Em 2017, o Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) promoveu, em suas sedes no Rio e em Brasília, uma série de eventos que foram transmitidos ao vivo pelas mídias sociais. O objetivo dos seminários foi aprofundar o conhecimento sobre a situação do setor diante dos novos ditames da economia colaborativa. Para o debate sobre essas questões, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) convidou as principais instituições e partes interessadas do turismo nacional e internacional, e o conjunto de recomendações oriundas de tão rico encontro é agora incorporado à série “Turismo Cenários em Debate”. Entre os principais convidados internacionais, a Organização Mundial de Turismo (OMT), representada pelo seu diretor de Competitividade, John Kester, contribuiu com o tema apresentando uma pesquisa sobre o impacto da economia colaborativa no turismo mundial. Dan Peltier, repórter da Skift – empresa de mídia digital com foco na indústria de viagem –, apresentou os principais resultados do estudo Skift Megatrends 2017. Mirko Lalli, da Travel Appeal – empresa de marketing e comunicação italiana –, apresentou o caso do uso de Big Data pelo Ministério de Turismo daquele país. O turismo brasileiro, por sua vez, esteve representado por suas principais entidades, pesquisadores e formadores de opinião. No que diz respeito ao desenvolvimento turístico, muitos são os alicerces a serem revisitados no Brasil: o nosso modelo de negócios instalado sobre o intermediário; o marco regulatório que não contempla a disruptura digital; as políticas de fomento ao desenvolvimento de novas tecnologias que não contempla o turismo; e a resistência do setor a tomar decisões baseadas em dados. Há um grande consenso sobre o tamanho do desafio que o futuro nos apresenta. Nosso País não atingiu a terceira revolução industrial, ainda estamos no trânsito da segunda e precisamos imediatamente discutir uma plataforma de quarta geração, a chamada indústria 4.0. Está representada pelo advento das plataformas digitais, que rompem com o modelo de desenvolvimento em curso. Para enfrentar as questões impostas pelo amanhã, no contexto dos seminários da CNC em 2017, o debate produziu uma gama de recomendações dirigidas ao mercado, aos formuladores de políticas públicas e para aos responsáveis pela revisão do ambiente regulatório. Para facilitar o entendimento e a divulgação dessas recomendações foi desenvolvido um “Mapa de Soluções”, que está apresentado no último capítulo.