Monitor – 11 a 13 de setembro de 2021

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Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo repercutiram, no sábado, a Pesquisa Mensal do comércio (PMC), do IBGE.  Dados mostram que o volume de vendas do comércio do país subiu 1,2% em julho, na comparação com junho. Assim, o varejo registrou o quarto mês consecutivo de crescimento e alcançou patamar recorde na série histórica, iniciada em 2000.

Frente a julho de 2020, as vendas do varejo tiveram alta de 5,7%, indicou o instituto. O setor ainda registrou avanço de 6,6% no acumulado de janeiro a julho de 2021. Em período maior, de 12 meses, houve crescimento de 5,9%.

Com chamada de capa, reportagem do Correio Braziliense (11/09) sobre a PMC destacou que o resultado veio acima da expectativa da CNC, que projetava alta de 0,7% no indicador. “Com a revisão dos dados do mês anterior, o setor engatou o quarto crescimento mensal consecutivo, alcançando agora o maior patamar da série histórica da pesquisa”, informou a Confederação.

Economista sênior da entidade, Fabio Bentes, explicou que, em julho, a circulação de pessoas ainda estava 12% abaixo do período pré-pandemia, em fevereiro de 2020. Mas, em alguns setores, o comércio já superou números registrados antes da crise sanitária.

GloboNews e a CNT (11/09) também abordaram os dados da PMC. Reportagem ressaltou que a expectativa da CNC para o ano é de aumento de vendas de 4,9%, mas o cenário para os próximos meses ainda é preocupante.

Reportagem de O Estado de S. Paulo (12/09) afirmou  que a crise política impulsionada pelos constantes atritos do presidente Jair Bolsonaro com outros poderes contaminou a economia real de tal maneira que nem a recente trégua sinalizada pelo chefe do Executivo deve ser suficiente para conter o “efeito dominó”.

Ao fomentar o clima beligerante, aponta o texto, o presidente ampliou a desvalorização do real frente ao dólar, encarecendo alimentos e combustíveis, e colocou no radar de economistas a perspectiva de juros mais elevados e crescimento mais tímido em 2022.

“Na contramão”, o economista-chefe da CNC, Carlos Thadeu de Freitas, diz que a economia brasileira está robusta, apesar dos “barulhos políticos”. Ele admite que há sinais de desaquecimento, mas frisa que isso não quer dizer que a economia vai desandar.

Mídia online (UOLBOLIstoÉ OnlineCorreio Braziliense OnlineR7) também publicou a informação.

Guedes
No sábado, manchetes de Folha de S.Paulo e O Globo destacaram fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, que admitiu a investidores que as recentes declarações golpistas de Bolsonaro afetam a economia. A declaração foi feita para investidores estrangeiros em evento virtual promovido pelo banco Credit Suisse. No entanto, o ministro ressaltou que a política econômica está “na direção correta”.Repercussão
Folha de S.Paulo
 (11/09) publicou entrevista com ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga que avalia que o comportamento de Jair Bolsonaro deve afetar a recuperação da economia. “Do ponto de vista econômico, é absolutamente paralisante”, afirma Arminio.
Para o economista, a recuperação do setor de serviços vai acontecer em “um ambiente muito adverso para o emprego, para empreendedorismo e para o investimento em geral”.

Nesta segunda, o economista Persio Arida afirma ao Valor Econômico que o recuo do presidente Bolsonaro nos ataques ao STF, que deu um alívio ao mercado no fim da semana passada, foi apenas “tático” e que o comportamento hostil será retomado.  Para ele, o comportamento do presidente afeta negativamente os investimentos.

“Estamos com um mundo com taxas de juros baixíssimas, com excesso de capitais, com um volume enorme de recursos destináveis a infraestrutura e a políticas ambientais adequadas”, afirma. “[Esse fluxo de investimentos] não se materializa no Brasil porque o Brasil é visto como como um pária.”

Conjuntura
Valor Econômico 
traz, com exclusividade, que a economia brasileira deve ter neste ano um grau de ociosidade (quanto da capacidade produtiva não está em uso) média entre 4% e 6%. E isso permitirá ao país crescer mais que o seu potencial (ritmo que não gera desequilíbrios, como inflação) de 0,9% estimado para 2022 e pouco acima de 1% para os dois anos seguintes, sem desequilibrar a economia, de acordo com estudo a ser publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Recessão
Manchete da Folha de S.Paulo de domingo expôs a preocupação de economistas com a possibilidade de uma recessão maior no país. Os especialistas avaliam que a antecipação do cenário eleitoral e os posicionamentos do presidente Jair Bolsonaro fazem aumentar a incerteza quanto à recuperação econômica. O recuo de Bolsonaro trouxe alívio ao mercado, mas existe ceticismo em relação às promessas do presidente.

Estagflação
O Estado de S. Paulo
 (11/09) contou que, com a economia estagnada e a inflação em alta, o fantasma da estagflação ameaça o dia a dia dos brasileiros. Indicadores recentes já apontam para a combinação de estagnação econômica e inflação. O PIB caiu 0,1% no segundo trimestre, ante os três primeiros meses do ano. Projeções sugerem que o PIB ficará no zero a zero no terceiro trimestre. Ao mesmo tempo, o IPCA acumulado em 12 meses chegou a 9,68% em agosto.

Embora os analistas tenham divergências em suas projeções sobre a duração e a intensidade da inflação nos próximos meses, a maioria converge para a constatação de que o Brasil, há décadas, vive em um contexto propício à estagflação.

