A economista Izis Janote, da Diretoria de Economia e Inovação (Dein) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), representou a entidade no seminário do Fundo Geral do Turismo – Novo Fungetur – com os agentes financeiros, ocorrido no dia 14 junho, no auditório do Ministério de Minas e Energia, em Brasília.
O encontro, promovido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), em parceria com o Ministério do Turismo (MTur), foi proposto a associados da ABDE que fomentam o turismo como negócio para o desenvolvimento social e econômico, a fim de promover a integração entre esses agentes e debater o cenário e as tendências do setor de turismo.

Com destaque para o aumento do uso do crédito pelos brasileiros, Izis traçou um panorama do consumo no País e falou sobre a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), produzida pela CNC. “O objetivo das nossas pesquisas é monitorar o comportamento de consumo dos brasileiros para gerar inteligência aos empresários e outros ecossistemas em geral, de forma a auxiliar a tomada de decisão”, disse.
Segundo a economista, houve um aumento intensificado do uso de crédito no período pós-pandemia para que as famílias recompusessem suas rendas, o que aumentou o índice de endividamento e acarretou a alta de juros. “Conforme apuramos na Peic, no mês de maio, o índice de famílias com dívidas a vencer representou 78,3%, número que permaneceu estável pelo quarto mês consecutivo. A tendência, no entanto, é que esse número cresça a partir de julho”, frisou.
Izis explicou que, desde 2019, período anterior à pandemia, até maio deste ano, o cartão de crédito esteve entre as modalidades de consumo que mais apresentaram alta. “No caso do turismo, por exemplo, o cartão de crédito é um produto extremamente relevante. Atualmente, é muito difícil comprar passagens aéreas ou pacotes turísticos sem essa ferramenta de compra que, junto dos carnês e cartões de loja, tem sido a base da retomada da economia”, afirmou.
“Dessa forma, observamos que o uso do cartão de crédito está muito atrelado ao aumento do consumo no País, impulsionando a retomada econômica, mas, por outro lado, está atrelado ao aperto das famílias, que pagam caro pelo uso desse crédito”, concluiu a economista.
