| Coluna do editor-executivo do Valor Econômico, Sergio Lamucci, afirma que, com juros em alta, inflação persistente e nível elevado de endividamento das famílias, o panorama para o consumo privado é pouco animador. Texto registra que, segundo pesquisa da CNC, 72,9% das famílias tinham alguma dívida em agosto, percentual recorde do levantamento.
O dado também foi lembrado em textos sobre a elevação do IOF como alternativa para financiar o novo Bolsa Família. O Globo (18/09) e O Estado de S. Paulo (19/09), em editorial, destacaram que a alta do IOF pesa no bolso de quem precisa de crédito, num momento em que 72,9% das famílias, segundo a CNC, estão endividadas. |
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Empregadores
Folha de S.Paulo (19/09) veiculou dados da Pnad Contínua, do IBGE, de que o Brasil, impactado pela pandemia de Covid-19, perdeu quase 600 mil empregadores no intervalo de dois anos.
O jornal ressaltou que a tentativa de recuperação é ameaçada por riscos como a escalada da inflação e a crise política. A facilitação do acesso ao crédito é apontada por especialistas como “um caminho a ser pensado”.
Reformas
Folha de S.Paulo afirma que, com a proximidade das eleições de 2022, membros do Ministério da Economia e congressistas avaliam que a janela de oportunidade para votação de reformas amplas está se fechando. Auxiliares do ministro Paulo Guedes defendem que o governo aproveite a trégua dada pelo presidente Jair Bolsonaro na briga com Poderes para tentar solucionar o problema da explosão de gastos com precatórios.
A pauta, considerada a maior prioridade do governo neste momento, destravaria o Orçamento de 2022 e permitiria a ampliação do Bolsa Família, rebatizado de Auxílio Brasil.
Selic
O Estado de S. Paulo relata que analistas do mercado financeiro acreditam que o BC seguirá a política de aumento dos juros para controlar a inflação e levá-la para o centro da meta, de 3,5% em 2022. De 51 instituições financeiras e consultorias consultadas pelo Projeções Broadcast, 44 preveem um aumento de 1 ponto porcentual na Selic, na reunião do Copom desta quarta (22). Com isso, o colegiado do BC, que se reúne a cada 45 dias para calibrar a Selic, elevaria a taxa para 6,25% ao ano. Apenas sete instituições consultadas mantiveram as apostas em um ajuste mais duro da taxa básica de juros nessa reunião.
Combustíveis
Em editorial, O Estado de S. Paulo (18/09) avaliou que decreto presidencial publicado semana passada pode ter efeitos negativos, como a desorganização do sistema de distribuição de combustíveis. A esperada redução de preço, segundo analistas, não deve ocorrer.
O jornal sustentou que a autorização para os postos venderem gasolina de qualquer marca é “um ato de deliberada intenção político-eleitoral, em razão da obsessão com que, de um modo ou de outro, Bolsonaro busca conquistar apoio popular”.
Coronavírus
Sábado, O Globo mostrou que, na contramão das recomendações do ministro da Saúde, 13 estados e o DF devem continuar vacinando adolescentes. O jornal expôs a rejeição às orientações de Marcelo Queiroga. Sociedades médicas publicaram notas e técnicos da pasta ameaçam se afastar.
O número de mortes por covid-19 no Brasil subiu para 590.752. Ontem foram registradas 244 mortes. Já o total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia chegou a 21.239.783. |
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Supermercados
Painel S.A. (Folha de S.Paulo) conta que, para tentar evitar que a inflação espante parte dos clientes, o varejo de alimentos vem criando mecanismos na tentativa de preservar as vendas. Alguns estabelecimentos têm diluído os aumentos de determinados produtos – como a carne, por exemplo – entre outras mercadorias que têm mais saída e foram menos atingidas pela inflação, segundo a ACSP (Associação Comercial de São Paulo).
O equilíbrio nos repasses serve para escoar o estoque de itens mais caros e sem inviabilizar o consumo, diz a entidade. “O comércio nem sempre consegue transferir para o consumidor todo o aumento de preços, por causa das dificuldades do próprio consumidor. E, com isso, ele vai tendo que achatar suas margens e, às vezes, até praticamente vendem sem margem”, diz Marcel Solimeo, economista-chefe da entidade.