Varejo
Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo 
repercutiram no sábado  dados do IBGE que mostram que o volume de vendas do comércio do país subiu 1,2% em julho, na comparação com junho. Assim, o varejo registrou o quarto mês consecutivo de crescimento e alcançou patamar recorde na série histórica, iniciada em 2000.

Frente a julho de 2020, as vendas do varejo tiveram alta de 5,7%, indicou o instituto. O setor ainda registrou avanço de 6,6% no acumulado de janeiro a julho de 2021. Em período maior, de 12 meses, houve crescimento de 5,9%.

Manifesto
O Globo 
(11/09) repercutiu que a Fiesp publicou na sexta-feira o manifesto que gerou desavenças dentro da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Publicado nos principais jornais do país, o texto é muito semelhante às versões divulgadas na semana passada. O manifesto defende a harmonia entre Poderes e não tem assinatura da Febraban.

Combustíveis
Reportagem na Folha (11/09), com informações da Agência Reuters, expôs que o estado do Rio de Janeiro aceita negociar uma redução da alíquota de ICMS para ajudar na diminuição do preço dos combustíveis.

No entanto, quer que outros setores que influenciam na formação do valor na bomba também deem a sua contribuição, disse o governador Cláudio Castro (PL). O Rio tem o maior ICMS do país, de cerca de 34%, e no Estado a gasolina já é vendida a R$ 7 o litro em alguns postos.

“Todo mundo que abastece vê que está caro. Vamos reduzir imposto? Vamos reduzir, mas desde que seja proporcionalmente igual para todo mundo. Eu tiro dois, três por cento, as prefeituras também, o governo federal também”, afirmou Castro.

Coronavírus
Em entrevista ao Valor Econômico, o virologista Fernando Spilki, coordenador da rede Corona-ômica do Ministério da Ciência e Tecnologia, diz que o surto devastador que o país viveu de covid-19 nos primeiros meses do ano (com mais de 4 mil mortos por dia) e também a vacinação podem estar servindo de escudo à delta.

De acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde, o Brasil registrou até o momento 20.989.164 casos de covid-19. Ontem, 14.314 novos casos e 712 óbitos foram informados. No total, o país teve 586.558 mortes por covid-19. O número de recuperados passou da marca de 95%, e está em 20.029.040 – o equivalente a 95,4% do total de casos.

Open Delivery
Folha de S.Paulo
 relata que o mercado de delivery de comida que avançou com força na pandemia, busca alternativas para se tornar mais aberto e competitivo com a criação de uma nova ferramenta: o Open Delivery.Capitaneado pela Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) e com patrocínio de grandes empresas, o projeto busca inspiração no Open Banking, a plataforma de compartilhamento de informações de clientes para o setor bancário.

Na mesma linha, os restaurantes desenvolveram um protocolo único para o setor usar na hora de cadastrar estabelecimentos e cardápios em aplicativos e para a troca de informações sobre pedidos.

O projeto, que já tem uma primeira versão aberta de seus padrões publicados online, será apresentado a restaurantes nesta segunda (13).

Manifestação
Folha de S.Paulo
, com manchete, e demais impressos ressaltam que o protesto contra Jair Bolsonaro convocado por entidades de direita não conseguiu encher a avenida Paulista, em São Paulo. Presidenciáveis como Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB) e Luiz Henrique Mandetta (DEM), que representam campos distintos, discursaram. Já o PT de Luiz Inácio Lula da Silva boicotou o evento. Líderes de dez partidos que participaram dos atos, de PCdoB até o Novo, se reunirão, visando segundo o PDT atrair o PT para futuros protestos.CPI da Pandemia
O Estado de S. Paulo 
relata que o grupo de juristas coordenado pelo ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior entregará nesta semana um parecer de mais de 200 páginas aos senadores na CPI da Pandemia sobre os possíveis crimes cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento à pandemia no País. O grupo atua desde junho na prestação de consultoria jurídica aos senadores, especialmente ao relator Renan Calheiros (MDB-AL), que se prepara para escrever o texto final a partir das provas coletadas contra a gestão Bolsonaro.

Mourão
O Estado de S. Paulo 
(12/09) destacou que o vice-presidente Hamilton Mourão intensificou o contato com adversários do governo no Congresso, diplomatas e empresários. O jornal ressaltou que interlocutores avaliam que Mourão tem se mantido firme com a aproximação do último ano do governo e fez pontes com a política e o mercado.

“A decisão do general de não ser anulado no cargo, ressaltam, foi tomada no final de julho, quando Bolsonaro disse em entrevista a uma rádio de João Pessoa que vice é como cunhado, você ‘casa e tem que aturar’”, aponta a reportagem.

O dólar comercial fechou sexta-feira em alta de 0,76%, cotado a R$ 5,26. Euro subiu 0,68%, chegando a R$ 6,22. A Bovespa operou com 114.285 pontos, queda de 0,93%. Risco Brasil em 312 pontos. Dow Jones caiu 0,78% e Nasdaq teve queda de 0,87%.
Valor Econômico
Fundos buscam reduzir exposição ao risco BrasilO Estado de S. Paulo
Pandemia provoca queda de 26% nas cirurgias eletivas

Folha de S.Paulo
Divididos, protestos contra Bolsonaro são esvaziados

O Globo
Empresas criam frotas próprias para se proteger de greves de caminhoneiros

Correio Braziliense
Ibaneis e Pacheco juntos pela governabilidade

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