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Folha de S.Paulo afirma que, em meio à vacinação contra a Covid-19, brasileiros começam a demonstrar maior interesse em retomar viagens de turismo, indicam entidades do setor. O quadro começa a gerar uma dose de otimismo entre empresários após o registro de uma série de prejuízos durante a pandemia.
Texto ressalta que, de acordo com o economista da CNC Fabio Bentes, mesmo com o possível estímulo da imunização, o setor de turismo só deve recuperar o nível de atividade do pré-pandemia ao final de 2022. A reação pode ocorrer, aponta Bentes, desde que não haja grandes choques negativos no meio do caminho, incluindo a eventual ineficácia de vacinas contra variantes do coronavírus.
Dados da CNC sinalizam que o volume de receitas de turismo vinha melhorando no segundo semestre do ano passado, após o tombo inicial na crise. No entanto, a piora da pandemia no começo de 2021 elevou restrições e freou o movimento de retomada.
Em dezembro, o setor havia alcançado R$ 36,51 bilhões em receitas, maior marca desde fevereiro do ano passado (R$ 43,94 bilhões). Com o recrudescimento da crise sanitária, esse número recuou para R$ 24,6 bilhões em abril, dado mais recente do estudo da CNC.
“A partir do terceiro trimestre de 2020, observamos um início de recuperação, frustrada no começo deste ano pelo recrudescimento da pandemia. Embora ainda não tenhamos dados sobre o final do segundo trimestre de 2021, a flexibilização de medidas restritivas, associada ao avanço da vacinação, traz um cenário mais positivo para o setor”, afirma Bentes.
A Folha registra, ainda, que, de acordo com a CNC, entre março de 2020 e abril de 2021, o setor turístico amargou perda de R$ 355,2 bilhões no volume de receitas. Além disso, fechou 474,1 mil postos formais de trabalho desde o início da pandemia. A quantia equivale a 13,5% do estoque de empregos de antes da Covid-19.
Em 2020, o tombo no volume de receitas foi de 36,6%, e a CNC aposta em um avanço de 16,7% em 2021. “É como se o setor alcançasse a metade do que foi esvaziado do copo. Ainda há um longo caminho para percorrer”, diz Bentes.
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