Cooperação e Parceria – 2004

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APRESENTAÇÃO
Os temas tratados nos artigos que compõem este livro – “Cooperação e Parceria” – são o reflexo dos problemas nacionais mais relevantes, dos quais procuramos tratar com uma visão crítica construtiva, dentro do contexto da cooperação e colaboração que o setor empresarial privado vem procurando manter em suas relações com o Governo.
O ano de 2003 foi um ano de frustrações, com queda de 0,2% do PIB nacional, resultado certamente vinculado às atribulações do ano 2001, como a crise de energia elétrica, a retração econômica da Argentina e a conjuntura de incertezas advinda das ações terroristas nos Estados Unidos, assim como o segundo semestre de 2002, no plano interno, foi afetado pelas inquietações da campanha eleitoral. Mas o ano de 2004 marcou o início da retomada do crescimento econômico. A firmeza com que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem administrando a política econômica, principalmente a política fiscal, em conformidade com os termos do Acordo firmado com o Fundo Monetário Internacional, restituiu a confiança dos investidores, nacionais e estrangeiros. Os resultados da balança comercial, muito acima das previsões mais otimistas, foram altamente favorecidos pela expansão das exportações brasileiras para os novos mercados, com destaque para a China, a Argentina, o México e o Oriente Médio. A inusitada expansão das exportações brasileiras produziu um extraordinário aumento da renda do setor agrícola, com reflexos positivos nas atividades comerciais e na produção industrial, assim como na redução do desemprego e da melhoria dos níveis de renda dos trabalhadores. Ao que tudo indica, o ano de 2004 vai refletir todos esses eventos favoráveis e, possivelmente,
poderá representar o ponto de partida para um novo círculo virtuoso de desenvolvimento sustentável. Essa mudança positiva no rumo das atividades econômicas, entretanto, não afasta inteiramente as preocupações derivadas da excessiva carga tributária que pesa sobre o setor produtivo e dos elevados juros que oneram, principalmente, as operações de financiamento do capital de giro nas empresas. Há, entretanto, uma grande esperança na comunidade nacional de que o Governo, com o tempo necessário, poderá reduzir as dimensões do Estado e orientar a política fiscal com o sentido de estimular o crescimento econômico e a geração de emprego. Paralelamente, o setor empresarial está empenhado em participar ativamente, com os trabalhadores e o Governo, das transformações exigidas pela modernização dos sistemas sindical e trabalhista. São dignos de registro, os notáveis avanços alcançados nessas áreas. Resta assinalar as inquietações que, vez por outra, assaltam os meios empresariais e trabalhistas, com o anúncio de intenções manifestadas por algumas autoridades do Governo e do Legislativo, em relação ao Sistema S. No primeiro capítulo desta publicação, está explicita a firme defesa com que a Confederação Nacional do Comércio, juntamente com as demais Confederações patronais, vem realizando em favor da preservação do Sistema e das conquistas obtidas, há quase seis décadas, na melhoria das relações entre o capital e o trabalho.

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