O turismo brasileiro está clamando por ajuda. A crise provocada pela pandemia da covid-19 atingiu em cheio o setor. A estimativa é de que a perda no País, em três meses, tenha ultrapassado a casa dos R$ 90 bilhões, com o fechamento de cerca de 730 mil vagas do mercado de trabalho.
As medidas de distanciamento social decretadas para a prevençãoda doença forçaram o cancelamento de viagens e interromperam ofuncionamento normal de hotéis, bares, restaurantes e de todas asatividades que movimentam o turismo.
Neste contexto, a Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo (CNC), com seu Conselho Empresarial de Turismo
e Hospitalidade (Cetur) e todas as entidades do setor integradas ao
Sistema Comércio, vem trabalhando de forma incessante para que
providências urgentes e inadiáveis sejam tomadas para evitar um desastre de proporções ainda maiores.
Uma necessidade básica neste momento é o crédito. As empresas estão
praticamente paradas, mas seus custos, não. Houve, nos primeiros três
meses, apesar de algumas ações do governo, um empoçamento do crédito, dada a manutenção de uma política restritiva por parte dos bancos.
Esta situação começou a melhorar a partir de junho, mas ainda há
muito a ser feito. Até que uma retomada da normalidade comece a fazer efeito nas empresas, por um prazo ainda difícil de vislumbrar, haverá necessidade de condições especiais para o turismo.
É a única forma de garantir a sobrevivência de milhares de negócios
que rendem centenas de milhares de empregos por todo o País e que têm potencial de contribuir muito mais para a economia do País.
Os artigos que compõem esta edição da Turismo em Pauta tratam
da realidade difícil do presente, mas também do futuro, sem perder de
vista que, em breve, iremos retomar o caminho que levará o Brasil a uma posição mais elevada no cenário do turismo mundial.
Boa leitura!
