Sumário Econômico – 1597

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Redução dos juros no financiamento imobiliário tem potencial para impulsionar setor produtivo – No último dia 30 de outubro, a Caixa Econômica Federal (CEF) promoveu uma nova redução na taxa de juros do financiamento imobiliário com recursos das cadernetas de poupança. Com a Taxa Referencial (TR) zerada desde dezembro de 2017, no início de 2019, as taxas de juros no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) variavam de 9,75% a 11,25% ao ano, e as do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) iam de 8,75% a 9,75% ao ano. Em junho, a CEF unificou os percentuais dos dois sistemas, trazendo a taxa mínima para 8,5% ao ano e a máxima para 9,75%. No início de outubro, nova redução para 7,5% e 9,5%, respectivamente. Com mais um recuo ainda em outubro, os limites no custo financeiro dos financiamentos passaram para 6,75% e 8,5% ao ano. O terceiro corte dos juros nessa modalidade de financiamento somente em 2019, promovido pelo banco que detém cerca 70% do crédito imobiliário no País, tem potencial para estimular a demanda por crédito imobiliário nos próximos meses, especialmente se tal medida for acompanhada pelas demais instituições financeiras do País.

Percentual de famílias com dívidas apresenta a primeira queda do ano em outubro – O percentual de famílias que relataram ter dívidas entre cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, crédito pessoal, carnê de loja, prestação de carro e prestação de casa alcançou 64,7% em outubro de 2019, o que representa uma queda em relação aos 65,1% observados em setembro de 2019. Houve alta em relação a outubro de 2018, quando o indicador alcançou 60,7% do total de famílias. Já o percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso aumentou em outubro de 2019 na comparação com o mês imediatamente anterior, passando de 24,5% para 24,9% do total. Também houve aumento do percentual de famílias inadimplentes em relação a outubro de 2018, que havia registrado 23,5% do total. O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes também aumentou na comparação mensal para 10,1% em outubro, ante 9,6% em setembro. O indicador havia alcançado 9,9% em outubro de 2018.

Projeção para o PIB de 2019 sobe de 0,87% para 0,92% – A expectativa para o crescimento da economia em 2019 voltou a subir de acordo com o Relatório de Mercado Focus, divulgado em 04/11 pelo Banco Central (Bacen), passando de 0,87% para 0,92%, sendo esse o terceiro aumento consecutivo. Há quatro semanas, o mercado esperava uma alta de 0,87% para o final do ano. Para 2020, manteve-se constante com um crescimento esperado para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2%. Esse resultado é calculado por meio de uma mediana das projeções do mercado.

A economia em novos trilhos – A economia brasileira gradualmente vai se aprumando numa dinâmica bastante distinta da que foi experimentada no passado. Em relação às diretrizes políticas dos governos que preponderavam o gasto público e a presença do Estado na economia como peças fundamentais para capitanear a indução do crescimento, as atuais diretrizes pretendem implementar justamente algo novo: menos Estado, menos burocracia, menos impostos, mais simplificação, mais digitalização, maior iniciativa privada e mercado.

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