CNC lamenta a perda de Ernane Galvêas

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Ernane Galvêas, foi ministro da Fazenda do governo do presidente João Figueiredo e contribuiu para o fortalecimento da Confederação como consultor econômico da Presidência da Entidade e coordenador de seu Conselho Técnico

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) recebeu com profunda tristeza a notícia do falecimento do consultor Econômico da Presidência da entidade e coordenador de seu Conselho Técnico, Ernane Galvêas.  Integrante do governo do 30º presidente da República, João Baptista de Oliveira Figueiredo (1979-1980), Galvêas comandou, como ministro da Fazenda, relevantes avanços no setor econômico, no momento que o País precisou se ajustar ao cenário internacional impactado pela segunda crise do petróleo.

“O País perde uma referência não apenas na área econômica, mas um humanista de primeira grandeza, de uma estatura intelectual admirável”, lamentou o presidente da CNC, José Roberto Tadros. “Com seu conhecimento, sua experiência e sabedoria, ajudou a CNC e o Brasil a serem maiores. Pessoalmente, perco um grande amigo, cuja convivência sempre foi marcada pelo afeto, respeito e admiração. Em nome da Confederação e de todo o Sistema Comércio, manifesto meu agradecimento por tudo o que Ernane Galvêas representou para nós e me solidarizo com a família neste momento de dor”, afirmou.

Capixaba, nascido em Cachoeiro de Itapemirim, em 1º de outubro de 1922, Ernane Galvêas graduou-se em Contabilidade, Economia e Direito. Realizou cursos de extensão no Instituto de Economia de Wisconsin, nos Estados Unidos, e no Centro Monetário Latino-Americano, na cidade do México. Era mestre em Economia por Yale.

Em 1942, ingressou no Banco do Brasil, foi chefe adjunto do Departamento Econômico da Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc) (1953-1961) e assistente Econômico de vários ministros da Fazenda (1961-1963). Foi diretor Financeiro da Comissão de Marinha Mercante (1963-1965), diretor da Carteira de Comércio Exterior (Cacex), no Banco do Brasil (1966-1968), presidente do Banco Central do Brasil por dois períodos (1968-1974 e 1979).

Exerceu o cargo de ministro da Fazenda, de janeiro de 1980 a março de 1985, tendo sido representante do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI), no Banco Mundial, ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no Fundo Africano de Desenvolvimento e no Fundo para o Desenvolvimento da Bacia do Prata. Como ministro, ocupou a Presidência do Conselho Monetário Nacional e do Conselho Nacional de Comércio Exterior.

Ao encerrar seu primeiro período na Presidência do Banco Central, em março de 1974, Ernane Galvêas ingressou no setor privado, como presidente da Aracruz Celulose. Em várias oportunidades, dedicou-se ao ensino superior, como professor da Faculdade de Economia e Finanças do Rio de Janeiro, da Faculdade de Ciências Econômicas do antigo Estado da Guanabara, do curso de pós-graduação do Conselho Nacional de Economia.

Em 1988 passou a atuar como consultor Econômico da Presidência da CNC, onde também coordenou seu Conselho Técnico. Galvêas era membro do Conselho Diretor da Fundação Getulio Vargas e presidente de honra da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), além de autor de inúmeros artigos e diversos livros de Economia.

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