Fecomércio-BA apresenta Perspectivas Econômicas para 2023

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Nesta terça-feira (28/02), a Fecomércio-BA – Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia reuniu sua diretoria, imprensa e convidados no Espaço Mário Cravo, na Casa do Comércio, para debater as Perspectivas Econômicas 2023. A apresentação foi conduzida pelos economistas Guilherme Mercês, diretor de Economia e Inovação da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e Guilherme Dietze, consultor econômico da Fecomércio-BA, com abertura do presidente do Sistema Fecomércio-BA, Kelsor Fernandes.

Guilherme Dietze anunciou que, em 2022, o comércio varejista baiano faturou R$116,2 bilhões, o que representou uma queda de 4,3%. No entanto, 2023 começa com ares de esperança e otimismo para a economia baiana. “O resultado negativo, no ano passado, se deve a fatores como a inflação, que gerou número recorde de famílias inadimplentes, e principalmente os juros altos”, disse o especialista, prevendo que, para o ano que se inicia, o cenário é relativamente melhor. “O desemprego está em queda no estado e, aliado à inflação mais baixa, permitirá a recuperação da renda disponível às famílias baianas”, declarou.

Ambos os economistas apontaram a inflação e os juros altos como os grandes entraves para a economia baiana e brasileira, motivando os índices recordes de famílias endividadas no País no pós-pandemia.

O líder de Economia e Inovação da CNC iniciou a exposição com uma análise dos cenários macroeconômicos, internacional e nacional, fazendo um raio x da crise nas cadeias globais de oferta de alimentos, de energia, apontando problemas que afetaram o mundo inteiro como a alta das taxas de juros. O especialista destacou que a desoneração dos combustíveis salvou o ano do varejo no Brasil.

Como sinais animadores apurados nas pesquisas fornecidas pela Fecomércio-BA e CNC, a última PEIC – Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor mostrou a inadimplência atingindo 40% das famílias baianas, pouco abaixo dos 43,7% do final do ano passado. Já o índice de Intenção de Consumo das Famílias, o ICF, voltou ao patamar otimista, acima dos 100 pontos, o que não se via há 3 anos. O quadro, um pouco mais

favorável, já refletiu no aumento do otimismo dos empresários do comércio. Em janeiro, por exemplo, foi o maior nível, para o mês, desde 2014.

Prestigiaram o evento da Fecomércio-BA, com apoio da CNC, a secretária da Fazenda de Salvador, Giovanna Victer, a secretária de Desenvolvimento Econômico de Salvador, Mila Paes, e o especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental da SEI – Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia, Luiz Mário Ribeiro. A ocasião também marcou o lançamento da nova edição da Revista Sistema Fecomércio-BA com novo projeto editorial, totalmente repaginado.

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