Monitor – 30 de julho de 2021

Compartilhe:

Informativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
30/07/21 | nº 460 | ANO III |  www.cnc.org.br

Projeções da CNC para o Dia dos Pais são destaque na mídia. Agência Brasil informa que o faturamento do comércio na data deve ter alta de quase 14% em relação ao ano passado, segundo previsão da CNC, que estima em mais de R$ 6 bilhões o volume de vendas.

No site da Jovem Pan, o economista Fabio Bentes comenta a projeção: “Temos acompanhado uma inflação alta, juros mais caros, mercado de trabalho com números muito ruins. Ou seja, o resultado é muito bom, mas poderia ser melhor se a economia já tivesse se reorganizado e se a vacinação tivesse avançado mais rápido”, afirma. Bentes também concedeu entrevista à rádio Jovem Pan sobre o tema.

O Globo Online destaca que a cesta de bens e serviços relacionados ao Dia dos Pais deverá estar 7,8% mais cara que no ano passado, segundo a CNC. Essa é a maior variação desde 2016, quando os presentes ficaram 8,6% mais caros que no ano anterior.

Na cobertura sobre os dados do Caged divulgados ontem, o Correio Braziliense reproduz declaração de Fabio Bentes: “Com a desaceleração da pandemia diariamente, a circulação de pessoas tem aumentado, o que leva o comércio e setor de serviços a ter que contratar mais gente. Ainda não houve a volta total do consumo, mas parcial, o que coloca a gente em uma perspectiva bastante positiva para o segundo semestre do ano”.

Em outra reportagem, o Correio vê alinhamento de Bentes com o ministro Paulo Guedes nas críticas aos encargos trabalhistas. “Existem contribuições que não têm nada a ver com o mercado em si, como contribuições ao Incra e Salário Educação. Esses penduricalhos fazem com que o custo de contratação no Brasil seja elevado”, disse o economista.

Emprego
Principais jornais informam que foi registrada a abertura de 309.114 vagas de emprego com carteira assinada em junho, segundo dados do Caged. Ao todo, houve 1,601 milhão de contratações e 1,291 milhão de desligamentos no mês.

O saldo ficou acima da expectativa de analistas de mercado, como a XP, que projetava um saldo positivo de 285 mil no mês. “Os setores de comércio e de serviços, que foram os mais impactados pela pandemia, são agora os que mais geraram empregos”, comentou o ministro Paulo Guedes.

Valor Econômico acrescenta que o secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Bruno Bianco, afirmou que o governo busca acordo com o Sistema S para bancar o Bônus de Inclusão Produtiva (BIP), citando que o serviço social voluntário, a ser criado por Onyx Lorenzoni na pasta, é “muito próximo” do BIP.

Reforma tributária
Painel S.A. (Folha)
 repercute o encontro do ministro Paulo Guedes com o grupo Coalizão Indústria. José Ricardo Roriz, vice-presidente da Fiesp e presidente da Abiplast (indústria dos plásticos), diz que a nova proposta da reforma melhorou substancialmente e que dá para crer em aprovação até 2022. O empresariado voltou a ouvir de Guedes que não haverá aumento de carga tributária.

Coronavírus
Manchete de O Globo relata que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciou um calendário que combina o fim progressivo das medidas de restrição de circulação com a realização de eventos a partir de setembro, incluindo um dia de ponto facultativo e festividades culturais ao ar livre. O uso de máscaras deixaria de ser obrigatório em 15 de novembro. Especialistas veem precipitação na medida.

Painel S.A. (Folha) registra que o grupo Union Square Hospitality, dono de quase 20 restaurantes em Nova York, anunciou que vai exigir o comprovante de vacina aos clientes a partir do dia 7 de setembro.

Alimentos
Folha de S.Paulo relata que as perdas no campo com as geadas devem pressionar os preços dos alimentos e empurrar a inflação para patamares próximos de 7%, calculam economistas. O frio agrava um cenário que já era ruim devido à seca, que, além de afetar a produção agrícola, elevou o custo da energia.

O Ministério da Agricultura concorda que a onda de frio pressiona os preços, mas diz que não vê risco para o abastecimento.

Selic
Em chamada de capa, Valor Econômico repercute a expectativa do mercado de que o Copom seja ainda mais agressivo na reunião da próxima semana e aumente a Selic em 1 ponto percentual, para 5,25%.

Contas públicas
Principais jornais informam que o governo central, que reúne Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, registrou déficit primário de R$ 53,65 bilhões no primeiro semestre do ano, após ter se mantido na esfera positiva no acumulado do ano até maio. No mesmo período do ano passado, no entanto, o déficit foi bem mais expressivo, de R$ 417,35 bilhões, puxado pelos gastos mais altos em resposta à pandemia.

Confiança
O Índice de Confiança do Comércio (Icom), calculado pelo FGV Ibre, atingiu em julho 101,0 pontos, o nível mais alto desde os 102,3 pontos de janeiro de 2019. Já o Índice de Confiança dos Serviços (ICS) teve a quarta melhora seguida em julho, quando atingiu 98,0 pontos, maior patamar desde os 98,3 pontos de março de 2014.

Para o Ibre, nos dois casos, a melhora está ligada à redução das medidas de restrição na medida em que avança a vacinação. Notícia do Valor.

