A CNC entregou ao Ministério da Fazenda, um estudo que embasa o posicionamento da entidade para que seja mantido o parcelamento sem juros.

E mais: sem intervenção nas condições de mercado, além da racionalização da taxa de juros do rotativo do cartão de crédito.

PARCELAMENTO SEM JUROS RESPONDE POR QUASE 90% DO FATURAMENTO DO VAREJO.

Cenário

R$ 2,8 trilhões


cerca de 90% do faturamento médio anual do varejo brasileiro — vêm do parcelamento sem juros no cartão de crédito

13% das famílias


não conseguem pagar suas dívidas, o maior percentual da série histórica iniciada em janeiro de 2010.

200 milhões


de cartões de crédito em uso existem no Brasil, o equivalente a 2 para cada cidadão economicamente ativo

CADA 100 PESSOAS COM DÍVIDAS, 85 POSSUEM FATURAS A VENCER NO CARTÃO DE CRÉDITO

Pesquisa CNC

O parcelamento sem juros de compras feitas no cartão de crédito é uma das ferramentas mais importantes de indução ao consumo e de incentivo ao varejo brasileiro. Essa é uma das principais conclusões de uma pesquisa inédita realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) com seis mil empresas de todos os segmentos e portes do varejo, realizada em todas as 26 capitais de estado e no Distrito Federal. 

O trabalho aponta que mais de um milhão de estabelecimentos do varejo, o que corresponde a 47,1% das empresas do setor, têm até metade das vendas faturadas dessa forma — o equivalente a quase R$ 1,5 trilhão. Para outros 29,3%, as vendas no parcelado sem juros representam de 50% a 80% do faturamento, ou R$ 929 bilhões por ano. E há ainda o bloco de empreen dimentos em que a modalidade responde por mais de 80% do total. São 13,2% das empresas utilizando essa opção, totalizando R$ 418 bilhões anuais. Cerca de 10% dos participantes não souberam responder.

Ao todo, as vendas utilizando a modalidade representam R$ 2,8 trilhões, cerca de 90% do fatura mento médio anual do varejo nacional.

OS JUROS MÉDIOS DO CARTÃO SÃO DE CERCA DE 15% AO MÊS OU QUASE 440% AO ANO


"Esses números mostram a relevância do parcelamento nas vendas do comércio e a consolidação do cartão de crédito como um condicionante do consumo nos últimos anos".
José Roberto Tadros
Presidente da CNC

Conheça o fluxo da venda parcelada

Proposta da CNC

A CNC entregou ao Ministério da Fazenda na quinta-feira, 28 de setembro, o estudo que embasa o posicionamento da entidade para que seja mantido o parcelamento sem juros, sem intervenção nas condições de mercado, além da racionalização da taxa de juros do rotativo do cartão de crédito. O PL 2.685/22, do programa Desenrola, foi aprovado pela Câmara dos Deputados e estabelece limite de 100% para os juros em relação ao valor da dívida total do cartão de crédito, garantindo que o montante total da dívida não exceda o dobro do valor original.

Essas são medidas importantes para equacionar o problema do endividamento e da inadimplência. Segundo a última Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela CNC, a proporção de famílias que não têm condições de pagar suas dívidas atingiu 12,7%, um recorde da série histórica do indicador, iniciada em janeiro de 2010.

“A busca por um consenso entre consumidores, bancos, varejistas e órgãos reguladores continua sendo o caminho mais promissor para garantir condições de consumo favoráveis e fomentar o crescimento econômico”, pontua a economista da CNC responsável pelo estudo, Izis Ferreira. Essa modalidade de pagamento tem papel importante não somente nas vendas, mas na inclusão das pessoas de renda média e baixa no mercado de consumo, explica a economista. “Na hipótese do fim do parcelamento sem juros, diversos produtos e serviços simplesmente deixarão de ser consumidos pela maior parte da população, que depende de prazo para as compras”, pondera Izis Ferreira.

Saiu na mídia

Isto é dinheiro, [13.10.23]

O Globo [13.10.23]

Valor Econômico [13.10.23]

Poder 360 [28.10.23]

® Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo - CNC | 2023

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