Quando se faz referência ao potencial turístico brasileiro, tudo o que for pensado e dito corre o risco de ficar aquém do que a realidade tem para oferecer.
Tradicionalmente bastante associado às atrações de sua imensa costa Atlântica, o turismo brasileiro vai muito além. Fiquemos com dois exemplos abordados nesta edição da Turismo em Pauta: Amazonas e Piauí.
Quantos outros lugares no mundo podem oferecer opções como turismo religioso, fotográfico, de pesca esportiva, turismo cultural, além dos atrativos da flora e fauna admirados em todo o planeta? Os amazonenses sabem que são privilegiados, e o turismo vem ganhando força com base na vocação natural do estado, que é atrair viajantes de todas as partes para as maravilhas que só lá podem ser encontradas.
O Piauí é outro estado rico em recursos naturais e culturais, com grande potencial em atratividade. Os polos turísticos locais, que incluem especialmente o Delta do Parnaíba e o Parque Nacional Serra da Capivara, favorecem fortemente o ecoturismo. Sem esquecer os encantos da capital, Teresina.
São dois exemplos, entre outros, de que o turismo regional se apresenta como uma alternativa de fortalecimento da economia, gerando arranjos produtivos que proporcionam renda e empregos.
O Brasil tem todo o direito de almejar um papel cada vez mais relevante como destino turístico, e daí obter os benefícios que estão transformando a realidade de nações bem menos favorecidas que o nosso País, mas com forte coesão em suas visões sobre o papel do turismo.
Precisamos consolidar a melhor articulação possível entre legisladores, governos e iniciativa privada, para que todos possam atuar de forma coordenada. Um exemplo que está na ordem do dia é a questão da necessidade de regulamentação das chamadas novas plataformas tecnológicas, como o Uber e o Airbnb, de forma a fomentar a inovação sem gerar uma concorrência desleal.
Só será possível alcançar o pleno potencial turístico do Brasil debatendo e adotando medidas que destravem e desonerem investimentos, que favoreçam um melhor ambiente de negócios para os empresários e que estimulem a vocação manifesta que o País tem para o setor.
Boa leitura!
