Monitor – 13 de agosto de 2021

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Informativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
13/08/21 | nº 470 | ANO III |  www.cnc.org.br

Principais jornais trazem dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), realizada pelo IBGE. Levantamento indica que, em junho, o volume do setor de serviços cresceu 1,7% frente a maio. No mesmo período, a produção das fábricas ficou estagnada, com variação nula (0%). Já o comércio amargou queda de 1,7% em junho. Com o avanço da vacinação contra a covid-19, a economia tende a ser favorecida no segundo semestre pelo setor de serviços, que sinaliza melhora depois de amargar prejuízos em série na pandemia. A tentativa de retomada, entretanto, pode ser abalada por fatores como a escalada da inflação, apontam analistas.

Valor Econômico informa que a CNC elevou ontem a projeção de crescimento dos serviços em 2021, de 5,1% para 5,8%. “A expectativa para os próximos meses segue favorável à medida em que os efeitos positivos da vacinação da população sobre a atividade econômica tendem a ficar mais evidentes”, diz Fabio Bentes, economista-sênior da CNC.

Reportagem do Valor acrescenta que o turismo brasileiro começa a reagir, embora ainda acumule perdas bilionárias. O indicador de atividades turísticas do IBGE teve a segunda alta positiva em junho, na série frente ao mês imediatamente anterior. O crescimento foi de 11,9%. Em dois meses, o ganho acumulado chega a 40,3%.

No entanto, o patamar da prestação de serviços de turismo ainda é 22,8% inferior ao de fevereiro de 2020. Com os novos dados divulgados ontem, a CNC reviu a estimativa de perdas já acumuladas pelo setor desde o início da pandemia, que agora chegam a R$ 395,6 bilhões. “O turismo ainda vai demorar a enxergar a crise pelo retrovisor. Mas as perdas do setor tendem a se reduzir na medida em que o processo de vacinação se amplie e as barreiras à circulação de turistas sejam flexibilizadas”, diz Bentes, responsável pelo levantamento.

Mídia Online (UOLR76 minutosCNN Brasil Online) também noticiou sobre o prejuízo de R$ 395,6 bilhões nas atividades turísticas.

Reportagem da Folha de S.Paulo afirma que a minirreforma trabalhista aprovada na Câmara nesta quinta (12) divide especialistas. Há os que veem a proposta como uma precarização das condições de trabalho, os que acham ainda cedo para fechar um parecer e os que comemoram as possibilidades de contratações mais baratas.

Para o presidente da CNC , José Roberto Tadros, é cedo para dizer se as medidas terão efeito sobre novos empregos. “Estamos torcendo de maneira fervorosa, mas somente com o passar dos dias é que vamos saber”, afirmou.

Texto destaca que a CNC integra o sistema Sesc e Senac, os serviços sociais e de aprendizagem incluídos no projeto de lei de conversão da MP. As empresas que fizerem contratações por meio dos novos programas poderão abater valores que seriam recolhidos ao sistema S.

Tadros diz que o momento é imprevisível e emergencial e que o governo precisava buscar alternativas para o grande número de pessoas desocupadas. “O sistema S já está há muito tempo resgatando essas pessoas, seja pela preparação para o mercado, seja por programas como o Mesa Brasil [programa que recolhe sobras que seriam descartadas e distribui]”, diz.

Editorial econômico de O Estado de S. Paulo avalia que ante o desemprego elevado, inflação, alta de juros e redução da massa salarial, as famílias encontram cada vez mais dificuldades para fechar as contas e honrar compromissos. Texto ressalta que, segundo a CNC, as parcelas de famílias endividadas, com dívidas ou contas em atraso e inadimplentes aumentaram pelo terceiro mês consecutivo. Em julho, o porcentual de famílias endividadas alcançou 71,4%, alta de 1,7 ponto em relação a junho.

Trabalhista
Manchete na Folha de S.Paulo expõe que um projeto de lei que cria novas modalidades de contratações e muda normas da CLT foi aprovado pela Câmara ontem e seguirá para o Senado. Conhecido como “minirreforma trabalhista” o texto-base recebeu 304 votos a favor e 133 contra. Entre outras coisas, eles mantêm a possibilidade de corte de jornada e salário em casos de calamidades futuras. As reações de especialistas e representantes de setores variam da crítica a uma maior precarização ao elogio à flexibilidade.

Coronavírus
O Estado de S. Paulo 
conta que o Ministério da Saúde tem 6,9 milhões de doses das vacinas da Pfizer e da Coronavac contra covid-19 paralisadas no centro de distribuição da pasta, que fica localizado ao lado do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.

A Saúde pretende determinar o envio de 3 milhões de doses a diferentes Estados do País até o próximo fim de semana. Os 3,9 milhões restantes ainda precisam do aval da Anvisa. O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que coordena o diálogo dos Estados sobre a pandemia do coronavírus, conversou com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e foi informado sobre a quantidade em estoque e a perspectiva de liberação.

