Monitor CNC – 16 de junho de 2021

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Informativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
16/06/21 | nº 428 | ANO III |  www.cnc.org.br

Reportagem do Valor Econômico indica que a antecipação da vacinação em alguns Estados gerou expectativas positivas em setores afetados pela pandemia. A CNC prevê alta de 4,1% na receita do varejo em 2021, ante os 3,9% divulgados na semana passada. O faturamento bruto deve chegar a R$ 1,97 trilhão, R$ 3,7 bilhões a mais do que na última projeção.

Segundo o jornal, esse dado, levantado pelo economista sênior da CNC, Fabio Bentes, é relevante porque, apesar das análises do efeito direto entre vacinação e retomada econômica, ainda não havia números claros do impacto do aumento na imunização no consumo.

No turismo, ele estima expansão de 17,8%, versus 16,7% calculados até a semana passada, o que equivale a R$ 3,2 bilhões a mais em faturamento no ano, para R$ 411,7 bilhões. “O fato é que apesar de um cenário ainda ruim para inflação, juros e renda, a vacinação hoje é muito mais decisiva que todas essas outras variáveis”.

O Estado de S. PauloValor Econômico e Folha de S.Paulo expõem que o relatório Doing Business Subnacional Brasil, divulgado ontem pelo Banco Mundial, coloca São Paulo, Minas Gerais e Roraima como os melhores estados do Brasil em ambiente de negócios.

A reportagem detalha que o documento analisa regulamentação das atividades de pequenos e médios negócios, nas áreas de abertura de empresas, obtenção de alvarás de construção, registro de propriedades, pagamento de impostos e execução de contratos.

O Estadão ressalta que, em todas as áreas, os processos no Brasil são burocráticos, deixando o desempenho do país abaixo das economias da OCDE, da média da América Latina e dos Brics.

Jornais informam que o relatório foi encomendado pelo governo brasileiro, por meio da Secretaria-Geral da Presidência, e financiado pela CNC, pela Febraban e pelo Sebrae.

 

Coronavírus
O Brasil ultrapassou a marca das 490 mil mortes por covid-19. Nas últimas 24 horas, as autoridades de saúde registraram 2.468 novos óbitos em decorrência da doença. Com isso, o número de pessoas que não resistiram à pandemia chegou a 490.696.

Pert
Valor Econômico 
publica que o governo discute com o Congresso a aprovação de duas propostas de refinanciamento de dívidas das empresas. Para as médias e grandes, está em discussão a reabertura do Programa Especial de Regularização Tributária (Pert), que vem sendo chamada de “novo Refis”, um projeto de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Para as micro e pequenas do Simples, será criado o Programa de Renegociação de Longo Prazo (Relp), do senador Jorginho Mello (PL-SC). Essa divisão de programas conforme o porte das empresas foi informada ao Valor pelo líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), que relatará ambas as propostas.

Auxílio emergencial
Painel S.A. (Folha de S.Paulo) 
conta que o Pix avançou entre os brasileiros que receberam a nova rodada do auxílio emergencial, segundo pesquisa da Neon. O método foi usado por 85% dos clientes da empresa em movimentações de dinheiro feitas entre 6 de abril e 2 de junho deste ano.

O cartão de crédito ou débito aparece em segundo lugar (83%). Mais de 40% pagaram contas por boleto, 31% recarregaram o celular e 16% investiram parte do dinheiro. Segundo a pesquisa, o benefício foi gasto principalmente em compras no supermercado (65%).

Bolsa Família
Estadão 
traz que o presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem que o novo Bolsa Família pagará R$ 300 em média para os beneficiários do programa, em um anúncio que pegou integrantes do próprio governo de surpresa. Até agora, as tratativas das equipes eram para reajustar o valor médio do benefício social dos atuais R$ 190 para R$ 250.

Energia
Em manchetes, O Estado de S. Paulo e Valor Econômico abordam o déficit das hidrelétricas e a crise energética que se anuncia com a estiagem. Diretor-geral da Aneel, André Pepitone afirmou que o reajuste da bandeira vermelha 2 deve ultrapassar os 20%.

O diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, prevê que o setor elétrico enfrentará um quadro “preocupante” no segundo semestre. Segundo o Valor, o Planalto vislumbra impactos políticos negativos por conta do quadro.

O Estado de S. Paulo destaca que, conforme o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, o órgão vai definir os novos valores das bandeiras tarifárias até o fim de junho. O jornal acrescenta que Pepitone participou de audiência na Comissão de Minas e Energia da Câmara e afirmou que o reajuste do patamar mais alto, a bandeira vermelha 2, deve ultrapassar os 20%.

Reforma administrativa
O Estado de S. Paulo 
observa que a comissão especial formada na Câmara dá hoje o pontapé inicial na discussão da reforma administrativa, em reunião cercada de forte pressão para definir a lista das categorias de Estado no texto da Constituição. Para o relator, Arthur Maia (DEM-BA), esse debate pode atrasar a reforma.

 

Turismo
Painel S.A. (Folha de S.Paulo) 
relata que a estratégia do governo de baixar o nível do reservatório da hidrelétrica de Furnas, em Minas Gerais, decepcionou os negócios turísticos de Capitólio, que se preparava para a retomada com o avanço da vacina. A presidente da Associação dos Empresários de Turismo de Capitólio (Ascatur), Elizângela Alves, afirma que os riscos de navegação no lago aumentam nos passeios de lancha, um dos principais atrativos da cidade.

 

Improbidade
Manchetes da Folha de S.Paulo e O Globo repercutem que a Câmara vota hoje o projeto que altera a Lei de Improbidade, restringindo punições a agentes públicos que lesam o patrimônio da União.

Se a mudança for aprovada, será exigida uma demonstração de que o ato foi deliberado e intencional. A Folha aponta que Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, poderá ser beneficiado com a proposta. Articulador da revisão da lei, Lira foi condenado pela Justiça de Alagoas em duas ações ligadas a uma operação da Polícia Federal, em 2007, que apurou desvios de verba na Assembleia Legislativa local.

2022
Dirigentes de partidos de centro vão se reunir hoje para retomar as conversas sobre eventual aliança na disputa presidencial, relata O Estado de S. Paulo. A ideia da reunião foi do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta. Foram convidados MDB, PSDB, PDT, Novo, Podemos, PV, Cidadania, Solidariedade e PSL.

 

O dólar comercial fechou ontem em queda de 0,55%, cotado a R$ 5,04. Euro caiu 0,52%, chegando a R$ 6,11. A Bovespa operou com 130.091 pontos, queda de 0,09%. Risco Brasil em 266 pontos. A Dow Jones caiu 0,27% e Nasdaq teve queda de 0,69%.

Valor Econômico
Situação de reservatórios é ‘preocupante’, alerta ONS

O Estado de S. Paulo
Estiagem deve elevar taxa na conta de luz em ao menos 20%

Folha de S.Paulo
Lira acelera mudança de lei que pode beneficiá-lo

O Globo
Projeto limita punição por má gestão de verbas públicas

Correio Braziliense
Terror sem limites

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