Destaques da edição:
O labirinto do Banco Central – O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou a ata da última reunião sobre política monetária na sema na passada , com sinais de que um maior aperto nos juros será necessário. O Comitê está enxergando nos ruídos políticos pré-eleitorais mais riscos de persistência inflacionária e câmbio depreciado no longo prazo.
Dropshipping – Dropshipping é um modelo de e-commerce em que o lojista atua como intermediário das vendas pela internet, o revendedor não mantém os produtos em estoque, mas oferta e comercializa os produtos ao cliente. O sistema funciona da seguinte forma: o cliente faz o pedido do produto, a loja recebe o pagamento e repassa o pedido ao fornecedor ou fabricante. O dropshipping foi inventando em 2006 nos Estados Unidos e a atenção é principalmente para lojas virtuais, mas nada impede que lojas físicas utilizem a técnica.
A maioria dos revendedores que adota essa técnica lucra na diferença entre o valor pago pelo cliente e o valor pago ao fornecedor. Porém, alguns revendedores ganham através de comissões pagas pelo fabricante. É um modelo de negócio que não exige muito capital, já que não é necessária uma estrutura para estoque nem preocupação com as entregas e devoluções.
Mercado espera que a Selic alcance 12,25% ao fim deste ano – No último relatório Focus, divulgado pelo Banco Central do Brasil em 11/02, a mediana das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano aumentou para 5,50%, com avanço nessa estimativa há cinco semanas. No curto prazo, as projeções dos analistas para o IPCA são de 0,85% para fevereiro e 0,52% para março. Mantendo a tendência da semana anterior, a mediana das projeções dos analistas para o IPCA de 2023 permaneceu em 3,50%, já na meta inflacionária.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a meta da taxa de juros Selic aumentou para 10,75% ao ano. A próxima reunião terminará dia 16 de março, quando se espera que o Banco Central aumente a taxa novamente, no entanto em apenas 1,0 ponto percentual, para 11,75%. A expectativa do mercado é que ela cresça ainda mais ao longo deste ano, alcançando 12,25% ao fim de 2022, com reajuste em 2023 para 8,0%.
O que vem por aí com as moedas digitais – Na edição do último Sumário Econômico, publicamos artigo a respeito do fim das moedas, texto baseado na entrevista do economista indiano Eswar Prasad, autor, em 2021, do livro The Future of Money: How the Digital Revolution is Transforming Currencies and Finance. Na opinião do renomado autor, as moedas físicas irão desaparecer na medida em que as tecnologias seguem evoluindo, criando moedas, os governos passam a regularizar as moedas digitais, acompanhando e controlando-as como as moedas escriturais bancárias, e as sociedades conseguem adaptar-se a essa evolução, de acordo com as suas características.
Os desdobramentos dessa dinâmica tecnológica sobre os cidadãos tendem a dar-se na medida em que alguns governos estudam aceitar as moedas digitais para pagamento de impostos, dentre outros serviços. Outros fatores, como a evolução da tecnologia das transações com o blockchain, poderão trazer inúmeras inovações e facilitações, sejam financeiras, sejam digitais, para outros serviços de alcance geral.
IPCA acelera e atinge maior janeiro em seis anos – Na última apuração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no dia 9 de fevereiro, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice variou 0,54% após ter variado 0,73% em dezembro. Mesmo com a desaceleração dos últimos três meses, janeiro de 2022 é o pior janeiro para o índice desde 2016, quando a variação foi de 1,27%.