Salões de beleza
Nota na coluna Painel S.A. (Folha de S.Paulo) registra que a retomada dos salões de beleza ainda patina, apesar da flexibilização nas restrições de circulação da pandemia. Cerca de 40% dos estabelecimentos dizem que não registraram alta no faturamento de junho para julho, segundo pesquisa da ABSB (associação dos salões de beleza) com o Sebrae. Na comparação com julho de 2019, antes da pandemia, aproximadamente 40% dos negócios também tiveram faturamento pelo menos 50% inferior. Cerca de 60% dos salões dizem que toda a equipe já tem ao menos a primeira dose da vacina contra a Covid. Porém, mais de 50% dos entrevistados afirmam que os profissionais ainda estão atendendo a domicílio e independentes do salão.
Horário de verão
O Estado de S. Paulo (18/09) repercutiu novo estudo realizado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) que indica que o horário de verão não traz economia de energia significativa. A avaliação é de que o mecanismo poderia ajudar, mesmo que pouco, a atenuar o consumo nos horários de pico.
Por conta disso, o diagnóstico da ONS entregue nesta semana ao Ministério de Minas e Energia não faz recomendação alguma, pois o mecanismo teria um efeito “neutro”.
Painel S.A. (Folha de S.Paulo) afirma que o governo de Santa Catarina disse na sexta (17) que a adesão ao pedido de retorno do horário de verão é praticamente unânime nos setores de turismo, eventos, restaurantes e comércio do estado, segundo levantamento feito com lideranças empresariais a pedido do governador Carlos Moisés.
O presidente da Santur (Agência de Desenvolvimento do Turismo de Santa Catarina), Renê Meneses, também apontou benefícios na mudança do relógio, como o aumento do fluxo de pessoas nos estabelecimentos e maior disposição a viagens e compras.
Segundo Paulo Solumucci, presidente da Abrasel (associação de bares e restaurantes) e um dos defensores da proposta, as entidades que pleiteiam a volta do horário de verão agora planejam pedir para secretários de turismo favoráveis à medida se manifestarem publicamente. |
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Datafolha
Folha de S.Paulo vem trazendo dados de pesquisa Datafolha. No sábado, o jornal destacou dados que apontam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições à presidência em 2022. Ainda sem um terceiro nome em destaque, em um segundo turno, o petista venceria com 56%, enquanto Jair Bolsonaro alcançaria 31% dos votos.
Já no domingo, a Folha reportou que, de acordo com a pesquisa feita após o 7 de Setembro, 50% dos brasileiros acreditam que Bolsonaro pode tentar um golpe de Estado. Os dados também indicam que 70% dos entrevistados apoiam a democracia, afirmando que o sistema é o melhor para o Brasil. O levantamento ouviu 3.667 pessoas em 190 municípios.
Hoje a manchete da Folha de S.Paulo aborda a corrida eleitoral para o governo de São Paulo. Segundo o Datafolha, o ex-governador Geral Alckmin lidera, com 26% das intenções de voto. O ex-prefeito Fernando Haddad (PT) aparece na sequência, com 17%.
CPI da Pandemia
Manchete de O Globo (19/09) destacou que o relatório final da CPI da Covid pedirá o indiciamento de Bolsonaro por prevaricação, além de acusá-lo de crimes contra a vida, contra a saúde pública e de responsabilidade. O parecer está previsto para ser entregue neste 23 de setembro.
Pedro Guimarães
Folha de S.Paulo afirma que a atual gestão da Caixa, que só entrega boas notícias para Jair Bolsonaro no momento em que sua popularidade está em queda, levou o presidente do banco, Pedro Guimarães, a se colocar na disputa pela vaga de vice na chapa que disputará a reeleição em 2022.
Assessores do Palácio do Planalto e pessoas próximas ao executivo afirmam que, desde o início da pandemia, Guimarães vislumbra a possibilidade de ingressar na vida política. Sua aspiração política vem crescendo no mesmo ritmo dos anúncios feitos pelo banco.
Fake news
Principais jornais noticiam que o presidente Jair Bolsonaro encaminhou ao Congresso Nacional um projeto de lei que visa limitar a ação das redes sociais para remover conteúdo publicado por usuários. O ato será publicado hoje no Diário Oficial da União. O governo ressaltou ontem que o projeto de lei “segue na mesma linha” da MP enviada ao Congresso e que foi devolvida pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Na prática, o projeto deve dificultar o combate a “fake news” nas redes sociais. |
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| O dólar comercial fechou sexta-feira em alta de 0,33%, cotado a R$ 5,28. Euro subiu 0,06%, chegando a R$ 6,20. A Bovespa operou com 111.439 pontos, queda de 2,07%. Risco Brasil em 311 pontos. Dow Jones caiu 0,48% e Nasdaq teve queda de 1,18%. |
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