Sumário Econômico – 1675

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Destaques da edição:

Recuperação econômica com crédito e dívida sob controle – O endividamento das famílias no Brasil alcançou proporções recordes em junho, com quase 82% de endividados no cartão de crédito, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Os dados de março do Banco Central (BC), que levam em consideração o estoque de recursos no sistema financeiro, corroboram que o crédito está se expandindo, e deverá continuar apoiando a recuperação da economia nos próximos meses.

Cada vez mais o crédito tem suportado o consumo das famílias, uma vez que a renda ainda sofre os efeitos da pandemia e da inflação mais elevada. A expansão do crédito às pessoas jurídicas tem também auxiliado empresas que encontram dificuldades em retomar a atividade no nível anterior à pandemia.

Com os juros em patamares ainda baixos no País e os efeitos da pandemia ainda presentes na economia, possivelmente, o endividamento continuará aumentando nos próximos meses, suportando o consumo e o crescimento econômico. O que se deseja evitar é a explosão da inadimplência, o que não ocorreu até aqui, principalmente em razão do auxílio emergencial, da renegociação de dívidas e da resiliência dos consumidores.

A minuta do decreto da Política Nacional de Apoio e Desenvolvimento das MPE – Desde o começo do ano, o Comitê Temático nº 7, do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, vem trabalhando a construção da minuta do decreto presidencial que irá instrumentalizar a formulação da política nacional para esse segmento de empresas.

Esse decreto é importantíssimo porque será o guarda-chuva para a elaboração da política nacional. Nele, em linhas gerais, tem-se o que se pretende com a política nacional. Ou melhor, por intermédio do decreto, a política nacional terá o seu esteio, uma vez que o decreto possui características de ser abrangente, simples e focado, enquanto a legislação tem os traços mais detalhados, esmiuçados, apresenta a forma como as ações poderão ser executadas, entre outros aspectos.

Mercado espera inflação acima de 6,0% –No último relatório Focus divulgado pelo Banco Central em 02/07, a mediana das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano aumentou para 6,07%, o 13º aumento consecutivo nessa estimativa. No curto prazo, as projeções dos analistas para o IPCA são de 0,58% para junho e 0,47% para julho. Por outro lado, a mediana das projeções dos analistas para o IPCA de 2022 reduziu para 3,77%, enquanto, para 2023, a estimativa permaneceu em 3,25%.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a meta da taxa de juros Selic aumentou para 4,25% ao ano. A próxima reunião será nos dias 3 e 4 de agosto, quando se espera que o Banco Central aumente a taxa para 5,00%. A expectativa do mercado é que ela aumente ainda mais ao longo do ano, alcançando 6,50% ao fim de 2021, já a taxa esperada para 2022 é de 6,75%.

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