braziliense, o Sesc publica artigo de José Aparecido Freire, presidente do Sistema Fecomércio-DF. Ele destaca quatro pesquisas – entre elas a de Intenção de Consumo das Famílias, da CNC – que, para o autor, “demonstram a resiliência, a inovação e a capacidade de gestão do empresário no primeiro quadrimestre deste ano”.

Auxílio Brasil
Principais jornais informam que a Câmara aprovou ontem a medida provisória que estabeleceu o valor mínimo do Auxílio Brasil em R$ 400 e tornou o benefício permanente, medida que foi acatada pelo relator João Roma (PL-BA) para tentar viabilizar uma análise com menos obstrução no plenário da Casa. O texto segue para análise do Senado.

IPI
Folha de S.Paulo registra que o ministro Paulo Guedes voltou a falar ontem que o governo pretende fazer “mais uma rodada” de redução do IPI. A nova promessa é de ampliar o corte para 35%.

Segundo Guedes, o espaço para isso foi dado por um aumento imprevisto na arrecadação. Folha menciona que o governo tem utilizado a alta para anunciar cortes de tributos às vésperas do calendário eleitoral.

Inflação
Manchete de O Globo e principais jornais repercutem a divulgação do IPCA-15 de abril, que acelerou para 1,73%, a maior taxa para o mês desde 1995 e a mais alta desde fevereiro de 2003.

Em 12 meses, o índice já acumula alta de 12,03%, o maior patamar desde novembro de 2003. O resultado indica, segundo economistas, que a inflação está alta e disseminada. Em abril, oito dos nove grupos pesquisados pelo IBGE registraram aumento de preços.

Matérias-primas
Valor Econômico divulga que o preço das matérias-primas com influência sobre a inflação apresentou alta de 4,38% em março, após variação negativa de 0,79% em fevereiro.

Os dados constam no Índice de Commodities Brasil (IC-Br). Em 12 meses, o indicador teve elevação de 29%, conforme divulgado ontem pelo Banco Central.

Gás de cozinha
Painel (Folha) revela que o preço do gás de cozinha no país atingiu a maior média mensal real do século 21. Os botijões de 13 kg estão sendo vendidos a um valor médio de R$ 113,48, o que representa 9,4% do salário mínimo. Essa é a proporção mais elevada desde março de 2007, segundo dados do Observatório Social da Petrobras.

Energia
Manchete da Folha destaca que a construção de todas as 14 térmicas a gás contratadas no leilão de energia emergencial em outubro do ano passado está atrasada. O objetivo era garantir o abastecimento neste ano em caso de nova seca, mas nenhuma deve entrar em operação na data prevista, 1º de maio.

Pronampe
O Senado aprovou ontem, de forma simbólica, o projeto de lei que estende até o fim de 2024 a aplicação de recursos emergenciais para garantir e alavancar empréstimos do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). A proposta segue agora para a sanção presidencial.

Trabalho
Reportagem na Folha afirma que o governo pretende regulamentar o trabalho por aplicativo no Brasil. Segundo o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, a intenção é anunciar as novas regras “ainda este ano”, embora não haja uma data específica para o lançamento.

Varejo 1
Manchete do Valor relata que a indústria e o varejo têm passado por uma nova onda de reajustes de preços neste trimestre. Fabricantes relataram a investidores a necessidade de correções contínuas nas tabelas ao comércio, e varejistas receberam sondagens da indústria para reajustes de dígito alto entre abril e maio, segundo o jornal. A escalada do dólar reforça a preocupação do setor.

Segundo fontes, as pressões estão mais evidentes em produtos de linha branca (refrigeradores e lavadoras), certos alimentos e refrigerantes, e em canais em que há maior competição, como o comércio eletrônico.

O Mercado Livre, por exemplo, decidiu aumentar a cobrança da comissão sobre a venda de produtos, como os de supermercados, a partir de 18 de abril. Duas redes de varejo relataram ter recebido sondagens da Electrolux e da Whirlpool para aumentos de 8% a 10% nos preços no 2º trimestre.

Segundo o Valor, o que chama atenção de executivos é que, mesmo com a demanda fraca, a busca é por reajustes integrais para recompor margens neste ano.

Varejo 2
Painel S.A. (Folha) repercute dados do indicador da Boa Vista sobre o movimento do comércio, que teve queda de 1% em março em relação ao mês anterior. Na comparação do primeiro trimestre deste ano com o período imediatamente anterior, a redução é de 1,7% na série dessazonalizada.

A Boa Vista atribui a variação mensal à elevação no nível médio de preços, que ajuda a explicar a retração nas vendas.

Eleições
Principais jornais repercutem o evento promovido ontem pelo presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto. Bolsonaro defendeu o deputado Daniel Silveira, reforçou ataques ao STF e cobrou a participação de militares na apuração dos votos pelo TSE nas eleições deste ano.

Batizada de “ato cívico pela liberdade de expressão”, com transmissão ao vivo pela TV Brasil, a mobilização foi liderada pelas bancadas evangélica e da bala do Congresso.

Bolsonaro também levantou a possibilidade de suspender as eleições. “Não pensam que seria só para presidente”, afirmou. “Isso seria para o Senado, para a Câmara, se tiver algo de anormal”.

Sem previsão constitucional, a suspensão das eleições ou a interferência do Exército na contagem de votos podem configurar golpe de Estado.

WhatsApp
Em encontro ontem com Jair Bolsonaro, representantes do WhatsApp confirmaram que o lançamento da nova ferramenta que permite grupos com milhares de pessoas somente ocorrerá após as eleições de outubro. Segundo a Folha, a informação foi confirmada também pelo ministro Fábio Faria (Comunicações).

Agências reguladoras
Em uma situação incomum na história das agências, o próximo governo terá pouca margem de manobra para trocar a cúpula dos órgãos reguladores e substituir nomeações feitas na atual gestão.

Levantamento feito pelo Valor nos 11 órgãos reguladores federais aponta que quase metade dos cargos (44%) têm estabilidade garantida até o último ano da próxima administração presidencial ou mesmo depois disso – 2027 ou 2028. Os mandatos que vencem em 2023, 2024 ou 2025 equivalem a 56% das diretorias.

O dólar comercial fechou ontem em baixa de 0,47%, cotado a R$ 4,96. Euro caiu 1,26%, chegando a R$ 5,24. A Bovespa operou com 109.349 pontos, alta de 1,05%. Risco Brasil em 297 pontos. Dow Jones subiu 0,19% e Nasdaq teve queda de 0,01%.