Sumário Econômico – 1682

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Destaques da edição:

PEC dos Precatórios, tokenização de ativos e o fantasma fiscal – A necessidade do aperto monetário atual é fruto de uma conjunção de fatores ocasionados principalmente pelos impactos da pandemia no desempenho econômico. A desorganização causada pela crise sanitária e as incertezas com a chegada de novas variantes têm deixado os cenários econômicos bastante turvos, entre erros e acertos na condução da política monetária pelo Banco Central (Bacen). A piora na percepção fiscal voltou à cena com aumento da influência negativa nesses cenários, em que a PEC dos Precatórios é o principal fantasma.

Precatórios são ordens ou requisições de  pagamento de dívidas judiciais do poder público, neste caso, da União, as quais não são mais passíveis de contestação. Em geral, os precatórios podem ser vendidos com um desconto caso o credor não possa ou queira esperar para recebê-lo, essa prática é comum e não é novidade. Mas, com o avanço da tecnologia, temos um mercado secundário de comercialização desses precatórios em franca expansão.

A evolução do blockchain tem possibilitado a fungibilidade dos ativos em geral, a transformação de ativos reais considerados tradicionais em criptoativos. Os precatórios são um exemplo: tokens de precatórios são ativos digitais que representam as requisições de pagamentos das dívidas.

PMS de junho revela alta no setor de serviços – De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor dos serviços alcançou, em junho, seu terceiro avanço consecutivo neste ano. Tal setor apresentou uma alta de 1,7% se comparado a maio e, juntamente, o maior índice com ajuste sazonal desde 2016.

Os serviços foram brutalmente afetados pela pandemia do novo coronavírus em 2020. Sendo extremamente dependente da circulação de pessoas, do contato com cliente e de aglomerações, o setor se viu estagnado com a implantação das medidas restritivas no início do ano. Porém, a situação começou a ficar menos alarmante no ano de 2021, como observado pelos dados da PMS.

Portanto, é notório que os serviços estão voltando aos níveis pré pandemia. Segundo o IBGE, o setor se encontra hoje 2 ,4% maior que em fevereiro de 2020, início da pandemia.

Evolução do comércio e dos consumidores – O consumo interno representa uma grande parcela da riqueza gerada pela economia brasileira, tanto que o consumo das famílias correspondeu a 60,2% do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2021. Dada a importância do setor, a evolução do consumo por meio das vendas do comércio é primordial para a recuperação econômica do país.

Segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o comércio vinha em plena recuperação após a recessão entre 2015 e 2016, com crescimento de 2,3% em 2018 e 1,8% em 2019. O ano de 2020 foi fortemente abalado pela pandemia, no entanto ainda apresentou taxa positiva de 1,2%.

O XIX Enampe – Nos dias 19 e 20 de agosto, a Confederação
Nacioinal das Micro e Pequenas Empresas e dos Empreendedores Individuais (Conampe) realizou a 19ª versão do Encontro Nacional das Micros e Pequenas Empresas (Enampe). No dia 18, houve reunião das lideranças regionais do Sistema Conampe, atividade da qual o representante da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) foi convidado também, para discutir algumas estratégias de ação em favor das micro e pequenas empresas (MPE), como mudanças no Simples Nacional, novo teto para os microempreendedores individuais (MEI) com faturamento bruto anual até R$ 130 mil e contratação de dois funcionários, mudanças na legislação da Lei Complementar nº 123/2006, o Fórum Permanente das MPE, entre outras iniciativas.

A programação do XIX Enampe foi a seguinte:

Painel I – Tecnologia e inovação como forma de apoio ao fortalecimento e desenvolvimento das MPE. A transformação digital como única alternativa para a sobrevivência das MPE. Market-place como ferramenta de venda, gestão e digitalização das MPE e dos artesãos.
Painel II – Ações vencedoras de mulheres
empreendedoras.
Painel III – Acesso ao crédito pelos pequenos
negócios.
Painel IV – Perspectivas econômicas para
os pequenos negócios após a vacinação e do
aprendizado que a pandemia proporcionou.
Painel V – Perspectivas econômicas para os
pequenos negócios a partir do associativismo no
pós-pandemia.

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