De acordo com levantamento diário feito pelo Ministério da Saúde, o Brasil tem no acumulado 20,2 milhões de casos confirmados da doença e 566,8  mil mortes registradas. Ontem foram registrados 39,9 mil novos casos e 1.148 mortes.

MEI
O Estado de S. Paulo 
informa que o Senado aprovou ontem, por unanimidade, projeto que permite enquadrar pessoas com receita bruta anual de até R$ 130 mil na categoria de microempreendedores individuais (MEIs). Hoje, o limite para esse enquadramento é de receita bruta anual de até R$ 81 mil. Se for uma empresa recém-aberta, o faturamento terá como limite o valor de R$ 10.833,33 multiplicados pelo número de meses em que o MEI estiver em operação. A proposta, de autoria do senador Jayme Campos (DEMMT), segue para a análise da Câmara dos Deputados.

Turismo
Painel S.A. (Folha de S.Paulo)
 conta que o setor de turismo viveu um déjà-vu nesta semana quando recebeu a notícia de que o Ceará decidiu exigir comprovante de vacinação completa ou teste de Covid negativo dos viajantes para frear a variante delta.
Empresários de hotelaria e viagens dizem que não haviam sido informados dos planos e foram pegos de surpresa, o que gerou um receio de que os estados voltem a adotar diferentes restrições de circulação e de funcionamento para os estabelecimentos, como no ano passado.

Bares e restaurantes
Painel S.A. (Folha de S.Paulo)
 informa que, mais de seis meses depois que as novas alíquotas de ICMS entraram em vigor em São Paulo, donos de bares e restaurantes no estado ainda tentam negociar o imposto com o governo.

Uma nova proposta do SindResBar, que reúne donos dos estabelecimentos, pede que o valor da cobrança no fornecimento de refeições seja diferente do tributo que incide na venda de bebidas alcoólicas.

O governo de SP diz que os bares e restaurantes desfrutam de regime especial de tributação e que a alíquota padrão de ICMS no estado é de 18%. Também afirma que o ajuste deste ano visa proporcionar recursos para fazer frente às perdas causadas pela pandemia. A Secretaria da Fazenda afirma que o pedido do sindicato está sendo analisado pela área técnica.

Lojas Renner
Valor Econômico 
relata que a busca por casacos para aplacar o frio mudou o jogo para a Renner. Atingida em cheio pela covid-19, a varejista acaba de divulgar seus melhores resultados desde o início da pandemia, com vendas que superaram as de 2019. No segundo trimestre, a receita líquida foi de R$ 2,2 bilhões, o triplo em relação inverno pandêmico do segundo trimestre do ano passado.

A publicação avalia que a comparação se torna ainda mais significativa com o mesmo trimestre de 2019, quando a Renner teve uma receita líquida de R$ 2 bilhões. De lá para cá, as vendas cresceram 11,8%.

Pix
Folha de S.Paulo 
conta que lojistas receberão para oferecer o serviço de saque e troco em dinheiro com o Pix, previsto para começar a funcionar até o fim deste ano. Segundo o presidente do BC, Roberto Campos Neto, essa é uma forma de incentivar o comércio a adotar os chamados Pix Saque e Pix Troco.

Bolsonaro
Imprensa informa que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, atendeu a notícia-crime do TSE e mandou apurar se Jair Bolsonaro cometeu crime ao divulgar inquérito sigiloso da PF sobre invasão do sistema da Corte eleitoral. É o segundo inquérito aberto contra o presidente no STF a partir de pedidos do TSE.

Reforma eleitoral
O Globo 
adianta que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que a volta das coligações partidárias nas eleições proporcionais, aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados anteontem, é um “retrocesso” e que a tendência dos senadores é manter o sistema atual, aprovado na última reforma eleitoral. A votação em segundo turno na Câmara será na terça-feira. Folha e Valor também repercutem.

CPI da Pandemia
Jornais relatam que o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), acusou ontem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de afastar empresas que desejavam vender vacinas para o Brasil. A declaração causou forte reação dos senadores, que suspenderam a reunião por duas horas. Na volta, a cúpula da CPI decidiu encerrar a audiência e transformar Barros em convocado, e não mais convidado.

O dólar comercial fechou ontem em altade 0,67%, cotado a R$ 5,25. Euro subiu 0,62%, chegando a R$ 6,16. A Bovespa operou com 10.700 pontos, queda de 1,11%. Risco Brasil em 300 pontos. Dow Jones subiu 0,04% e Nasdaq teve alta de 0,35%.
Valor Econômico
Grandes petroleiras revertem prejuízos e lucram US$ 29,1 bi

O Estado de S. Paulo

Cidades implantam rodízio de água; consumo de energia sobe

Folha de S.Paulo
Câmara aprova projeto que reduz FGTS e vínculos

O Globo
Senado deve barrar volta de coligações, diz Pacheco

Correio Braziliense
STF abre mais um inquérito para investigar Bolsonaro

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