CNC participa de audiência pública sobre desigualdades no comércio de pneus

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A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), por meio da Câmara Brasileira do Comércio de Peças e Acessórios para Veículos (CBCPave), participou de uma audiência pública no Senado Federal, na quinta-feira (11/08), em Brasília (DF), a qual discutiu problemas enfrentados pelo setor de pneus que comprometem a isonomia e a reputação do mercado.

A audiência foi realizada no âmbito da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), presidida pela senadora Margareth Buzetti (PP-MT), a pedido de entidades representativas dos setores de pneus e pneumático.

Por conta da venda direta de pneus pelos fabricantes, esses setores denunciam, principalmente, a revenda de pneus novos por transportadoras, com valores abaixo do mercado e sem recolhimento de tributos. Segundo elas, as empresas de frete estariam adquirindo pneus novos em quantidade superior ao necessário, revendendo-os e utilizando o valor excedente para pagar fretes e outros serviços, sem emissão de documento fiscal.

A CNC, que reivindicou a sua participação nesse evento por meio de ofício encaminhado pela Divisão de Relações Institucionais (DRI), destacou outro problema grave: o enfraquecimento das empresas revendedoras de pneus, em função da concorrência com seus próprios fornecedores.

“Nós sabemos que o livre-comércio é importante e devemos apoiar, mas o livre-comércio deve ser isonômico, não podendo oferecer vantagens a um em detrimento de outro, sob pena de fomentarmos a concorrência desleal”, disse a senadora Margareth.

Desequilíbrio

O coordenador da CBCPave da CNC e presidente da Associação Nacional dos Sincopeças do Brasil, Raniere Palmeira Leitão, explicou que, apesar de lícita, a venda direta de pneus feita pelos fabricantes enfraquece a atividade das revendedoras, que fazem muito mais do que vender pneus. Os serviços de mão de obra garantem a confiabilidade dos produtos e mais segurança nas estradas.

“As revendedoras de pneus, empresas que geram empregos e arrecadação aos estados e municípios, investem muito alto para se manterem bandeiras das fabricantes. Elas investem em estoques, vitrines e mão de obra qualificada. Eu acredito que não resolveremos esse problema se não tivermos o apoio dos próprios fabricantes”, afirmou Raniere.

 

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