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Principais jornais trazem dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), realizada pelo IBGE. Levantamento indica que, em junho, o volume do setor de serviços cresceu 1,7% frente a maio. No mesmo período, a produção das fábricas ficou estagnada, com variação nula (0%). Já o comércio amargou queda de 1,7% em junho. Com o avanço da vacinação contra a covid-19, a economia tende a ser favorecida no segundo semestre pelo setor de serviços, que sinaliza melhora depois de amargar prejuízos em série na pandemia. A tentativa de retomada, entretanto, pode ser abalada por fatores como a escalada da inflação, apontam analistas.
Valor Econômico informa que a CNC elevou ontem a projeção de crescimento dos serviços em 2021, de 5,1% para 5,8%. “A expectativa para os próximos meses segue favorável à medida em que os efeitos positivos da vacinação da população sobre a atividade econômica tendem a ficar mais evidentes”, diz Fabio Bentes, economista-sênior da CNC.
Reportagem do Valor acrescenta que o turismo brasileiro começa a reagir, embora ainda acumule perdas bilionárias. O indicador de atividades turísticas do IBGE teve a segunda alta positiva em junho, na série frente ao mês imediatamente anterior. O crescimento foi de 11,9%. Em dois meses, o ganho acumulado chega a 40,3%.
No entanto, o patamar da prestação de serviços de turismo ainda é 22,8% inferior ao de fevereiro de 2020. Com os novos dados divulgados ontem, a CNC reviu a estimativa de perdas já acumuladas pelo setor desde o início da pandemia, que agora chegam a R$ 395,6 bilhões. “O turismo ainda vai demorar a enxergar a crise pelo retrovisor. Mas as perdas do setor tendem a se reduzir na medida em que o processo de vacinação se amplie e as barreiras à circulação de turistas sejam flexibilizadas”, diz Bentes, responsável pelo levantamento.
Mídia Online (UOL, R7, 6 minutos, CNN Brasil Online) também noticiou sobre o prejuízo de R$ 395,6 bilhões nas atividades turísticas.
Reportagem da Folha de S.Paulo afirma que a minirreforma trabalhista aprovada na Câmara nesta quinta (12) divide especialistas. Há os que veem a proposta como uma precarização das condições de trabalho, os que acham ainda cedo para fechar um parecer e os que comemoram as possibilidades de contratações mais baratas.
Para o presidente da CNC , José Roberto Tadros, é cedo para dizer se as medidas terão efeito sobre novos empregos. “Estamos torcendo de maneira fervorosa, mas somente com o passar dos dias é que vamos saber”, afirmou.
Texto destaca que a CNC integra o sistema Sesc e Senac, os serviços sociais e de aprendizagem incluídos no projeto de lei de conversão da MP. As empresas que fizerem contratações por meio dos novos programas poderão abater valores que seriam recolhidos ao sistema S.
Tadros diz que o momento é imprevisível e emergencial e que o governo precisava buscar alternativas para o grande número de pessoas desocupadas. “O sistema S já está há muito tempo resgatando essas pessoas, seja pela preparação para o mercado, seja por programas como o Mesa Brasil [programa que recolhe sobras que seriam descartadas e distribui]”, diz.
Editorial econômico de O Estado de S. Paulo avalia que ante o desemprego elevado, inflação, alta de juros e redução da massa salarial, as famílias encontram cada vez mais dificuldades para fechar as contas e honrar compromissos. Texto ressalta que, segundo a CNC, as parcelas de famílias endividadas, com dívidas ou contas em atraso e inadimplentes aumentaram pelo terceiro mês consecutivo. Em julho, o porcentual de famílias endividadas alcançou 71,4%, alta de 1,7 ponto em relação a junho.
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