Confiança do empresário do comércio sobe com avanço em todos os itens pesquisados – O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 91,6 pontos em setembro, alta de +14,4%, com ajuste sazonal. Embora o índice permaneça na zona pessimista, abaixo dos 100 pontos do corte de indiferença, o crescimento mensal foi o maior observado na série histórica do Icec, iniciada em abril de 2011. Na comparação interanual, a queda da confiança foi de -23,1%. Na satisfação quanto às condições correntes, o Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec) chegou a 55 pontos, segundo e expressivo aumento (+42,1%). O subíndice referente às expectativas, Índice de Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC), avançou novamente e segue acima dos 100 pontos, no maior nível dentre os subíndices do Icec (127,1 pontos), indicando que os comerciantes estão otimistas para o curto prazo em relação à economia e ao desempenho do comércio e da própria empresa. Comparativamente a agosto, o aumento foi de +7,2%, mas, em relação a setembro de 2019, o nível das expectativas reduziu para -13,1%.
Balança comercial de produtos químicos – A balança comercial brasileira registrou o maior superávit em agosto deste ano. Na comparação da média diária com agosto de 2019, a queda nas exportações foi de 5,5%, enquanto as importações caíram 25,1%, em razão da atividade econômica reduzida como efeito da pandemia. A corrente de comércio apresentou queda de 14,2%. O setor agropecuário aumentou a exportação em 14,6% e compensou a queda expressiva nas exportações da indústria extrativa (-15,4%) e de transformação (-7,7%). Do lado das importações, as indústrias extrativa e de transformação novamente puxaram os números para baixo, com quedas de 59,5% e 23,8%, respectivamente, em comparação com agosto de 2019. As importações de janeiro a agosto acumulam queda de 12,3%. As importações brasileiras de produtos químicos somaram US$ 3,4 bilhões em agosto, mantendo o elevado ritmo do mês anterior (de US$ 3,6 bilhões), apesar da turbulência econômica causada pelo agravamento da pandemia do novo coronavírus nos últimos meses no Brasil e nos países vizinhos.
A nova nota de R$ 200 – Depois de muita polêmica gerada e de discussão nos meios de comunicação, finalmente entraram em circulação as novas notas de 200 reais. Até que enfim o que era do imaginário se tornou real. Psicologicamente, a nova nota que passará a circular de mão em mão por (poucos) agentes econômicos pode trazer, portanto, um ar falso de que o real vem perdendo poder de compra. A intenção do Banco Central do Brasil é justamente outra, a de fazer com que o poder de consumo fique concentrado mais fortemente numa única nota, facilitando as operações em um momento em que as pessoas demandam por dinheiro. A demanda por dinheiro vivo fez com que o Banco Central encomendasse da Casa da Moeda o importe de 90 bilhões de reais até dezembro, o equivalente a 450 milhões de notas no novo valor de 200 reais. A cédula com o lobo-guará vai se constituir na sétima nota da série do real em curso atualmente, hoje, circulam pela economia as cédulas de 2 reais, 5 reais, 10 reais, 20 reais, 50 reais e 100 reais. Em 16 de novembro, entrará em vigência o PIX – sistema de pagamento instantâneo. Ele irá justamente se contrapor aos efeitos da nota de 200 reais, para que as pessoas utilizem cada vez menos dinheiro e a tecnologia realize as transações.
Mercado espera queda de 5,05% para o PIB – No último relatório Focus divulgado pelo Banco Central (18/09), a mediana das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aumentou para 1,99%. No curto prazo, as projeções dos analistas para o IPCA são de 0,30% para setembro, 0,35% para outubro e 0,23% para novembro. As cinco instituições que mais acertam – TOP 5 – projetam IPCA de 0,33%, 0,34% e 0,22%, respectivamente. A mediana das projeções dos analistas para o IPCA de 2021 permaneceu em 3,01%; e, para 2022, a estimativa foi de 3,50%. A estimativa para a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 é de queda de 5,05%. Apesar desse valor negativo, representa uma melhora nesse indicador em comparação à projeção de -5,46% de quatro semanas passadas. Caso se realize, será o primeiro resultado positivo após três anos seguidos de avanço. Segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador de atividade que serve como prévia para o PIB, a variação acumulada nos últimos 12 meses terminados em julho foi negativa em 2,90%. Já para 2021, espera-se uma evolução de 3,50% na economia; enquanto, para 2022, as estimativas são positivas em 2,50%.
Economia colaborativa – Sore a nova economia, a economia colaborativa ou do compartilhamento e o consumo colaborativo estão cada vez mais importantes, sugerindo a emergência de mudança em outros modos de vida. A economia colaborativa é definida como iniciativas baseadas em redes horizontais e participação ativa de uma comunidade. É construída sobre poder distribuído e confiança dentro das comunidades em oposição às instituições centralizadas, eliminando as linhas entre produtor e consumidor. Além disso, essa modalidade de consumo pode resultar em economia de até 25% em relação ao que se gastaria se fosse comprar produtos por meios tradicionais. No entanto, muitas preferências de compartilhamento não se baseiam apenas no empréstimo ou no aluguel de bens e serviços, mas também na troca – o famoso escambo. Segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o crescimento do consumo colaborativo no Brasil, contudo, ainda enfrenta barreiras. De acordo com a pesquisa, ainda há caminho a percorrer para tornar essas relações de consumo mais transparentes e confiáveis. Na opinião dos entrevistados, as principais barreiras para a economia compartilhada estão ligadas ao desconhecimento sobre quem está do outro lado.