Pandemia faz confiança do empresário do comércio recuar 7,8 pontos em abril – A confiança do empresário do comércio atingiu 120,7 pontos em abril, queda de 5,3% na passagem mensal, a segunda consecutiva. O recuo de 7,8 pontos no Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) em relação a março é também o segundo maior em nível da série histórica do indicador. Aumentou a proporção de empresários (44,8%) que percebem as condições atuais da economia como piores do que há um ano, assim como 49,2% deles demonstram intenção de diminuir seus investimentos. A percepção mais pessimista quanto ao nível atual de atividade econômica é explicada pelo alastramento da Covid-19, que, desde a decretação da pandemia mundial, na segunda semana de março, tem imposto a adoção de medidas de socorro aos agentes econômicos e de combate à pandemia. Dentre as iniciativas, o isolamento social motivou a paralisação de empresas dos diversos setores da economia, o que faz com que a grande maioria tenha drásticas reduções em seus faturamentos.
Operações de crédito continuam a aumentar – Dados mais recentes divulgados pelo Banco Central mostraram que o saldo das operações de crédito do sistema financeiro aumentou +2,9% em março de 2020 contra o mês imediatamente anterior, após aumento de +0,5% em fevereiro. O saldo total dos empréstimos e financiamentos alcançou o valor de R$ 3,6 trilhões no último resultado, representando 48,9% do Produto Interno Bruto (PIB). No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em março deste ano, a variação foi de +9,6%, 2,9 p.p. acima da variação de +5,8% observada no mesmo período em 2019. Corroborando com essa taxa positiva e mais intensa, em relação à comparação anual, no primeiro trimestre do ano, houve um avanço de +3,1% no crédito.
Situação pós-pico de coronavírus – Espanha e Itália já começaram a distender as medidas de isolamento social. A flexibilização deveu-se à queda das notificações da Covid-19, assim como do número de óbitos. Portanto, as notícias são alentadoras, enquanto ainda não se tem a vacina da cura e a pandemia não chega ao fim. São também inspiradoras porque podem ensinar o que fazer quando o Brasil chegar na fase em que esses países se encontram. Apesar de o quadro parecer otimista, ainda há muita cautela, porque a população já foi avisada de que poderá haver retrocesso da flexibilização se os registros aumentarem num novo ciclo de contágio. Assim, as autoridades não descartaram um possível recuo, delegando responsabilidade. Portanto, lá fora, já começa a acontecer o que em breve será a nossa realidade. Têm-se inúmeros tipos de diferentes serviços, lojas, cafeterias, bares e restaurantes, vendendo e atendendo somente com hora marcada. Cafezinhos, é possível consumi-los apenas nos quiosques do lado de fora da cafeteria – mesmo assim evitando formação de fila e/ou respeitando o distanciamento social. De qualquer maneira, o que está acontecendo com Espanha e Itália torna-se alvo para reflexão, se o mesmo tipo de medidas que estão sendo tomadas vier a ser aplicado aqui – ainda que mais para a frente.