Fecomércio-RJ apresenta dados de marketplace durante reunião da CBTI

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Uma pesquisa do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises do Rio de Janeiro (IFEC-RJ) mostrou que 75% das empresas fluminenses não comercializavam seus produtos de forma on-line em 2020. O dado foi o que motivou a Fecomércio-RJ a criar uma plataforma on-line, sem custos para o empresário, para auxiliar na venda de produtos, no começo da pandemia. O resultado desse trabalho de digitalização do comércio fluminense foi apresentado durante a reunião da Câmara Brasileira de Tecnologia da Informação (CBTI), que ocorreu dia 4 de julho, na sede da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O coordenador da Câmara e presidente da Fecomércio-RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior, compartilhou com os membros da CBTI a experiência exitosa. “Fizemos uma verdadeira operação de resgate diante do cenário da não digitalização. Buscamos trabalhar a autossuficiência, autossustentação, para solidez dos negócios. E rapidamente 350 empresas aderiram, a maioria de micro e pequenos empresários”, afirmou Queiroz.

As ações foram baseadas em três frentes: loja on-line, e-book e comércio mais conectado, sendo as duas primeiras iniciadas em 2020 e amadurecidas em 2021. A última está sendo implantada este ano. Para essa fase, os números são ainda mais expressivos. Foram 75 campanhas nas redes, com mais de 340 mil pessoas alcançadas, 2,4 mil cliques no link e mais de 9 mil engajamentos.

“Trabalhamos em parceria com Sebrae e Convem, que garantiu treinamento em vendas e marketing, capacitando as equipes, incluindo promoção nas redes sociais e posicionamento no Google”, explicou Leonardo Casares Temer da Fecomércio-RJ. As empresas que adquiriram o serviço pelo site da Federação ou nos sites dos sindicatos filiados não tiveram qualquer despesa de implantação, tendo como investimento somente uma taxa simbólica de comissionamento sobre vendas, cobrada pela empresa responsável. O presidente da Fecomércio-RJ colocou sua equipe à disposição para outras federações e sindicatos que queiram conhecer melhor o trabalho desenvolvido.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Rondonópolis, Geovani dos Reis Sales, destacou que a Fecomércio-MT também lançou uma plataforma de vendas on-line, a Feshop, para impulsionar os comerciantes mato-grossenses nos negócios do mundo digital.

A coordenadora do Centro de Inovação da Fecomércio-BA, Maria Medeiros, elogiou a iniciativa, ressaltando que ações voltadas às novas tecnologias devem ser aceleradas. “Na Bahia, já estamos trabalhando junto com o Sebrae o desenvolvimento de ecossistemas locais de inovação, com foco no melhor relacionamento dos sindicatos com seus representados, ajudando-os a pensar soluções como essa de venda on-line, visando a mais entrega de valor, acelerando o passo.”

Apoio às micro e pequenas empresas
O coordenador da Base Tecnológica do Sebrae-RJ, Fabio Braga, também apresentou aos membros da CBTI o trabalho que vem sendo desenvolvido com foco no desenvolvimento de produtos para utilização dos pequenos e médios empresários. “O foco maior é naquele que já possui algum grau de maturidade empresarial, trabalhando com as trilhas de startups. Atuamos com cursos, palestras, workshops, mentorias e consultorias e em parceria com grandes eventos de tecnologia”, afirmou. Braga explicou que os programas são transversais e podem ser aplicados, do ponto de vista tecnológico, em outros setores econômicos em que atua a Gerência de Comércio e Serviços, Turismo, Economia Criativa, Indústria, Agronegócio e Comunidade do Sebrae.

“A equipe, além de estar em constante movimento de prospecção das novidades do mercado em que possam ser aplicadas, adaptadas ou transformadas para utilização de nosso público-alvo, também busca a excelência através de visitas e troca de experiências com outras unidades federativas do Sebrae, sendo as mais ativas, no nosso caso de interesse tecnológico, Paraná e Santa Catarina”, completou.
Lei do Bem
A chamada ‘Lei do Bem’, nº 11.196/05, já está em vigor há quase duas décadas, mas ainda é pouco usada pelos empresários brasileiros como um incentivo fiscal às pessoas jurídicas que realizarem pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica. O presidente do Instituto Fenacon, Marcio Shimomoto, fez uma rápida explanação sobre a lei que ainda gera dúvidas em muitos empresários.

Ele apresentou os pré-requisitos para ter acesso, os principais benefícios, como a redução de 50% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre equipamentos, máquinas, aparelhos e instrumentos, nacionais e importados e a redução a zero da alíquota de imposto de renda sobre despesas com registro e manutenção de marcas e patentes no exterior.

“Esse é um espaço importante para tratarmos essa lei, pois muita gente aqui mesmo pode não saber sobre essa lei e ter até dúvidas se pode ou não utilizar. Às vezes, as empresas já estão até fazendo as pesquisas de desenvolvimento, conhecendo novas tecnologias, novos processos e não atentam para o fato de que poderiam ter esse benefício fiscal e um ganho financeiro para as empresas”, ressaltou.

Acompanhamento legislativo
O especialista executivo Elielson Gonçalves de Almeida trouxe um resumo das principais matérias legislativas em tramitação no Congresso Nacional, com a regulamentação da Inteligência Artificial (PL n° 021/2020), a incidência e o creditamento do ICMS nas vendas multicanais (PLP n° 148/2019) e a regulamentação do exercício de profissões relacionadas com Tecnologia da Informação, como analista de sistemas, desenvolvedor, engenheiro de sistemas, entre outros (PLS n° 317/2017).

 

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