Supermercados
Manchete do Valor destaca que supermercados e hipermercados têm registrado queda nas vendas desde maio, como reflexo da inflação e da renda menor. O GPA relatou recuo de 12,1% nas vendas brutas do 2º trimestre ante igual período de 2020, queda mais forte que a projetada por analistas. O Carrefour apurou retração de 7,3%.

O mercado já esperava uma queda por causa dos números fortes de 2020, mas chama atenção dos executivos a intensidade do tombo, frente às projeções, e a dúvida sobre sua duração.

A projeção do setor é de melhora dos resultados a partir de setembro ou outubro, o que levou as redes a aumentarem as promoções para tentar trazer tráfego às lojas.

Dia dos Pais
O otimismo com as vendas no Dia do Pais aumentou entre empresários dos setores de serviços, comércio e indústria, segundo levantamento do birô de crédito Boa Vista com 600 entrevistados.

Cerca de 35% acreditam que o volume de vendas será maior do que em 2020. Para 75% dos empresários, a demanda reprimida por compras físicas deve gerar bons resultados no Dia dos Pais. Notícia do Painel S.A. (Folha).

Comércio
Dados do IBGE mostram que o comércio brasileiro perdeu 190,7 mil empresas no intervalo de seis anos, relata a Folha. O resultado, que integra a PAC (Pesquisa Anual de Comércio) 2019, não reflete ainda os impactos da pandemia de coronavírus.

Synthia Santana, gerente de análise do IBGE, associa a redução a pelo menos dois fatores: a crise vivida pelo país entre 2014 e 2016 e a baixa retomada no consumo, que ocorreu em ritmo aquém do esperado nos anos seguintes.

Entre os três setores pesquisados, dois tiveram baixa no número de empresas. O comércio varejista, mais volumoso, perdeu 194,3 mil operações, passando de 1,287 milhão para 1,093 milhão.

O comércio de veículos, peças e motocicletas também encolheu, com redução de 2,5 mil empresas, passando de 142 mil para 139,5 mil.

O único segmento com alta foi o comércio por atacado. Esse ramo teve acréscimo de 6,1 mil negócios, com o total subindo de 196 mil para 202 mil.

Bebidas
Valor Econômico informa que, entre abril e junho, a Ambev vendeu o maior volume de cerveja de segundo trimestre na história da companhia. Em cerveja, o volume cresceu 12,7% no país ante o mesmo período de 2020, para 20,22 milhões de hectolitros. No consolidado, o salto foi de 19% na base anual e de 8% quando comparado ao segundo trimestre de 2019.

Magazine Luiza
Reportagem no Estadão relata a ampliação da presença da Magazine Luiza no varejo físico. Além do projeto de abrir mais de uma centena de lojas próprias em 2021, a companhia está colocando o pé no acelerador nas parcerias para a abertura de quiosques em varejistas de outros setores.

O novo projeto é a abertura de quiosques de telefonia e tecnologia em redes que não têm operação de eletrônicos. A primeira parceria ocorreu com a Marisa. Agora, o modelo será levado para 23 supermercados em SP.

GPA
Folha informa que o Grupo Pão de Açúcar apresentou recuo de 95,9% no lucro líquido no segundo trimestre na comparação com o igual período de 2020, atingindo R$ 4 milhões. De acordo com a companhia, o principal motivo foi a forte base de comparação.

Delivery
Reportagem no Valor aborda a disputa de empresas de comércio eletrônico pelo título de “mais veloz”. Mercado Livre, Magazine Luiza e Americanas seguem no páreo. Jornal lembra que, no primeiro trimestre, o faturamento do e-commerce acelerou 38,2% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo pesquisa da Nielsen.

Bolsonaro
As “provas” de fraude nas urnas eletrônicas que o presidente Jair Bolsonaro prometeu apresentar, em live realizada ontem, foram uma mistura de fake news, vídeos descontextualizados e análises enviesadas sobre números oficiais da apuração dos votos. Na transmissão, o presidente também atacou adversários políticos e o presidente do TSE, Luis Roberto Barroso, informam os principais jornais.

Pesquisa da consultoria Atlas mostra que Bolsonaro atingiu o patamar máximo de desaprovação desde o início de seu mandato, em 2019, reporta o Valor. Ao mesmo tempo, ele aparece tecnicamente empatado com o ex-presidente Lula na liderança de simulações de primeiro turno da eleição de 2022. O petista marca 40,9% ante 36,9% para o presidente na simulação de primeiro turno que tem o governador de São Paulo, João Doria, como candidato do PSDB.

O dólar comercial fechou ontem em queda de 0,60%, cotado a R$ 5,07. Euro caiu 0,25%, chegando a R$ 6,03. A Bovespa operou com 125.675 pontos, queda de 0,48%. Risco Brasil em 300 pontos. Dow Jones subiu 0,44% e Nasdaq teve alta de 0,11%.
Valor Econômico
Queda da renda diminui as vendas em supermercados

O Estado de S. Paulo
‘Provas’ de Bolsonaro contra urna eletrônica são fake news

Folha de S.Paulo
Bolsonaro mente em maior ataque a sistema de voto

O Globo
Rio terá festas em setembro e reabertura total em novembro

Correio Braziliense
Prepare-se: vem frio aí

Leia também

Rolar para cima